Síndrome de Asherman: sintomas e diagnóstico - Art Medicina Reprodutiva
Art Medicina | WhatsApp
Clínica Art Medicina Reprodutiva
Pré-agendar consulta
Síndrome de Asherman: sintomas e diagnóstico

Síndrome de Asherman: sintomas e diagnóstico

A síndrome de Asherman é uma condição caracterizada pela formação de tecido cicatricial dentro da cavidade uterina e do lúmen das tubas, como consequência de lesões nessas regiões. Algumas alterações na menstruação podem ser sintomas dessa condição.

Neste artigo, discutiremos o que é a síndrome de Asherman e seus fatores de risco, mas principalmente suas causas, sintomas e o diagnóstico.

Continue conosco nessa leitura e entenda também quais são as opções de tratamento, incluindo a reprodução assistida.

Entenda melhor o que pode provocar a síndrome de Asherman

A síndrome de Asherman é uma condição uterina que se desenvolve principalmente como resultado de alterações no revestimento interno do útero, o endométrio.

Nesse sentido, o trauma uterino é uma das causas mais comuns da síndrome de Asherman e frequentemente está associado a procedimentos médicos anteriores que envolvem a cavidade uterina, como abortos espontâneos, curetagens e cirurgias ginecológicas, como a remoção de miomas e de pólipos uterinos.

Além do trauma, as infecções uterinas desempenham um papel significativo no desenvolvimento da síndrome de Asherman – especialmente a endometrite bacteriana, uma condição que frequentemente está associada a ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).

As infecções no útero podem causar danos ao revestimento uterino porque, quando o sistema imunológico combate as infecções, um dos resultados é a inflamação do endométrio e sua posterior cicatrização – que, ao ocorrer de forma inadequada, pode formar as aderências uterinas.

Sintomas da síndrome de Asherman

Hipomenorreia

Mulheres com síndrome de Asherman podem experimentar menstruações escassas, que ocorrem porque as aderências uterinas podem afetar as células do endométrio e a elasticidade do miométrio, prejudicando a capacidade do útero de se contrair e descamar adequadamente.

Consequentemente, a menstruação pode ser leve, durar menos tempo do que o normal ou ocorrer de forma intermitente.

Cólicas menstruais intensas (dismenorreia)

A síndrome de Asherman também pode causar dismenorreia, ou seja, dor durante a menstruação, já que as aderências podem interferir nas contrações naturais do útero durante o ciclo menstrual.

Consequentemente, quando o útero tenta expelir a menstruação, há resistência e isso resulta em cólicas e desconfortos intensos.

Infertilidade

A infertilidade também é um dos sintomas significativos da síndrome de Asherman.

Quando as aderências uterinas conseguem obstruir parcial ou totalmente o útero, criam um ambiente hostil para a implantação do óvulo fertilizado, além de afetar a circulação sanguínea no útero, prejudicando ainda mais a capacidade de implantação do embrião.

Portanto, mesmo que a concepção ocorra, a gravidez pode ser interrompida precocemente devido a esse ambiente, fazendo com que a síndrome de Asherman também possa estar associada a quadros de aborto de repetição.

Diagnóstico da síndrome de Asherman

Ultrassonografia transvaginal

Durante ultrassonografia transvaginal – um exame de imagem amplamente utilizado na avaliação do sistema reprodutivo feminino –, a mulher fica em posição ginecológica e um transdutor de ultrassom é cuidadosamente inserido no canal vaginal, permitindo uma visualização detalhada das estruturas internas do útero.

Para a detecção da síndrome de Asherman, o médico observa atentamente a cavidade uterina em busca de quaisquer anormalidades, que aparecem como áreas escuras ou irregulares na imagem, indicando a presença de cicatrização anormal do revestimento uterino.

Histerossalpingografia

Já a histerossalpingografia é um exame mais complexo, radiológico e que busca avaliar a forma e a estrutura do útero e das tubas e pode ajudar a diagnosticar a síndrome de Asherman.

Durante o procedimento, a mulher é posicionada na mesa de exame e um cateter é inserido no colo do útero, por onde injeta-se um contraste que preenche a cavidade uterina e as tubas. Quando o contraste se espalha, as imagens radiográficas são capturadas por raio-X.

Esse contraste destaca bastante as aderências uterinas, fornecendo uma representação visual das anormalidades presentes. Ou seja, se as aderências estão presentes, o contraste pode ser desviado em uma direção anormal ou mesmo retido devido à obstrução da cavidade uterina – e isso aparece nas imagens obtidas pelo exame.

Histeroscopia

Considerada o método de diagnóstico mais preciso para a síndrome de Asherman, a histeroscopia pode ser também uma forma de tratamento.

A histeroscopia permite uma visualização direta e em tempo real do interior do útero: com ajuda de um histeroscópio – instrumento fino com uma câmera na ponta – que é delicadamente inserido no útero através do colo do útero, é possível examinar detalhadamente a cavidade uterina em busca de aderências, cicatrizes ou outras anormalidades.

Como a síndrome de Asherman pode ser tratada?

Como comentamos, a histeroscopia é frequentemente a primeira linha de tratamento considerada para mulheres com síndrome de Asherman, já que o procedimento é minimamente invasivo.

Assim como o exame diagnóstico que descrevemos, o tratamento também envolve a inserção do histeroscópio para visualizar a cavidade uterina, identificar as aderências e removê-las, com auxílio de instrumentos delicados, introduzidos simultaneamente ao histeroscópio.

Em situações mais graves, no entanto, quando as aderências uterinas são extensas e o útero não pode ser adequadamente restaurado, a histerectomia pode ser considerada como último recurso.

A reprodução assistida como tratamento para infertilidade em casos de síndrome de Asherman

Para muitas mulheres que enfrentam a síndrome de Asherman e desejam realizar o sonho da maternidade, a reprodução assistida, em particular a FIV (fertilização in vitro), pode ser uma solução.

Uma das vantagens da FIV é a capacidade de congelar os embriões excedentes em um processo conhecido como “freeze-all“, que permite a preservação dos embriões por congelamento, para que transferência só ocorra no momento mais propício para o útero.

Nos casos extremos em que a síndrome de Asherman causou danos irreparáveis ao útero, a FIV pode ser combinada com a opção de barriga de aluguel, também conhecida como gestação por substituição.

Nesse cenário, os embriões são fertilizados em laboratório e transferidos para o útero de uma mulher escolhida para gestar o bebê. Isso possibilita que a gestação ocorra em um útero saudável, enquanto a mãe biológica ainda está geneticamente ligada ao bebê.

Leia mais sobre a FIV tocando neste link.

Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe
com seus amigos esse texto:
Ficou com dúvidas ou gostou do conteúdo?
Deixe o seu comentário abaixo:

© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588