Quando se trata da saúde reprodutiva, muitos homens tendem a negligenciar o autocuidado, adiando a busca por ajuda médica mesmo diante de sintomas preocupantes. Contudo, é sempre importante lembrar: essa atitude pode agravar problemas que, se tratados precocemente, teriam solução mais simples.
Um exemplo disso é a prostatite, uma condição que afeta a próstata e pode causar desconforto, além de impactar a qualidade de vida e a fertilidade masculinas.
Neste artigo, vamos entender melhor o que é a próstata e abordar detalhes importantes sobre a prostatite, suas causas, sintomas e possibilidades de tratamento, incluindo a relevância da reprodução assistida nesse contexto.
A próstata é uma glândula anexa do sistema reprodutor masculino, de tamanho aproximado de uma noz e localizada logo abaixo da bexiga, à frente do reto. Por seu formato, a próstata envolve a uretra – canal que transporta a urina da bexiga para o exterior –, o que confere a esta glândula um papel importante tanto no funcionamento do aparelho urinário, como no sistema reprodutor masculino.
A principal função da próstata está relacionada à produção de parte do sêmen, o líquido que protege e nutre os espermatozoides durante a ejaculação.
O líquido prostático é combinado com os espermatozoides, produzidos pelos testículos, e com outros fluidos, proveniente das demais glândulas sexuais, para formar o sêmen – ou líquido ejaculado. Os líquidos glandulares do sêmen são essenciais para que os espermatozoides possam sobreviver no ambiente vaginal e ter a chance de disputar a fertilização do óvulo.
A próstata também desempenha um papel fundamental no controle da ejaculação e da micção: durante o ato sexual, essa glândula se contrai para bloquear a passagem do sêmen para a bexiga, garantindo que ele seja expelido para o exterior, em direção ao órgão sexual feminino – já durante a micção, a próstata relaxa para permitir que a urina seja eliminada da bexiga, também através da uretra.
A prostatite é uma condição que se caracteriza pela inflamação da próstata, que pode ser desencadeada principalmente por uma infecção bacteriana, embora também possa ter origem não infecciosa. Essa inflamação é classificada em prostatite aguda ou crônica, cada uma com suas particularidades.
A inflamação é um processo natural de resposta do organismo a algum agente irritante, como bactérias, vírus e lesões. Quando uma infecção alcança a próstata, ocorre a ativação do sistema de defesa do corpo, desencadeando uma reação inflamatória no local.
Esse processo tem o objetivo de eliminar o agente agressor e promover a reparação dos tecidos danificados – embora também seja responsável por alguns dos sintomas da prostatite.
Na prostatite aguda, a inflamação ocorre de forma súbita e intensa, enquanto a prostatite crônica é caracterizada por uma inflamação de longa duração, na qual os sintomas parecem ser menos evidentes.
O tipo mais comum de prostatite ocorre quando bactérias invadem a próstata, desencadeando uma resposta inflamatória. Essa invasão bacteriana pode ocorrer através de uma infecção ascendente, quando as bactérias se propagam a partir do trato urinário, ou por contaminação sanguínea.
No caso das prostatites não bacterianas, a inflamação da próstata acontece sem a presença identificável de bactérias. Essas prostatites são mais complexas de diagnosticar e tratar, e podem ser resultado de choques e cirurgias prévias na região.
Devido ao inchaço e ao acúmulo de líquidos decorrentes da inflamação, a próstata pode comprimir a uretra – canal que conduz a urina da bexiga para o exterior –, causando dificuldade, dor ou ardência durante a micção, além de aumentar a frequência urinária.
A qualidade do sêmen também pode ser afetada, prejudicando a motilidade e vitalidade dos espermatozoides e, consequentemente, impactando a fertilidade.
Além disso, as prostatites bacterianas não tratadas adequadamente podem levar a infecções recorrentes, com risco de agravar a inflamação da próstata e causar complicações mais graves.
Os sintomas da prostatite podem variar em intensidade e manifestação, e é essencial estar atento a possíveis sinais que indiquem a presença dessa condição. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
É importante ressaltar que os sintomas da prostatite podem se assemelhar aos de outras condições, como infecções urinárias ou outros problemas na próstata – por isso, é fundamental buscar avaliação médica para o diagnóstico correto.
O diagnóstico da prostatite é realizado a partir da avaliação clínica e exames complementares, como espermograma, exames de sangue, cultura de urina, toque retal e exames de imagem.
O tratamento da prostatite é personalizado e dependerá do tipo e da gravidade da inflamação da próstata.
Quando a prostatite é causada por uma infecção bacteriana, o tratamento mais comum envolve o uso de antibióticos específicos, prescritos com base no tipo de bactéria identificada pela cultura de urina e pelo exame de sangue.
Por isso, é fundamental seguir rigorosamente o esquema terapêutico indicado pelo médico, respeitando a duração e a dosagem dos antibióticos para a eliminação completa da infecção, evitando a resistência.
No caso em que não há identificação de bactérias no tecido prostático, o tratamento pode incluir medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que ajudam a reduzir a inflamação e aliviar os sintomas de dor e desconforto, além de relaxantes musculares, para aliviar a tensão na região pélvica, contribuindo para o bem-estar.
Como comentamos, a prostatite pode afetar a fertilidade masculina, especialmente quando a inflamação da próstata compromete a qualidade e motilidade dos espermatozoides.
Diante dessa situação, a reprodução assistida pode ser uma alternativa viável para casais que desejam ter filhos, mas enfrentam dificuldades devido à prostatite. A infecção deve sempre ser tratada antes da reprodução assistida.
Nesses casos, a técnica mais comumente utilizada é a FIV (fertilização in vitro) em conjunto com a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).
Toque neste link e leia mais sobre a prostatite.
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