Os testículos são órgãos extremamente importantes para a fertilidade masculina, especialmente porque neles são produzidos os espermatozoides e por seu papel na produção de hormônios masculinos, como a testosterona, fundamentais para o desenvolvimento sexual e a manutenção da saúde dos homens.
Por isso, qualquer problema nos testículos, como a torção testicular, que ocorre quando há um giro anormal no testículo e nos seus vasos sanguíneos, pode ter consequências graves para a fertilidade como um todo.
Além de causar uma dor intensa, a torção testicular também pode levar à infertilidade se não for tratada rapidamente. Por isso, é importante que os homens conheçam os sintomas dessa condição e procurem ajuda médica imediatamente, caso apresentem algum deles.
Continue lendo este artigo para entender melhor sobre a torção testicular e como prevenir suas consequências mais graves.
A torção testicular é uma condição em que um ou ambos os testículos giram sobre o próprio eixo, impedindo o fluxo sanguíneo adequado e causando dor intensa na região escrotal. A torção testicular pode ser favorecida por diversos fatores, incluindo o desenvolvimento embrionário dos testículos e a descida testicular.
Durante o período embrionário, os testículos começam a se desenvolver próximo aos rins, no abdômen do feto. Conforme o feto cresce, os testículos começam a se deslocar em direção ao escroto, a bolsa que os abrigará no exterior do corpo. Esse processo é chamado de descida dos testículos.
No final da gestação, os testículos se deslocam do abdômen para a cavidade pélvica e em seguida descem para a bolsa escrotal. A descida dos testículos é um processo importante para a fertilidade masculina – por isso, nos casos em que os testículos não descem completamente para o escroto a própria anatomia do testículo pode favorecer a torção testicular.
Isso acontece na criptorquidia – um dos principais fatores de risco para a torção testicular – porque os testículos podem não estar devidamente ancorados ao escroto e podem girar mais facilmente.
Além da criptorquidia, porém, a torção testicular também pode ser causada por outros fatores de risco, como trauma na região genital, atividades físicas intensas e sem suporte adequado, infecções na região genital e testículos com formato anormal.
A torção testicular pode ser especialmente comum em homens que praticam esportes de contato, como futebol ou artes marciais, e ciclismo, pela pressão sobre a região genital.
Como comentamos, a torção testicular ocorre quando o testículo gira em torno do seu próprio eixo e a gravidade do quadro está associada, na realidade, à interrupção do fluxo sanguíneo para o órgão, em decorrência da torção.
O suprimento sanguíneo para o testículo é essencial para o seu funcionamento adequado – o que inclui a espermatogênese, processo de formação dos espermatozoides. Assim, quando o fluxo sanguíneo é interrompido, como acontece na torção testicular, o testículo começa a sofrer com a falta de oxigênio e nutrientes, o que pode levar à necrose (morte) do tecido testicular.
Essa necrose prejudica a produção de hormônios e afeta diretamente a espermatogênese, favorecendo quadros como oligozoospermia e astenozoospermia, além de azoospermia não obstrutiva ou a perda do testículo, nos casos mais extremos.
Além disso, a torção testicular causa dor intensa e inchaço na região escrotal, o que pode levar à inflamação e ao acúmulo de líquido locais, piorando ainda mais o quadro e aumentando o risco de complicações.
O tratamento para torção testicular é cirúrgico e deve sempre ser realizado o mais rápido possível, logo após o diagnóstico da condição.
A cirurgia tem como objetivo desfazer a torção e restaurar o fluxo sanguíneo para o testículo afetado e geralmente é realizada sob anestesia geral, envolvendo a realização de uma incisão na região escrotal para acessar o testículo. Dependendo da gravidade da torção, pode ser necessário remover parte do tecido testicular danificado.
Se realizada de forma precoce, a cirurgia para torção testicular é bem sucedida em evitar um quadro mais grave de infertilidade, mas a demora em realizar o diagnóstico e efetivar o tratamento podem ser decisivas, dificultando a concepção mesmo após o tratamento.
Para estes casos, existem técnicas de reprodução assistida disponíveis, como a FIV (fertilização in vitro) com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), que pode ajudar a superar a infertilidade causada pela torção testicular.
Na FIV, o óvulo é fertilizado pelo espermatozoide fora do corpo da mulher, em um laboratório, e o embrião resultante é então transferido para o útero. A ICSI é um método para a etapa de fecundação da FIV, em que um espermatozoide é injetado diretamente no óvulo da mulher, melhorando as chances de sucesso do tratamento.
Caso o homem tenha espermatozoides saudáveis, eles podem ser coletados por meio de uma punção testicular ou epididimal, para serem usados na FIV, mas se os espermatozoides saudáveis não são encontrados, a FIV ainda pode ser feita com sêmen de um doador.
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