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Causas de infertilidade masculina: veja o que pode tornar o homem infértil

Causas de infertilidade masculina: veja o que pode tornar o homem infértil

A infertilidade conjugal é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde em escala global, que afeta cerca de 15% da população. Em aproximadamente 30% dos casos de infertilidade, esta condição é causada por fatores exclusivamente masculinos.

Azoospermia é a principal alteração detectada pelos exames que investigam as causas da infertilidade masculina, contudo outros fatores, genéticos ou adquiridos, também podem participar da composição final deste quadro geral.

Conheça melhor as principais causas da infertilidade masculina!

O que é infertilidade conjugal?

Muitas vezes, a infertilidade não é determinada por uma causa única, podendo ser decorrente de diversas alterações, inclusive desacompanhadas de outros sinais além das dificuldades para ter filhos. Muitas condições que afetam a fertilidade são assintomáticas, por isso é importante visitar um médico periodicamente.

Por isso, um casal em idade reprodutiva que tenta, porém não consegue ter filhos, mesmo em relações sem o uso de contraceptivo, durante aproximadamente 12 meses, pode ser diagnosticado com infertilidade conjugal.

O que pode causar infertilidade masculina?

A infertilidade masculina pode ser causada, de forma geral, por problemas relacionados à espermatogênese e à qualidade do sêmen ou por obstruções no trajeto percorrido por essas células, desde seu local de produção até as tubas uterinas, onde acontece a fecundação.

Dentre as principais doenças envolvidas na disfunção reprodutiva masculina, destacamos:

Doenças genéticas

Causadas por alterações gênicas – em um único gene ou em um grupo de genes – ou cromossômicas – aneuploidias e microdeleções –, os principais problemas genéticos relacionados à infertilidade masculina incidem na espermatogênese e na anatomia dos órgãos reprodutores.

Hipogonadismo hipogonadotrófico

Algumas doenças genéticas, como a síndrome de Klinefelter e outras alterações especialmente relacionadas ao cromossomo Y, podem provocar deficiências na produção de testosterona desde o período embrionário, dificultando a formação do sistema reprodutor masculino e o processo de amadurecimento das glândulas sexuais (testículos) – condição a que chamamos de hipogonadismo hipogonadotrófico.

Essa condição provoca azoospermia não obstrutiva, pois a deficiência de testosterona afeta a produção de espermatozoides, podendo ter origem em problemas testiculares (hipogonadismo primário) ou do eixo hipotalâmico-hipofisário (hipogonadismo secundário).

Varicocele

A varicocele também é uma doença genética que provoca azoospermia não obstrutiva, porém, nesse caso, as alterações estão associadas a problemas do sistema circulatório que permeia a bolsa escrotal.

Essa doença provoca defeitos nas válvulas da rede venosa responsável pela irrigação do cordão espermático, que são incapazes de manter o fluxo do sangue nesta região.

Quando não tratadas, as veias varicosas da varicocele podem provocar um aumento na temperatura e na pressão internas dessa estrutura, o que prejudica a formação dos espermatozoides nos túbulos seminíferos e pode diminuir consideravelmente a quantidade de células reprodutivas no líquido ejaculado.

Doenças adquiridas

ISTs (infecções sexualmente transmissíveis)

A principal forma de contaminação do trato reprodutivo masculino acontece com o contato com microrganismos por via sexual. Entre as doenças mais danosas para fertilidade masculina estão as infecções provocadas pela bactéria Chlamydia trachomatis e pelo vírus Herpes simplex.

Além dos sintomas específicos, que podem ser bastante incômodos, essas doenças também podem, quando ativas, disparar processos inflamatórios na uretra que alteram a composição interna deste canal, prejudicando a integridade espermática.

Mesmo após o tratamento, em alguns casos, restam cicatrizes, em forma de aderências salientes, nos diversos canais do cordão espermático, podendo provocar infertilidade por azoospermia obstrutiva.

Caxumba

A caxumba é uma doença viral – mais comum em crianças, mas que também pode afetar adultos –, que é transmitida pelo ar ou pelo contato direto com a saliva de pessoas infectadas e prejudica primariamente as glândulas parótidas (salivares).

Quando contamina homens e meninos, a caxumba pode “descer” e afetar também os testículos, provocando um processo inflamatório local chamado orquite, que pode destruir o epitélio germinativo dessas glândulas, prejudicando a formação dos espermatozoides e provocando infertilidade por azoospermia não obstrutiva.

Embora seja uma doença bastante conhecida por esse seu comportamento, a caxumba só pode prejudicar a fertilidade se o menino já tiver entrado na puberdade.

Danos mecânicos

Torção do cordão espermático

A torção de um dos testículos sobre o seu cordão espermático pode acontecer em decorrência da prática de atividades físicas intensas e do choque nesta região. Este evento pode bloquear o aporte sanguíneo testicular, oferecendo risco de necrose e perda do testículo.

Como os sintomas desse tipo de torção são bastante específicos, na presença de dor intensa seguida de aumento no volume testicular, após as situações descritas, é imprescindível realizar a busca por atendimento médico de forma imediata.

Danos cirúrgicos

Ainda que menos frequentes, também os problemas decorrentes de procedimentos cirúrgicos malsucedidos, especialmente a reversão da vasectomia e a correção da varicocele, o próprio procedimento pode afetar os ductos do cordão espermático, provocando azoospermia obstrutiva, ou os túbulos seminíferos – onde acontece a espermatogênese –, provocando azoospermia não obstrutiva.

Hábitos de vida

Hábitos cotidianos pouco saudáveis, como má alimentação, poucas horas de sono, sedentarismo ou a prática excessiva de atividades físicas, bem como tabagismo, consumo inadequado de bebidas alcoólicas e cafeína, além da exposição a substâncias tóxicas, como poluentes e fertilizantes, também oferecem riscos para a fertilidade masculina.

Tratamentos oncológicos

Apesar dos avanços no tratamento do câncer, a quimioterapia e a radioterapia são terapêuticas que normalmente trazem danos à função reprodutiva dos homens – e também das mulheres – por prejudicar a produção de gametas e a integridade dos testículos, independentemente da localização das formações tumorais.

A medicina reprodutiva oferece hoje a possibilidade de congelamento do sêmen e também de embriões antes do início dos tratamentos oncológicos, num conjunto de procedimentos chamado preservação oncológica da fertilidade.

Idade

Apesar de a idade ser um fator mais preponderante para a fertilidade das mulheres do que dos homens, já que esses não deixam de produzir espermatozoides ao longo da vida, com o passar do tempo a integridade e estabilidade genética dessas células podem diminuir, especialmente após a quinta década de vida.

A infertilidade masculina tem tratamento?

Os principais tratamentos para infertilidade masculina podem ser medicamentosos, cirúrgicos ou realizados a partir das técnicas de reprodução assistida.

Entre os tratamentos medicamentosos, destacamos o uso de antibióticos no combate das infecções que afetam o sistema reprodutor masculino, e o controle de alguns sintomas das doenças hormonais, a partir da suplementação de testosterona, ainda que essa terapêutica seja pouco comum.

As principais intervenções cirúrgicas são direcionadas à correção da varicocele e às tentativas de reconexão dos ductos que compõem o cordão espermático, como acontece na reversão da vasectomia.

A maior parte dos casos de infertilidade masculina, contudo, recebe indicações para reprodução assistida, como a forma de tratamento que pode ser mais bem-sucedida.

Entre as principais técnicas de reprodução assistida disponíveis hoje, a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro) são as únicas que podem ser indicadas para o tratamento da infertilidade masculina, sendo a FIV com ICSI a mais indicada.

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