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Peritônio: o que é? Saiba mais sobre o assunto

Peritônio: o que é? Saiba mais sobre o assunto

O peritônio é um dos maiores tecidos do corpo humano, em extensão – como a pele –, revestindo praticamente todas as estruturas do abdômen e a parede abdominal, especialmente aquelas contidas pela cavidade pélvica – anatomicamente localizada entre o diafragma e o osso pélvico.

A bexiga e os intestinos, que em homens e mulheres são abdominais, são estruturas envolvidas pelo peritônio, assim como algumas das principais estruturas do sistema reprodutivo feminino – mais especificamente os ovários, as tubas uterinas e o útero.

Isso significa que as doenças que atingem o peritônio podem prejudicar a fertilidade das mulheres, e por isso estão associadas à infertilidade, como a endometriose e a DIP (doença inflamatória pélvica).

Com a leitura deste texto, você vai entender melhor não somente o que é o peritônio e a importância desse tecido, mas também como as alterações peritoneais podem estar associadas à infertilidade feminina.

Aproveite!

O que é o peritônio?

Do ponto de vista celular, o peritônio é um tecido formado por células serosas, ou seja, estruturadas para exercer funções de revestimento e preenchimento. Nesse sentido e por sua localização, o peritônio é um extenso tecido que reveste a superfície de todos os órgãos abdominais.

O peritônio é constituído por duas camadas, parietal – revestindo a parede abdominal e parte do diafragma – e visceral – que forma uma cobertura completa em órgãos como o estômago, baço, pâncreas e fígado, e uma cobertura parcial na bexiga e parte dos intestinos.

Os espaços entre o peritônio parietal e o peritônio visceral são preenchidos pelo líquido peritoneal, que tem origem no plasma sanguíneo.

Por que o peritônio é importante?

Praticamente todas as funções do peritônio devem-se ao fato de que o complexo formado pelo peritônio parietal, peritônio visceral e líquido peritoneal ocupam todos os espaços abdominais, estabelecendo uma continuidade entre essas estruturas.

Os vasos sanguíneos e linfáticos que alimentam os órgãos e estruturas abdominais também passam pelo peritônio e estão ligados às funções desse tecido. Nesse sentido, o peritônio desempenha os seguintes papéis gerais no organismo

A endometriose superficial peritoneal e a peritonite – processo infeccioso que pode inclusive ser resultado da DIP, uma doença frequentemente associada às ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) – estão entre as principais doenças do peritônio, associadas à infertilidade feminina, em algumas situações.

Endometriose: uma das principais doenças do peritônio

A endometriose é uma doença crônica e estrogênio-dependente, que provoca o surgimento de focos de tecido endometrial – que originalmente reveste a cavidade uterina – aderidos às estruturas da cavidade abdominal e pélvica.

A classificação como doença estrogênio-dependente indica que o crescimento dos implantes endometrióticos é impulsionado pela atividade dos estrogênios do ciclo menstrual, que também podem disparar processos inflamatórios locais, dependendo da profundidade dos implantes.

Os sintomas variam de acordo com a classificação da endometriose, mas sinais gerais podem ser sentidos na maior parte das mulheres, como cólicas menstruais intensas, alterações no fluxo menstrual, sangramento uterino anormal e dor pélvica fora da menstruação.

Os tipos de endometriose dependem da localização dos focos endometrióticos e da profundidade alcançada pelos implantes:

A endometriose superficial no peritônio – levando em consideração todas as características deste tecido, já mencionadas – é mais frequentemente identificada como quadro inicial da endometriose que, sem tratamento, pode se agravar, tornando as lesões mais profundas.

Nesse sentido, dependendo das estruturas próximas à região do peritônio afetada pela doença, outros sintomas podem se desenvolver, inclusive a infertilidade.

Endometriose peritoneal e infertilidade

A infertilidade pode ser um sintoma e uma consequência da endometriose, principalmente em duas situações: quando a doença afeta os ovários, formando o endometrioma, e quando a endometriose superficial no peritônio forma implantes próximos às tubas uterinas.

No caso do endometrioma, os estrogênios induzem o crescimento deste cisto no ovário, provocando infertilidade por anovulação e oferecendo risco de infertilidade permanente por danos à reserva ovariana.

Nas situações em que a endometriose afeta o peritônio ao redor das tubas, por sua vez, a infertilidade geralmente é resultado da obstrução tubária provocada pela inflamação dos implantes, sob ação dos estrogênios.

O edema das tubas – hidrossalpinge – é uma das consequências da inflamação, nesses casos, bloqueando a passagem no interior dessas estruturas, o que pode impedir a fecundação e aumentar as chances de gestação ectópica.

Endometriose no peritônio tem tratamento?

Por ser mais frequentemente um diagnóstico da endometriose inicial, o principal tratamento para os casos em que a doença afeta o peritônio é farmacológico e realizado com medicamentos hormonais e anti-inflamatórios, que equilibram a dinâmica dos hormônios sexuais e controlam os sintomas dolorosos.

Nos casos em que a fertilidade foi comprometida, a mulher pode ainda recorrer à reprodução assistida – mais especificamente à FIV (fertilização in vitro), considerada a técnica mais complexa e a única indicada para os casos de infertilidade por obstrução tubária.

Leia mais sobre endometriose tocando neste link.

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