A ultrassonografia – ou simplesmente ultrassom, como é frequentemente chamado – é provavelmente um dos exames mais solicitados e realizados no mundo, utilizado em diversas áreas médicas e de saúde, incluindo a ginecologia e a medicina reprodutiva.
Embora as duas palavras sejam consideradas popularmente como sinônimos, a nomenclatura correta é ultrassonografia, já que o termo ultrassom se refere apenas à tecnologia por trás do exame, por utilizar a emissão de ondas maiores que as ondas sonoras (“ultra-som”), e não ao exame em si.
Na ginecologia e medicina reprodutiva, o exame é utilizado em duas modalidades – ultrassom abdominal e ultrassom transvaginal – e é essencial tanto para o acompanhamento da saúde reprodutiva da mulher, como para a investigação da infertilidade.
Continue conosco na leitura do texto a seguir e entenda melhor como é feito o ultrassom transvaginal e como este exame participa dos processos de investigação da infertilidade.
Infertilidade é uma condição conjugal que pode ser atribuída a qualquer casal que, mesmo sem mais sintomas, não consegue engravidar e manter a gestação até o parto, mesmo após 1 ano de tentativas sem o uso de contraceptivos.
Embora este seja um diagnóstico conjugal, as causas da infertilidade podem ser atribuídas a fatores masculinos e femininos, presentes na saúde reprodutiva do casal de forma isolada ou simultânea.
Somente uma investigação da infertilidade consegue levantar diagnósticos mais consistentes que apontem com precisão os motivos pelos quais um casal não consegue ter filhos.
O primeiro passo para a investigação da infertilidade é a abordagem do histórico de saúde do casal, individual e familiar, em busca de sintomas pregressos que possam contribuir com o diagnóstico. O acolhimento dos sintomas, caso existam, também é parte desse momento da investigação da infertilidade.
Somente a realização de uma bateria de exames, laboratoriais e de imagem, no entanto, pode dar início ao processo de investigação da infertilidade propriamente dita. Esses procedimentos são capazes de identificar alterações físicas e fisiológicas mesmo nos casos assintomáticos com mais precisão.
Entre os principais exames solicitados no início do processo de investigação da infertilidade, destacamos a seguir os mais comuns:
Em algumas situações, esses exames são suficientes para identificar as causas da infertilidade, mas na maior parte dos casos é necessário realizar procedimentos mais específicos – como o ultrassom transvaginal com preparo intestinal – para se chegar a parâmetros mais específicos de diagnóstico.
O termo ultrassom refere-se a qualquer tecnologia que utiliza a emissão de ondas sonoras de alta frequência para mapear superfícies de todos os tipos.
Na medicina, o ultrassom é um exame de imagem em que um transdutor especial emite essas ondas sonoras em direção às superfícies do corpo humano que se deseja mapear, para avaliar a saúde de órgãos e estruturas internos sem a necessidade de cortes e incisões.
Na prática, essas ondas sonoras colidem com as estruturas mapeadas produzindo um eco que é captado pelo transdutor e enviado a um computador capaz de traduzir essas ondas em imagens – daí o nome ultrassonografia.
Na ginecologia e medicina reprodutiva, como comentamos, este exame pode ser realizado em duas modalidades, e o ultrassom transvaginal é uma delas.
No ultrassom transvaginal, o transdutor tem um formato anatômico que se adequa ao canal vaginal, onde é introduzido para a obtenção de imagens.
Diferente do ultrassom abdominal, em que o transdutor desliza sobre o abdômen e assim consegue imagens mais amplas, embora menos detalhadas, no ultrassom transvaginal a proximidade do transdutor em relação às estruturas observadas é maior e por isso o exame identifica mais detalhes, embora seja menos amplo, abrangendo principalmente útero, ovários e tubas uterinas.
Normalmente não é necessária qualquer preparação para o ultrassom transvaginal tradicional.
Algumas modalidades de ultrassom transvaginal, no entanto, podem demandar o preparo intestinal, com o esvaziamento prévio do intestino, auxiliado por laxantes, e o preparo uterino, em que o útero é preenchido com soro fisiológico para que, distendido, permita que o ultrassom transvaginal obtenha imagens mais nítidas.
Por sua abrangência, o ultrassom transvaginal costuma ser um dos primeiros exames de imagem realizados na investigação da infertilidade, oferecendo uma visão inicial abrangente das condições físicas dos órgãos reprodutivos da mulher.
Nesse sentido, o ultrassom transvaginal é uma ferramenta importante para a identificação inicial de doenças associadas à infertilidade feminina, especialmente quando provocam a formação de massas celulares, nódulos, inchaços e malformações nos órgãos do aparelho reprodutivo, que sejam visíveis nas imagens fornecidas pelo exame.
Em algumas situações, o ultrassom transvaginal é capaz de identificar prontamente as alterações associadas à infertilidade, mas este também costuma ser um exame importante para excluir possibilidades diagnósticas, direcionando melhor a investigação da infertilidade e a solicitação de exames mais profundos.
O ultrassom transvaginal costuma constar na bateria de exames que identifica as seguintes doenças e condições, durante a investigação da infertilidade:
É interessante saber que, além de participar dos processos de investigação da infertilidade, o ultrassom transvaginal também é realizado nos tratamentos com reprodução assistida, mais especificamente durante a etapa de estimulação ovariana, comum a todas as técnicas.
Toque neste link e leia mais sobre as diversas modalidades de ultrassonografia pélvica.
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