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Indução da ovulação na reprodução assistida

Indução da ovulação na reprodução assistida

Falar em indução da ovulação na reprodução assistida é quase uma redundância, já que este é um processo presente no início de todos os tratamentos para engravidar, realizados pela medicina reprodutiva: RSP (relação sexual programada), IA (inseminação artificial) e FIV (fertilização in vitro).

Normalmente associada à etapa de estimulação ovariana, a indução da ovulação é uma das principais ferramentas para aumentar as chances de sucesso da etapa seguinte, a fecundação, em todas as técnicas.

Cada procedimento, no entanto, realiza a indução da ovulação em contextos específicos – que abordaremos com mais profundidade neste texto.

Boa leitura!

A indução da ovulação no contexto da estimulação ovariana

A estimulação ovariana é a etapa inicial de todos os tratamentos em reprodução assistida e consiste, de forma geral, em um tratamento com medicamentos hormonais para induzir os processos pré-ovulatórios, aumentando as chances de que a ovulação ocorra sem maiores problemas.

Para isso, a mulher recebe doses diárias de medicamentos hormonais – normalmente análogos do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) ou versões sintéticas das próprias gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) –, durante 12 a 15 dias com início no primeiro dia do ciclo reprodutivo.

Quando o tratamento utiliza análogos do GnRH, o mecanismo da estimulação ovariana consiste em estimular a hipófise a liberar as gonadotrofinas, que por sua vez interagem com os ovários para produção de estrogênios e o recrutamento de folículos ovarianos para a ovulação. Se o tratamento é feito com as próprias gonadotrofinas, o mecanismo da estimulação ovariana incide diretamente nos ovários, desencadeando os processos que mencionamos anteriormente.

A escolha da medicação para a estimulação ovariana depende principalmente de aspectos bastante individuais de cada casal.

Ao longo do tratamento realizado na etapa de estimulação ovariana, os processos pré-ovulatórios são monitorados por sucessivos exames de ultrassonografia pélvica, que acompanham o recrutamento e o crescimento dos folículos, indicando o momento auge desse processo, quando deve ser feita a indução da ovulação.

Considerada a fase final da etapa de estimulação ovariana, a indução da ovulação é feita também com uma medicação hormonal, mas desta vez em dose única e utilizando outro hormônio, o hCG (gonadotrofina coriônica humana).

Nas gestações por vias naturais, o hCG é um hormônio produzido pela interação entre o embrião e o endométrio para manter o corpo lúteo ativo até que a placenta esteja formada e possa assumir a função de produção da progesterona.

Na reprodução assistida, o hCG provoca o rompimento do folículo dominante e a liberação do óvulo maduro contido em seu interior, pronto para a fecundação, além de também estimular a formação do corpo lúteo e iniciar a produção de progesterona – que é essencial para que o útero esteja pronto para receber o embrião na nidação.

Entenda a indução da ovulação no contexto de cada técnica de reprodução assistida

Em todas as técnicas de reprodução assistida, a estimulação ovariana e a indução da ovulação sempre seguem esse protocolo de funcionamento, que acabamos de descrever – indução dos processos pré-ovulatórios, monitoramento ultrassonográfico e indução da ovulação.

Contudo, cada técnica utiliza protocolos diferentes para as doses da medicação hormonal, especialmente para a estimulação ovariana, com objetivo de se adequar às demandas metodológicas de cada tratamento – especialmente considerando o local onde espera-se que a fecundação aconteça, em cada procedimento.

Indução da ovulação na RSP

Podemos dizer que a estimulação ovariana e a indução da ovulação compõem praticamente toda a metodologia da RSP – que consiste principalmente em determinar com mais exatidão o período fértil da mulher, indicando o melhor período para manter relações sexuais com objetivo de engravidar.

Os protocolos da medicação hormonal utilizada na estimulação ovariana e indução da ovulação na RSP indicam doses menores dessa medicação porque a técnica espera que a fecundação ocorra no interior das tubas, de forma bastante semelhante à gestação por vias naturais.

Essa diminuição busca diminuir as chances de gestações múltiplas (de gêmeos), que são arriscadas tanto para a mulher, como para o futuro bebê.

Indução da ovulação na IA

A IA utiliza protocolos medicamentosos e procedimento semelhantes à RSP para estimulação ovariana e indução da ovulação porque sua metodologia também espera que a fecundação aconteça no interior das tubas uterinas – mas, neste caso, após a inseminação de uma amostra de sêmen diretamente na cavidade uterina, durante o período fértil.

Para isso, a amostra de sêmen é coletada previamente, por masturbação ou recuperação espermática, e submetida ao preparo seminal – procedimento laboratorial que fornece subamostras de sêmen com uma concentração maior de espermatozoides saudáveis.

Indução da ovulação na FIV

É importante lembrar que, na FIV, embora o processo de indução da ovulação seja realizado, a ovulação propriamente dita não acontece, já que os folículos são aspirados logo após a administração do hCG, para a coleta de gametas (óvulos e espermatozoides) – justamente porque, na FIV, a fecundação é reproduzida em laboratório (in vitro), fora do corpo da mulher.

Para que a etapa de fecundação in vitro tenha chances maiores de ser bem-sucedida, é importante que se tenha a disposição mais do que um único óvulo e por isso os protocolos de estimulação ovariana e indução da ovulação na FIV são mais robustos, utilizando doses maiores de medicação hormonal, para induzir o amadurecimento de vários folículos.

Ao mesmo tempo, como a fecundação é feita em laboratório, o aumento na intensidade da medicação neste momento não interfere nas chances de gestação múltipla, que na FIV dependem mais da quantidade de embriões transferidos para o útero, após o cultivo embrionário – determinada formalmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

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