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O que é implantação embrionária?

O que é implantação embrionária?

O útero é um dos órgãos que compõem o sistema reprodutivo feminino, assim como as tubas uterinas e ovários. Sua principal função está diretamente relacionada à fertilidade das mulheres, já que todo o processo da gestação se desenvolve em seu interior, desde a implantação embrionária até o parto.

Esse órgão é uma estrutura ovalada e oca, cujas paredes são divididas em três camadas, formadas por tecidos com funções diferentes. A função de cada camada está relacionada aos tipos celulares que compõem esses tecidos, e duas delas participam diretamente do processo de gestação e parto: o endométrio e o miométrio.

Formado basicamente por células musculares e com alto potencial elástico, o miométrio estica-se à medida que o bebê cresce e se desenvolve, sem sacrificar a integridade do útero como um todo.

Ainda, durante o parto normal, o miométrio é responsável por promover as contrações que auxiliam o bebê na saída pelo canal vaginal.

A importância do endométrio para fertilidade das mulheres, no entanto, antecede a própria gestação. É neste tecido que, após a fecundação no interior das tubas uterinas, o embrião recém-formado se implanta.

Ou seja, o endométrio é responsável por acolher o embrião até que a placenta seja formada e, mesmo a partir deste momento, manter contato com a placenta durante toda a gestação.

O objetivo deste texto é mostrar o que é e como acontece a implantação embrionária, tanto nos processos gestacionais conseguidos por vias naturais, como naqueles resultantes da reprodução assistida.

Como a gravidez acontece?

A gravidez, também chamada gestação, é o processo que acompanha o desenvolvimento do bebê desde a fecundação até o parto ou nascimento do bebê, com duração de aproximadamente 40 semanas.

Uma mulher fica grávida, por vias naturais, quando mantém relações sexuais durante seu período fértil, sem fazer uso de qualquer tipo de contraceptivo. Isso porque o período fértil é determinado pelo momento em que ocorre a ovulação, quando um folículo ovariano, após seu desenvolvimento, rompe-se e libera um óvulo e as tubas uterinas o captam.

A relação sexual sem uso de preservativos de barreira (camisinhas masculina e feminina) também permite que todo o conteúdo expelido durante a ejaculação entre no interior da cavidade uterina, podendo seguir em direção às tubas uterinas, onde encontra-se o óvulo.

Chamamos sêmen o conteúdo da ejaculação, cujos componentes incluem os líquidos glandulares, produzidos pelas glândulas anexas do sistema reprodutivo masculino – vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e a próstata –, e os espermatozoides, formados nos túbulos seminíferos (testículos), que são as próprias células reprodutivas dos homens.

A fecundação em si ocorre no interior das tubas uterinas, quando o espermatozoide consegue romper a zona pelúcida do óvulo e penetrar em seu meio intracelular. Nesse momento, os materiais genéticos tanto do óvulo quanto do espermatozoide são compostos por pronúcleos, que contêm, cada um, metade do DNA de um ser humano (n).

Após romper a zona pelúcida, os pronúcleos do espermatozoide e do óvulo fundem-se, formando uma célula primordial, cujo núcleo contém todo o material genético de um ser humano completo (2n). Essa célula primordial é chamada, nesse momento, de zigoto.

O primeiro acontecimento após a fecundação é o início dos processos de clivagem, divisões celulares em que o material genético do zigoto se multiplica sem, no entanto, aumentar o volume total do embrião.

Após as primeiras clivagens, o zigoto já pode ser chamado de embrião e, durante os primeiros cinco a sete dias depois das fecundação, o embrião aumenta o seu número de células e dirige-se ao interior do útero, com auxílio dos movimentos peristálticos das tubas uterinas.

Quando atinge o endométrio, que é a camada de revestimento do interior da cavidade uterina, deve ter início o processo de nidação ou implantação embrionária, quando o embrião se fixa ao útero e a gestação começa.

Como é feita a implantação embrionária?

O embrião chega ao endométrio quando atinge o estado de blastocisto. Nesta fase, as células embrionárias, que constituirão o feto e, futuramente, o bebê, separam-se daquelas que originarão as estruturas anexas, como a placenta, o líquido amniótico e o cordão umbilical.

Até este momento, o embrião ainda conserva a zona pelúcida, herdada do óvulo, cuja função é manter unidas as novas células embrionárias, que estão surgindo como resultado das clivagens, impedindo sua dispersão na cavidade uterina.

Chamamos hatching o momento de rompimento da zona pelúcida, e a partir dele as células embrionárias passam a ficar aderidas diretamente ao endométrio. Este é o acontecimento que marca a implantação embrionária ou nidação de fato.

Podemos dizer que a gestação tem início a partir desse momento, quando as células embrionárias passam a se desenvolver de forma mais complexa, estruturando órgãos e sistemas, já em contato com o endométrio, local onde acontecerá todo o processo gestacional até o parto.

Como acontece a implantação embrionária na reprodução assistida?

Atualmente, a reprodução assistida oferece três principais técnicas: a RSP (relação sexual programada), a IA (inseminação artificial) e a FIV (fertilização in vitro), que facilitam, ou até mesmo promovem, a fecundação com auxílio de técnicas médicas.

Na RSP e na IA, como a fecundação acontece dentro do corpo da mulher e de forma muito semelhante à fecundação por vias naturais, o processo de implantação embrionária é idêntico ao descrito anteriormente.

Na FIV, a implantação embrionária só acontece após a transferência dos embriões para o útero da mulher, já que a fecundação, nesta técnica, é realizada em laboratório, a partir da união de óvulos e espermatozoides previamente coletados.

Duas das indicações para as quais a FIV é a técnica ideal incluem os casos em que a mulher apresenta falhas na receptividade endometrial e aqueles em que o embrião demonstra dificuldades em romper a zona pelúcida, condição não tão comum.

Para diminuir as taxas de perdas gestacionais resultantes de falhas na receptividade endometrial, a FIV permite que os embriões sejam congelados, para que a transferência aconteça somente no momento em que o endométrio está perfeitamente preparado.

Nesta técnica, a preparação endometrial também deve ser auxiliada por medicamentos hormonais e monitorada por ultrassom transvaginal, mostrando o momento ideal para o descongelamento dos embriões e a transferência embrionária.

Com relação aos casos em que a infertilidade é causada por dificuldades em romper a zona pelúcida embrionária, a FIV também possibilita a realização do hatching assistido, em que pequenas fissuras são abertas no embrião em laboratório, na região da zona pelúcida, antes da transferência embrionária, facilitando o rompimento total da zona pelúcida, no momento que o embrião é colocado no interior da cavidade uterina.

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