A reprodução assistida é a alternativa ideal para casos de infertilidade. Atualmente, existem três técnicas principais: relação sexual programada (RSP), inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV). Cada uma delas tem as suas peculiaridades e são indicadas de acordo com o quadro dos pacientes.
No entanto, a relação sexual programada e a inseminação artificial são de baixa complexidade. Por isso, normalmente as primeiras opções de reprodução assistida para os casos mais leves de infertilidade
Já a fertilização in vitro é considerada de alta complexidade, indicada principalmente se a infertilidade for mais grave.
Vamos entender um pouco mais sobre cada uma delas? Continue a leitura!
A relação sexual programada — também chamada de coito programado — costuma ser a primeira alternativa de reprodução assistida. Afinal, além de ser considerada de baixa complexidade é a técnica mais simples. Ela é indicada quando há fatores leves de infertilidade, principalmente distúrbios ovulatórios.
Para que ela aconteça com sucesso é necessário que a mulher tenha até 35 anos e esteja com as tubas uterinas saudáveis. Da mesma maneira, os espermatozoides também precisam estar dentro dos parâmetros da normalidade. Isso porque a fecundação acontece de forma natural.
Por isso, antes de iniciar o tratamento, o casal realiza diversos exames para atestar que tudo está dentro da normalidade para que a gestação aconteça de forma natural.
Assim, se a técnica for indicada de forma correta, as chances de gravidez serão bem elevadas. Para se ter uma ideia, as taxas de sucesso com RSP são de aproximadamente 20% em cada ciclo, ou seja, semelhantes às de uma gestação espontânea.
Inclusive, se houver a possibilidade de começar o tratamento com a RSP, não há motivos aparentes para tentar técnicas mais complexas, como a FIV.
De uma forma bem resumida, a RSP funciona assim: ocorre a estimulação ovariana por medicamentos hormonais no início do ciclo menstrual. O desenvolvimento dos folículos é acompanhado e monitorado por exames de ultrassonografia transvaginal. Dessa maneira, é possível programar a relação sexual nos dias férteis a fim de aumentar a possibilidade de fecundação.
Outra técnica considerada de baixa complexidade é a inseminação artificial, também chamada de inseminação intrauterina (IIU).
Ela é altamente recomendada para casos de infertilidade masculina leve, quando há algumas alterações nos gametas ou problemas de disfunção sexual e para mulheres com até 35 anos com endometriose nos estágios iniciais ou distúrbios de ovulação.
Outro caso em que essa técnica pode ser indicada é quando há o diagnóstico de infertilidade sem causa aparente (ISCA), ou seja, se os exames tradicionais falharem em identificar a causa.
Além disso, ela pode utilizada por casais homoafetivos femininos, mesmo que não tenham o diagnóstico de infertilidade.
Da mesma maneira que a RSP, se a técnica for indicada corretamente, as taxas de sucesso são semelhantes às da gestação espontânea: entre 20% e 25% por ciclo.
A IA também inicia com a estimulação ovariana por medicamentos hormonais a fim de obter mais óvulos maduros que serão fecundados. Os exames de ultrassonografia permitem determinar o momento mais adequado para a inseminação.
Próximo ao momento da ovulação, o sêmen é coletado e os espermatozoides são capacitados por técnicas de preparo seminal, que selecionam os melhores, depositados no útero durante o período fértil.
Em ambas as técnicas, após quinze dias é possível confirmar se a gravidez foi bem-sucedida.
A terceira técnica de reprodução assistida é a fertilização in vitro. Popularmente, ficou conhecida como ‘bebê de proveta’ porque, em 1978, aconteceu o nascimento do primeiro bebê com a utilização desse procedimento.
Ela é considerada uma técnica de alta complexidade e é indicada quando o casal não obteve sucesso na gestação com as técnicas anteriores (RSP e IA). Além disso, é indicada para mulheres acima de 35 anos, que tenham obstruções nas tubas uterinas e/ou quando o casal foi diagnosticado com quadros de infertilidade grave.
A fertilização in vitro é a principal técnica de reprodução assistida, pois apresenta índices bem expressivos com o sucesso na gestação. Para se ter uma ideia, os percentuais de sucesso são, em média, de 40% por ciclo de realização do tratamento.
A FIV é realizada em cinco etapas: estimulação ovariana e indução da ovulação, punção folicular e coleta dos espermatozoides, fecundação, cultivo embrionário e transferência dos embriões ao útero.
Na FIV a fecundação acontece em laboratório. O método mais utilizado atualmente é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que o espermatozoide é individualmente avaliado e injetado diretamente no citoplasma do óvulo por um micromanipulador de gametas.
Os embriões formados são cultivados por alguns dias e transferidos posteriormente ao útero.
Gostou de aprender mais sobre a reprodução assistida? Conheça mais sobre a FIV tocando aqui.
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