Sangramento de escape: o que é? - Art Medicina Reprodutiva
Art Medicina | WhatsApp
Clínica Art Medicina Reprodutiva
Pré-agendar consulta
Sangramento de escape: o que é?

Sangramento de escape: o que é?

Durante toda a vida fértil da mulher, ou seja, quando ela pode engravidar e ter filhos – o que compreende mais precisamente o tempo entre a menarca (primeira menstruação) e a menopausa (última menstruação) –, os ciclos menstruais regem a fertilidade feminina.

Nesse sentido, a menstruação marca o início de cada ciclo e consiste em um sangramento uterino natural, provocado pela descamação do endométrio, típica do final da fase lútea de cada ciclo.

Esse processo – e os movimentos necessários para a expulsão do sangue menstrual do útero – pode ser doloroso, ainda que dentro de uma faixa de normalidade.

No entanto, cólicas menstruais muito intensas e o sangramento de escape – ou seja, fora do período menstrual – não são normais e devem despertar a busca por atendimento médico para investigação diagnóstica.

Neste texto falaremos mais profundamente sobre o que é o sangramento de escape e quando este sintoma pode significar problemas reprodutivos.

Continue conosco e aproveite!

Entenda melhor a menstruação e o ciclo reprodutivo

A menstruação é considerada o marco inicial de cada ciclo reprodutivo, mas é importante saber que os processos descritos a seguir são sempre contínuos e interligados, fazendo desse um marco teórico para facilitar a compreensão da fertilidade feminina.

Cada ciclo menstrual é dividido em três fases: fase folicular, ovulação e fase lútea.

Menstruação e fase folicular

A fase folicular começa com a menstruação e a retomada gradual da produção de GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), pelo hipotálamo, e consequentemente também a retomada da secreção das gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), pela hipófise.

As gonadotrofinas são lançadas na corrente sanguínea e, ao atingir os ovários, interagem com os folículos ovarianos, aumentando de forma igualmente gradual a concentração de estrogênios – que induzem a multiplicação celular do endométrio e participam do desenvolvimento do folículo dominante

A atividade estrogênica é importante para entender o período menstrual precisamente pela função deste hormônio no preparo endometrial: ao induzir a multiplicação celular do endométrio, este tecido torna-se significativamente mais espesso e, na ausência de fecundação, é esse tecido excedente que descama e é expelido na menstruação.

Ovulação

A ovulação acontece quando o folículo dominante se rompe e libera o óvulo contido em seu interior para as tubas, onde a fecundação pode acontecer.

O rompimento do folículo dominante, que marca a ovulação, é disparado quando os três hormônios da fase folicular – FSH, LH e os estrogênios – alcançam suas concentrações máximas.

A ovulação marca também o período fértil, cujo cálculo inclui também o tempo de sobrevivência do espermatozoide no corpo da mulher e do óvulo nas tubas.

Fase lútea e menstruação

As células que antes formavam o folículo dominante e restam aderidas aos ovários após a ovulação formam o corpo lúteo, que marca o início da fase lútea e da produção de progesterona.

Como os estrogênios, a progesterona também atua no preparo endometrial, mas neste caso, diminuindo a taxa de multiplicação celular e tornando este tecido altamente vascularizado e complexo – pronto para receber um possível embrião, caso a fecundação aconteça.

Já que, na maior parte dos ciclos reprodutivos da mulher, a fecundação – e a gestação – não acontecem, o corpo lúteo regride e os níveis de progesterona e estrogênio caem ao longo da fase lútea.

Quando estes hormônios atingem seu máximo rebaixamento, a porção de endométrio que se tornou mais espessa, sobre o endométrio basal, descama e é expelida como sangue menstrual.

O sangramento de escape é diferente da menstruação

Por definição, o sangramento de escape já se diferencia da menstruação pelo momento em que se apresenta, no contexto do ciclo menstrual: no final da fase folicular, durante a ovulação e no início da fase lútea – quando normalmente não há qualquer tipo de sangramento.

Além disso, outros fatores como o aspecto desse sangue, sua intensidade e volume também servem para diferenciar o sangramento de escape da menstruação: normalmente o sangramento da menstruação é mais volumoso, intenso e de cor mais avermelhada, enquanto o sangramento de escape é escasso e de cor mais amarronzada.

Em alguns casos – que são especialmente mais graves – o sangramento de escape pode ser acompanhado de dor pélvica, febre e calafrios, que devem motivar a busca imediata por atendimento médico.

Quando o sangramento de escape pode indicar problemas

Nos casos em que o sangramento de escape vem acompanhado de sintomas infecciosos, pode ser sinal da contaminação por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), especialmente por microrganismos que provocam endometrite. A febre pode ser sinal de infecção ativa e o atendimento médico pode ser a única forma de prevenção para infecções mais graves.

Além dos processos infecciosos, o sangramento de escape também é um sintoma comum a algumas doenças e situações específicas:

Sangramento de escape e infertilidade

Na maior parte das vezes, o sangramento de escape está associado a alterações hormonais na dinâmica original do ciclo menstrual relacionadas à infertilidade, seja porque afetam os processos da ovulação – como na SOP e na endometriose ovariana –, seja porque prejudicam a receptividade do endométrio – como no caso dos miomas uterinos, pólipos endometriais e endometrite.

O tratamento para o sangramento de escape, portanto, pode ser variado, dependendo sempre dos resultados dos exames laboratoriais e de imagem que identificam a causa do sangramento.

Nos casos em que a infertilidade feminina é permanente mesmo após os tratamentos e quando as doenças não podem ser abordadas por terapêuticas primárias, a reprodução assistida pode ser indicada.

Se você deseja saber mais sobre infertilidade feminina e seus tratamentos, toque neste link e conheça nosso conteúdo completo sobre a condição.

Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe
com seus amigos esse texto:
Ficou com dúvidas ou gostou do conteúdo?
Deixe o seu comentário abaixo:

© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588