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Miomas: sintomas

Miomas: sintomas

A fertilidade das mulheres pode ser afetada por diversos fatores, de origem genética ou adquiridos ao longo da vida, por doenças e condições que afetam a anatomia e a fisiologia dos órgãos e estruturas do sistema reprodutivo.

O útero é um dos órgãos centrais na promoção da função reprodutiva das mulheres e qualquer alteração funcional ou morfológica nessa estrutura pode inviabilizar a gestação, fazendo da infertilidade por fator uterino uma das formas mais recorrentes de infertilidade feminina.

Em alguns casos, o desenvolvimento embriológico do útero pode acontecer com falhas, na maior parte das vezes ligadas a problemas na fusão dos ductos de Müller, que se mantêm na vida pós-natal em forma de septos, que dividem a cavidade uterina. Útero didelfo, útero bicorno e útero septado são algumas das malformações uterinas mais frequentes.

Em outras situações, a mulher pode manifestar desequilíbrios na regulação hormonal da função reprodutiva, como é o caso da SOP (síndrome dos ovários policísticos), em que alterações na secreção das gonadotrofinas leva a um aumento da testosterona, ou de doenças estrogênio-dependentes, como alguns tipos de câncer de mama e endométrio, a endometriose e os miomas uterinos.

Os miomas uterinos são um problema ginecológico frequente, ainda que benigno, em que massas celulares fibrosas se desenvolvem nas camadas da parede uterina pela ação dos estrogênios, podendo causar sintomas dolorosos e relacionados à infertilidade, em alguns casos.

Os sintomas e as consequências que os miomas trazem para a fertilidade das mulheres depende intimamente do tipo de mioma, determinado pelo local onde essas massas tumorais surgem, seu tamanho e a quantidade de miomas.

Este texto busca mostrar quais os sintomas relatados pelas mulheres com miomas e sua relação com a infertilidade, além de apresentar formas de tratamento para os diversos casos.

O que são miomas uterinos?

Miomas são massas celulares semelhantes a tumores, de natureza geralmente benigna e estrogênio-dependentes, formadas por tecido fibroso (semelhante ao miométrio) e, em alguns casos, glandular, que aparecem e crescem na parede do útero.

A parede uterina é dividida em três camadas, com funções e composições teciduais específicas.

O perimétrio ou serosa é a camada de revestimento do útero, que isola e protege o órgão das demais estruturas contidas na cavidade pélvica. Está localizada próxima à bexiga e aos intestinos e é formada por tecido epitelial de revestimento.

O miométrio é a camada intermediária, aderida ao perimétrio e composta basicamente por células da musculatura lisa. É responsável pela capacidade contrátil e elástica do útero.

O endométrio é o tecido que reveste a cavidade uterina internamente e se desenvolve sobre o miométrio, compondo uma camada específica, constituída por células estromáticas e glandulares.

A classificação dos miomas é feita com base na sua localização, e a intensidade dos sintomas normalmente está relacionada à quantidade e tamanho dessas formações tumorais.

Classificação dos miomas e seus sintomas

Os miomas são assintomáticos na grande maioria dos casos e são mais comuns em mulheres negras, nulíparas (que nunca tiveram filhos) e obesas.

Quando sintomáticos, a localização dos miomas é uma variável decisiva para determinar os sinais que eles provocam, já que afetam papéis diferentes do útero ao acometerem as diferentes camadas desse órgão.

A intensidade dos sintomas é proporcional ao número e ao tamanho dos miomas, independentemente de onde estejam aderidos.

Miomas subserosos

São aqueles que nascem próximos ao perimétrio e seu crescimento pode alterar a anatomia do útero, caso atinjam maiores proporções. Não costumam oferecer riscos à fertilidade, e os principais sintomas desse tipo de mioma é a sensação de peso e dor pélvica, além de cólicas menstruais mais intensas.

Pela proximidade com a bexiga e os intestinos, pode também causar desconforto ao urinar e alterações intestinais.

Miomas intramurais

Localizados no miométrio, a camada intermediária entre o perimétrio e o endométrio, esse tipo de mioma normalmente causa dismenorreia (menstruação dolorosa) e o aumento do fluxo menstrual. É possível que ocorram hemorragias locais, já que o crescimento do mioma pode aumentar o volume do útero e aumentar a pressão sobre a rede vascular que nutre esse órgão.

A infertilidade também pode se manifestar como abortamentos de repetição, já que os miomas intramurais podem comprometer a elasticidade do útero.

Miomas submucosos

Tipo mais raro, porém mais severo, os miomas submucosos se projetam do endométrio e ocupam espaço nesse tecido, alterando sua composição e o ambiente que o endométrio cria na cavidade uterina, fundamental para que as primeiras etapas da gestação, que são as mais delicadas, sejam bem-sucedidas.

Isso faz dos miomas submucosos a forma que mais oferece riscos à fertilidade, já que provoca alterações na receptividade endometrial e podem afetar a cavidade uterina.

A presença de miomas submucosos pode levar a sangramentos mais frequentes e irregulares durante o período menstrual ou fora dele.

Miomas uterinos podem causar infertilidade?

Em teoria, todos os tipos de miomas podem afetar a fertilidade das mulheres, se estiverem em grande número ou tomarem proporções realmente volumosas, já que podem causar distorções anatômicas, prejudiciais ao bem-estar da gestante e à própria gestação.

No entanto, os tipos de miomas mais frequentemente associados à infertilidade são os submucosos e alguns intramurais de grandes proporções, que afetam a receptividade endometrial, a elasticidade uterina e o espaço disponível para o desenvolvimento fetal.

Problemas na receptividade endometrial

Os miomas submucosos, por dispararem processos inflamatórios que concentram prostaglandinas e alteram a composição do endométrio, impedem que o embrião recém-formado consiga fixar-se ao útero. As prostaglandinas tendem a reconhecer o embrião como um corpo estranho e eliminá-lo do útero antes mesmo que a gestação tenha sido constatada.

Problemas com o espaço intrauterino

Outra consequência dos miomas submucosos é a diminuição do espaço disponível para o desenvolvimento embrionário, que acontece quando essas formações tumorais crescem a ponto de se projetarem para o interior da cavidade uterina.

Esse tipo de mioma oferece riscos para descolamento de placenta e pode levar ao nascimento de bebês prematuros e com desenvolvimento prejudicado, manifesto pelo peso e tamanho reduzidos.

Problemas na elasticidade do útero

Os miomas intramurais são normalmente compostos por células musculares enrijecidas, com aspecto e comportamento fibroso. Quando esse tipo de mioma atinge proporções mais exageradas, pode comprometer a elasticidade do miométrio, já que boa parte dessa camada está ocupada por tecido fibroso.

A elasticidade do miométrio é responsável pelo aumento do útero, que se adequa ao desenvolvimento do bebê, e pelas contrações no momento do parto – e sua perda pode resultar em partos prematuros e abortos de repetição.

Tratamentos e a reprodução assistida

Às mulheres assintomáticas e que não têm planos de engravidar recomenda-se o tratamento expectante, que consiste em esperar e acompanhar se os miomas crescem, aumentam de número ou se os sintomas se manifestam.

Isso porque as abordagens mais bem-sucedidas para os miomas é o tratamento hormonal, adequado para casos mais leves, e a retirada cirúrgica, que só é indicada nos casos sintomáticos mais graves ou quando a mulher está tentando engravidar.

A miomectomia é feita por videolaparoscopia, mas atualmente a abordagem mais efetiva é feita por histeroscopia cirúrgica.

Na maior parte das vezes, o tratamento para os miomas consegue reverter a infertilidade, mas algumas mulheres continuam apresentando problemas para engravidar.

Nesses casos, a principal indicação é a FIV (fertilização in vitro), técnica de reprodução assistida de alta complexidade que aumenta muito as taxas de gestação mesmo em mulheres com miomas.

Para saber mais sobre miomas, acesse o link!

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