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Infertilidade masculina tem cura?

Infertilidade masculina tem cura?

A fertilidade humana é resultado da interação entre os sistemas reprodutivos de homens e mulheres na mesma medida. Isso significa que, embora se possa apontar aspectos femininos e masculinos para as dificuldades reprodutivas, a infertilidade é por excelência um diagnóstico conjugal.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um casal em idade reprodutiva pode ser considerado infértil, mesmo na ausência de sintomas, quando não consegue engravidar após 12 meses de tentativas, sem o uso de qualquer tipo de contraceptivo.

O órgão ainda estima que cerca de 30% dos casos de infertilidade conjugal devam-se a fatores exclusivamente masculinos, levantando esta importante pergunta: a infertilidade masculina tem cura?

Neste texto vamos falar sobre o que pode prejudicar a capacidade reprodutiva dos homens e mostrar com mais profundidade se a infertilidade masculina tem cura – e como.

Boa leitura!

O que pode causar infertilidade masculina

O aparelho reprodutivo masculino é formado por algumas estruturas fundamentais:

  1. Os testículos, que interagem com o cérebro, para a produção de testosterona e para a formação dos espermatozoides (espermatogênese);
  2. As glândulas anexas (vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e próstata), que produzem a parte líquida do sêmen;
  3. O cordão espermático, que inclui os epidídimos e ductos deferentes, além de vasos e nervos, e conduz os espermatozoides e os líquidos glandulares para a formação do sêmen;
  4. O pênis e seus componentes, como o corpo cavernoso, responsável pela ereção, e a uretra, por onde o sêmen passa na ejaculação e que é compartilhada também pelo aparelho urinário.

A maior parte das doenças, condições e alterações associadas à infertilidade masculina afetam essas estruturas e processos, prejudicando principalmente a formação adequada dos espermatozoides e seu acesso à formação do sêmen.

Algumas dessas doenças podem ser genéticas, como no caso da varicocele – em que alterações na rede vascular dos testículos podem comprometer a espermatogênese, provocando azoospermia não obstrutiva – e de algumas alterações espermáticas, como a teratozoospermia (muitos espermatozoides com problemas morfológicos) e astenozoospermia (poucos espermatozoides com a motilidade preservada).

A infertilidade masculina também pode ser resultado de doenças adquiridas, como o contato com ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como a clamídia, lesões cirúrgicas e a vasectomia – todos quadros em que a azoospermia obstrutiva está por trás da infertilidade.

Fatores ambientais também podem causar infertilidade masculina, normalmente por alterarem a produção da testosterona. Nesse sentido, podemos dizer que a maior parte dos casos de baixa testosterona é causada por estresse, enquanto o consumo de substâncias específicas, como anabolizantes, é responsável pela maioria dos casos de aumento prejudicial da testosterona.

A infertilidade masculina ainda pode ser classificada considerando-se o momento em que aparece, em infertilidade primária (quando o homem nunca conseguiu ter filhos) e infertilidade secundária (quando a infertilidade se manifesta após o homem já ter filhos).

As possibilidades de reversão do quadro de infertilidade masculina também são determinantes para classificar o quadro enquanto reversível ou permanente.

Conheça alguns dos principais tratamentos para as doenças que causam infertilidade masculina

Os tratamentos para alguns casos de infertilidade masculina existem, mas somente podem ser delineados com os resultados dos exames que definem o diagnóstico por trás da infertilidade.

O espermograma é um dos principais exames no diagnóstico da infertilidade masculina, por fornecer um panorama amplo tanto das condições da espermatogênese, como do fluxo dos espermatozoides para compor o sêmen.

As ISTs são testadas por exames laboratoriais e seu tratamento normalmente é feito com antibióticos e antivirais, além de anti-inflamatórios para o controle dos sintomas. A abordagem farmacológica também é utilizada para lidar com os desequilíbrios hormonais, genéticos e de origem ambiental.

Para algumas condições, como a varicocele, o tratamento cirúrgico é a única opção e deve ser feito o quanto antes, especialmente quando o homem apresenta sintomas intensos.

Embora, na maior parte dos casos, os resultados desses tratamentos sejam promissores – especialmente quando o diagnóstico é feito de forma precoce –, em algumas situações as terapêuticas podem não ser o suficiente para reverter a infertilidade masculina e o casal recebe indicação para reprodução assistida.

Infertilidade masculina tem cura?

Com todas essas informações é possível perceber que a fertilidade dos homens é uma função complexa, que depende da integridade de muitas estruturas e processos. Ao receber o diagnóstico de infertilidade masculina, o casal que deseja engravidar pode sentir-se apreensivo sobre as possibilidades de frustração dos seus planos familiares.

Atualmente, no entanto, além de poder contar com bons tratamentos primários – que incidem de forma bem-sucedida sobre algumas causas iniciais da infertilidade masculina –, o casal também pode recorrer à reprodução assistida para ter filhos.

Ou seja, a infertilidade masculina tem cura, e o desenvolvimento das técnicas complementares à reprodução assistida voltadas para as dificuldades reprodutivas masculinas tem sido uma das principais ferramentas para essa cura.

Entenda a reprodução assistida no tratamento da infertilidade masculina

Os principais avanços da reprodução assistida para lidar com a infertilidade masculina foram o aprimoramento do preparo seminal e das técnicas de recuperação espermática, que melhoram as amostras de sêmen e de espermatozoides utilizadas em duas técnicas: a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro).

A recuperação espermática é uma alternativa para a obtenção de sêmen e espermatozoides em casos de azoospermia obstrutiva e não obstrutiva. Os procedimentos são cirúrgicos e buscam espermatozoides tanto antes da conexão entre os testículos e os epidídimos, como no interior dos túbulos seminíferos.

Enquanto a recuperação espermática é mais comum em tratamentos com a FIV – com taxas de sucesso maiores na etapa de fecundação pelo uso da ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) –, o preparo seminal, por sua vez é utilizado na FIV e na IA.

Neste caso, a amostra de sêmen é obtida normalmente por masturbação e submetida a uma máquina de centrífuga, já imersa em meios de cultura específicos. O movimento da máquina e as diferentes densidades dos meios de cultura induzem à formação de subamostras com mais espermatozoides viáveis, utilizados na fecundação.

Com isso, o preparo seminal melhora as chances de sucesso dos tratamentos, principalmente para casos de infertilidade masculina por alterações espermáticas, como astenozoospermia, teratozoospermia e oligozoospermia.

Leia mais sobre infertilidade masculina tocando neste link.

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