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Obstrução das tubas uterinas e infertilidade

Obstrução das tubas uterinas e infertilidade

As tubas uterinas são estruturas bilaterais, em formato de tubos, revestidas internamente por células ciliadas que ajudam o transporte do óvulo para que encontre o espermatozoide e seja formado o embrião. Elas conectam o útero aos ovários, que também são bilaterais. Durante o período fértil nas tubas uterinas pode acontecer a fecundação.

Estruturadas como uma espécie de prolongamento do útero, a formação das tubas uterinas nos mostra que essas estruturas realmente têm a mesma origem do útero: a fusão dos ductos de Müller, antes da 9ª semana de desenvolvimento embrionário.

A formação das tubas uterinas nos mostra com clareza o principal papel dessas estruturas: receber o óvulo maduro, liberado pelo ovário na ovulação, e sediar o encontro entre esta célula e o espermatozoide.

A relação entre a obstrução das tubas uterinas e a infertilidade feminina é o assunto deste texto.

Boa leitura!

Entenda melhor as duas formas de obstrução das tubas uterinas: uni e bilateral

A obstrução das tubas uterinas normalmente é resultado de processos inflamatórios tubários, associados ou não a lesões infecciosas, e malformações congênitas dessas estruturas.

As lesões de origem infecciosa são as mais frequentemente associadas à obstrução das tubas uterinas, que pode ser temporária ou permanente.

Normalmente provocadas por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), quando as infecções estão ativas e são descobertas precocemente, o tratamento costuma restaurar o livre fluxo no interior dessas estruturas, restaurando a fertilidade da mulher.

Nos casos mais graves, assintomáticos e quando há negligência em buscar diagnóstico e tratamento, as infecções tubárias podem se agravar, provocando não somente a obstrução das tubas uterinas, mas também oferecendo riscos mais graves, como um quadro de infecção generalizada.

Algumas cirurgias, como a ressecção de implantes endometrióticos na região tubária, podem provocar inflamação tubária sem processo infeccioso. Como os sintomas da própria inflamação são os principais causadores da obstrução das tubas uterinas, este quadro se repete mesmo na ausência de microrganismos.

Além disso, falhas no processo de fusão parcial dos ductos de Müller, ainda durante o desenvolvimento embrionário das tubas, podem resultar em malformações anatômicas, impedindo o livre fluxo no interior dessas estruturas.

Independente da origem da obstrução das tubas uterinas, o grau de acometimento principalmente dos processos associados à fertilidade é maior quando as tubas são atingidas bilateralmente – ou seja, quando as duas tubas uterinas se encontram obstruídas.

Quando unilateral, a obstrução das tubas uterinas acomete somente uma dessas estruturas e, embora possa diminuir as chances de que a gravidez aconteça, não impede a fecundação, que pode ocorrer na tuba não obstruída.

Obstrução das tubas uterinas e infertilidade feminina

As consequências da obstrução das tubas uterinas frequentemente incluem dificuldades para engravidar e até mesmo um quadro mais severo de infertilidade feminina.

Como comentamos, uma das principais consequências da obstrução das tubas uterinas é a interrupção do trajeto percorrido pelos gametas para a fecundação, que deixa de acontecer na tuba obstruída mesmo quando a ovulação se mantém normal.

No entanto, além da infertilidade que se manifesta em não conseguir engravidar, a obstrução das tubas uterinas pode não ser completa e favorecer a ocorrência de gestação ectópica.

Na gestação ectópica o encontro entre os gametas e a fecundação até acontecem, mas o embrião não consegue sair das tubas, realizando ali mesmo a nidação e dando início ao seu processo de desenvolvimento.

Esta situação sempre resulta em perda gestacional e pode levar à perda da tuba uterina em que a nidação aconteceu, aumentando a gravidade das consequências desse quadro.

É possível identificar a obstrução das tubas uterinas?

A infertilidade é a única manifestação mais perceptível da obstrução das tubas uterinas propriamente dita, mas as doenças e condições normalmente associadas a esse quadro podem manifestar mais sintomas além das dificuldades reprodutivas.

Se a origem da obstrução das tubas uterinas é infecciosa, é comum que outras estruturas sejam afetadas antes das tubas, especialmente o canal vaginal, colo do útero e o endométrio. O aparecimento de secreções de cor e odor alterados, além de sangramento e dor durante as relações sexuais podem significar infecções e devem motivar a busca por atendimento médico.

Como a obstrução das tubas uterinas é tratada?

O tratamento da obstrução das tubas uterinas de origem infecciosa é feito com antibióticos e os sintomas dolorosos podem ser controlados com ajuda de anti-inflamatórios. A medicação anti-inflamatória também é útil nos casos em que não estão implicados agentes microbianos, com a mesma função de controle dos sintomas dolorosos.

Na maior parte dos casos em que não é possível desobstruir definitivamente as tubas uterinas com o tratamento medicamentoso, as aderências que impedem o livre fluxo nas tubas demandam a intervenção cirúrgica para serem removidas.

A reprodução assistida e a infertilidade pela obstrução das tubas uterinas

A reprodução assistida pode ser indicada para reverter a infertilidade nos casos de obstrução das tubas uterinas. Entre as técnicas disponíveis atualmente, a FIV (fertilização in vitro) é o único conjunto de procedimentos que consegue chegar à gestação dispensando o papel das tubas uterinas.

Na FIV, as células reprodutivas dos pais são coletadas e utilizadas para realizar a fecundação em laboratório, de forma altamente controlada, obtendo embriões que podem ser transferidos diretamente para o útero, após alguns dias.

A infertilidade feminina pode ser provocada por um conjunto relativamente grande de motivos. Leia mais sobre o assunto tocando neste link.

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