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Criopreservação

Criopreservação

A criopreservação de gametas e embriões é uma das técnicas complementares à FIV (fertilização in vitro) mais importantes para assegurar o sucesso do tratamento e oferecer a possibilidade de preservação da fertilidade.

Nas últimas décadas, com os avanços dos métodos de criopreservação, que atualmente registram danos praticamente inexpressivos às células criopreservadas, o procedimento deixou de ser experimental para assumir um lugar de fundamental importância nos tratamentos de FIV.

Para se ter uma ideia, as taxas de nascimentos bem-sucedidos a partir da fecundação com óvulos congelados tornaram-se equivalentes às realizadas com óvulos frescos.

Os percentuais de sucesso encorajaram a aplicação do recurso em diferentes situações, possibilitando, atualmente, o armazenamento adequado de gametas e embriões por curto ou longo prazo.

Este texto explica o funcionamento da criopreservação, destacando os casos em que a técnica é utilizada, os métodos para realizar o congelamento.

Em quais casos a criopreservação é indicada?

O congelamento de gametas, óvulos e espermatozoides, é um recurso importante para o tratamento de FIV e indicado nos seguintes casos:

A preservação oncológica prevê ainda o congelamento de tecido testicular ou ovariano, importante para meninas e meninos na pré-puberdade que sofrem com a doença.

O congelamento de embriões, por outro lado, com a evolução dos meios de cultura, que aumentou a capacidade de sustentação do crescimento embrionário por mais tempo, até seis dias, fase conhecida como blastocisto, permitiu diferentes avanços no tratamento de FIV. Motivou, por exemplo, o surgimento de outras técnicas complementares que oferecem solução para vários problemas, minimizando falhas no desenvolvimento gestacional.

Entre as técnicas complementares em que a alternativa de congelamento de embriões no blastocisto tornou-se fundamental, está o teste genético pré-implantacional (PGT), que possibilita o rastreio de doenças genéticas e anormalidades cromossômicas a partir das células embrionárias, transferindo para o útero apenas os embriões saudáveis.

Os embriões também podem ser congelados para utilização no futuro, assim como podem ser doados.

Entenda como a criopreservação de gametas e embriões funciona

Os pacientes devem ser submetidos à FIV para que a criopreservação seja realizada. Quando a intenção é o congelamento de gametas, são previstas apenas algumas etapas, de acordo com cada caso, enquanto o congelamento de embriões prevê também o processo de fecundação e cultivo embrionário. Veja como a criopreservação funciona em cada caso:

Criopreservação de óvulos

Para as mulheres que vão criopreservar os óvulos, o tratamento inicia com a estimulação ovariana, realizada com medicamentos hormonais que estimulam o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos.

O desenvolvimento folicular é acompanhado periodicamente por ultrassonografias transvaginais, até que eles atinjam o tamanho ideal para que a ovulação seja induzida, também por medicamentos hormonais.

Cerca de 36 horas após a administração dos medicamentos, é realizada a punção folicular, procedimento em que os folículos são aspirados com o auxílio de uma agulha acoplada a uma seringa ou bomba de sucção a vácuo com pressão controlada.

Em laboratório, a ruptura dos folículos é induzida cerca de duas horas após a coleta. Os melhores óvulos são então selecionados e congelados.

O congelamento do tecido ovariano é feito a partir da coleta de diversos fragmentos, realizada por videolaparoscopia, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva.

Criopreservação de espermatozoide

Para criopreservar os gametas masculinos, o sêmen é coletado por masturbação em laboratório. Após a coleta, os melhores espermatozoides são selecionados pelo preparo seminal. Os espermatozoides com melhor motilidade e morfologia são então criopreservados.

Quando os espermatozoides não estão presentes no sêmen ejaculado, condição conhecida como azoospermia, podem ainda ser coletados do epidídimo ou testículos por técnicas cirúrgicas ou punção.

A preservação do tecido masculino que contém espermatozoides é feita por biópsia testicular.

Criopreservação de embriões

Na FIV, óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório, pela FIV clássica, quando são colocados em uma placa de cultura para que ocorra de forma natural, ou pela FIV com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), em que cada espermatozoide é diretamente injetado no óvulo.

Os embriões formados são cultivados em laboratório por até seis dias e são congelados na fase de blastocisto, entre o quinto e o sexto dia de desenvolvimento, quando já apresentam mais células formadas.

Duas técnicas são utilizadas para a criopreservação. O congelamento lento e a vitrificação. Embora o congelamento lento ainda seja empregado, a vitrificação é o método que apresenta as maiores taxas de sobrevivência, com danos praticamente inexpressíveis às células criopreservadas e, portanto, a mais utilizada nos tratamentos por fertilização in vitro.

No congelamento lento, gametas e embriões são depositados em paletas plásticas em um equipamento automatizado para determinar a velocidade de resfriamento, a partir da temperatura ambiente em que se encontram até a temperatura do nitrogênio líquido (-196ºC).

Na vitrificação, óvulos, espermatozoides, embriões e amostras de tecidos são protegidos por crioprotetores durante o processo de resfriamento e congelamento. São soluções que diminuem os possíveis danos causados pelo procedimento e aumentam a capacidade de sobrevivência celular.

A vitrificação não exige o uso de nenhum tipo de aparelho. É um método ultrarrápido em que o congelamento é realizado a partir da conversão do estado fluido para o sólido, semelhante ao vidro, pelo aumento da viscosidade, sem que haja nenhum tipo de alteração de fase ou cristalização da água.

Os cristais de gelo, comuns ao congelamento lento, por exemplo, podem causar danos ou diminuir a qualidade das células congeladas. Por isso são utilizadas soluções crioprotetoras.

Atualmente, após o surgimento da vitrificação, diferentes estudos indicam que a criopreservação não aumenta o risco de complicações na gravidez ou anomalias congênitas nos fetos, registrando taxas bastantes expressivas de crianças nascidas a partir de gametas e embriões criopreservados.

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