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Endometriose: veja como é feito o diagnóstico

Endometriose: veja como é feito o diagnóstico

Pesquisas realizadas em 2019 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostraram que a infertilidade afeta até 80 milhões de pessoas no mundo – e 8 milhões delas estão no Brasil.

Essa condição pode ser decorrente de diversos tipos de alterações, e, entre as mulheres, a endometriose figura como uma das principais causas de infertilidade, provocando também outros sintomas, como dor pélvica e sangramento uterino anormal.

Responsável por até 50% dos casos de infertilidade feminina, a endometriose leva ao aparecimento de focos de endométrio ectópico (fora da cavidade uterina), na maior parte das vezes aderidos às estruturas da cavidade pélvica.

O endométrio é o revestimento interno da cavidade uterina, que na gestação estabelece o contato entre o útero e a placenta, e durante o ciclo reprodutivo responde ativamente aos estímulos hormonais, por ser um tecido formado por células glandulares – além do epitélio estromático e da presença de células do sistema imunológico.

O sangue menstrual é composto pelo tecido endometrial, que entra em processo de descamação como resposta à queda na concentração de estrogênio e progesterona, que ocorre no final do ciclo reprodutivo.

O aumento na concentração desses hormônios, típico das fases pré-ovulatória e imediatamente após a ovulação, provoca o aumento da estrutura do endométrio, num processo chamado preparação endometrial.

A principal função da preparação endometrial é facilitar a implantação embrionária, caso a gestação aconteça, contudo, quando os focos de endométrio ectópico são estimulados por essa mesma dinâmica hormonal, a resposta é o disparo de um processo inflamatório, que afeta e pode causar dor às estruturas pélvicas às quais estão aderidos.

Quando esses focos estão localizados principalmente nas tubas uterinas e nos ovários, existem grandes chances de a mulher apresentar infertilidade como consequência da endometriose, especialmente quando há demora em chegar a um diagnóstico preciso.

Entenda melhor como é feito o diagnóstico da endometriose e quais as possibilidades de tratamento para as mulheres que desejam engravidar.

O que é endometriose?

A endometriose é uma doença estrogênio-dependente, em que se observa o aparecimento de tecido endometrial ectópico – ou seja, formado fora do seu local de origem –, mais comumente infiltrados nas estruturas da cavidade pélvica, porém com raras manifestações em outros órgãos, principalmente localizados nas cavidades abdominal e torácica.

As estruturas mais comumente afetadas pela endometriose são:

Apesar de menos frequentes, quando os focos endometrióticos localizam-se nas tubas uterinas, as consequências para a fertilidade podem ser severas, assim como acontece com a endometriose ovariana, que forma cistos chamados endometriomas.

A endometriose afeta cerca de 10% das mulheres em idade fértil no mundo, e é mais comum naquelas que nunca tiveram filhos (nulíparas).

As mulheres com casos precedentes de endometriose na família, principalmente em parentes mais próximos, também têm mais chance de apresentar a doença.

Classificação e sintomas

A classificação da endometriose é feita de acordo com o local em que se encontram os implantes, bem como a profundidade que as infiltrações adquirem. Os diferentes tipos de endometriose provocam sintomas específicos, cuja gravidade é determinada pelo estadiamento da doença.

Os tipos de endometriose são:

A combinação de infertilidade e dor pélvica configura o principal sinal da endometriose, contudo a intensidade com que esses sintomas se manifestam depende diretamente do grau de estadiamento dos focos endometrióticos.

De forma geral, nos estágios I e II, respectivamente mínimo e leve, as infiltrações são pouco numerosas e localizadas, fazendo com que a mulher não manifeste sintomas ou apresente sinais leves, normalmente mais relacionados à dor pélvica do que à infertilidade.

Nos estágios moderados e graves – respectivamente III e IV –, que provocam o aparecimento de dor pélvica intensa e amenorreia, é mais comum que os implantes endometrióticos sejam bastante numerosos e encontrem-se espalhados em diversas estruturas da cavidade pélvica.

Como é feita a investigação e o diagnóstico da endometriose?

Apesar de a endometriose ser responsável por até metade dos casos de infertilidade e 80% dos casos de dor pélvica, a combinação desses dois sintomas também está presente em outras doenças do trato reprodutivo feminino, como os miomas uterinos e os pólipos endometriais.

Isso faz com que o diagnóstico preciso da endometriose seja feito, muitas vezes, de forma tardia, o que pode levar ao seu agravamento, já que é uma doença crônica e progressiva. A ausência de sintomas, especialmente nos estágios mínimo e leve, também contribui para esse atraso.

A investigação da endometriose começa, portanto, com diagnóstico clínico, que deve estar baseado em uma conversa que evidencie a presença de fatores de risco e de casos preexistentes na família, bem como nos sintomas relatados pela mulher.

Especialmente quando o quadro sintomatológico já manifesta a dor pélvica, nos casos mais severos é possível investigar a existência de massas pélvicas e verificar a sensação de dor à palpação, também no exame clínico.

 

Endometriose tem tratamento?

Quando a mulher identifica a endometriose ainda nos estágios mínimo ou leve e não apresenta desejo de engravidar em curto prazo, o controle dos sintomas e do crescimento dos focos endometrióticos pode ser feito por medicamentos, principalmente com o uso de anticoncepcionais orais, progestagênios e análogos do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas).

Entretanto, o tratamento medicamentoso não é indicado nem para os casos sintomáticos graves, tampouco para aqueles em que a mulher procura atendimento médico pelo desejo de engravidar. Nesses casos, geralmente é feita a indicação para a retirada cirúrgica dos focos endometrióticos, por videolaparoscopia.

Apesar de esse tratamento ser bem-sucedido para reversão dos sintomas dolorosos, a endometriose pode deixar consequências permanentes para fertilidade das mulheres, especialmente nos casos tubários e ovarianos, quando a mulher normalmente recebe a indicação de tratamento com reprodução assistida.

A técnica de reprodução assistida mais indicada para infertilidade por endometriose é a FIV (fertilização in vitro).

A FIV é um procedimento realizado em cinco etapas, que incluem a estimulação ovariana, coleta de óvulos e espermatozoides, fertilização em ambiente laboratorial, cultivo embrionário e a transferência dos embriões.

A indicação da FIV para as mulheres com infertilidade por endometriose deve-se principalmente à estimulação ovariana e à possibilidade de coletas dos folículos ovarianos diretamente dos ovários.

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