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Falhas de implantação e aborto espontâneo

Falhas de implantação e aborto espontâneo

Os processos reprodutivos, sejam eles otimizados pela reprodução assistida ou quando acontecem de forma natural, têm início com a formação das células reprodutivas de homens e mulheres e com a fecundação.

No entanto, a gravidez de fato somente tem início com a implantação embrionária, ou seja, quando o embrião formado ainda nas tubas uterinas chega ao útero e precisa encontrar o local mais adequado para fixar-se.

Após a implantação embrionária, toda a gestação acontece no interior da cavidade uterina, que mantém contato direto com o embrião e posteriormente com a placenta, estrutura que faz todas as comunicações entre o bebê e a mãe.

A implantação embrionária é um dos eventos mais importantes da gestação, que acontece quando o embrião ainda é muito frágil – o que significa que qualquer problema nesta etapa pode resultar em falha de implantação e, consequentemente, aborto espontâneo.

Quer entender melhor a relação entre a falha de implantação e o aborto espontâneo? então continue conosco na leitura deste texto.

Como acontece a implantação embrionária?

Nas gestações que acontecem por vias naturais, ou seja, após as relações sexuais durante o período fértil da mulher, a fecundação acontece no interior das tubas uterinas com o encontro entre o óvulo – liberado nessas estruturas com a ovulação – e os espermatozoides.

A entrada do espermatozoide no meio intracelular do óvulo acontece com o rompimento da zona pelúcida, que controla a entrada de espermatozoides e protege o óvulo.

Com a fecundação, acontece a fusão dos DNA dessas células e a formação do zigoto, célula primordial do desenvolvimento humano. Esta célula inicia um processo de sucessivas clivagens (divisões celulares que formam células idênticas ao zigoto) para formar o embrião.

Esse processo acontece ainda nas tubas uterinas que conduzem o embrião ao útero, enquanto as clivagens continuam acontecendo. Cerca de 5 dias após a fecundação, o embrião chega ao útero e precisa encontrar o endométrio – camada de revestimento da cavidade uterina – receptivo para a implantação.

A interação entre o embrião e o endométrio é fundamental para que a implantação embrionária aconteça com segurança e a gestação tenha início.

Quando o embrião encontra o local mais adequado para a implantação, a zona pelúcida que permanece desde a fecundação se rompe e as células embrionárias se infiltram no endométrio, iniciando a formação da placenta e dando continuidade aos processos do desenvolvimento embrionário.

O que é falha de implantação?

A falha de implantação embrionária pode ser tanto um problema que leva a ocorrência de sucessivos abortos de repetição, como também um mecanismo de defesa que elimina embriões inviáveis geneticamente antes que a gestação propriamente dita tenha início.

Geralmente a fecundação acontece normalmente e, quando o embrião chega ao útero sua interação com o endométrio não acontece de forma adequada e a gestação é interrompida pela falha de implantação.

Entenda as possíveis causas de falha de implantação

Como comentamos, a falha de implantação pode ser um mecanismo natural de defesa para evitar o desenvolvimento de embriões inviáveis, útil principalmente quando a mulher está próxima à menopausa e a qualidade genética dos óvulos tende a diminuir, favorecendo a ovulação de células reprodutivas com problemas genéticos.

Além disso, casais em que o homem apresenta uma baixa qualidade espermática, especialmente com altas taxas de fragmentação do DNA espermático, as chances da geração de embriões inviáveis também aumentam.

Doenças que provocam alterações na integridade do endométrio, como endometrites, miomas uterinos e pólipos endometriais, também podem prejudicar a interação deste tecido com o embrião, diminuindo a receptividade endometrial e favorecendo a falha de implantação.

Falha de implantação é uma das causas possíveis para o aborto espontâneo

Nem toda perda gestacional é caracterizada como aborto espontâneo, que inclui as gestações interrompidas involuntariamente até a 22ª semana de gravidez, das quais a mulher tomou conhecimento antes do abortamento.

Nesse sentido, algumas perdas gestacionais por falha de implantação podem estar por trás dos quadros de aborto espontâneo, especialmente quando há uma repetição neste acontecimento, que caracteriza o aborto de repetição.

No entanto, nem todas as perdas gestacionais por falha de implantação são classificadas como aborto espontâneo, especialmente nas gestações por vias naturais. Isso porque a implantação embrionária acontece cerca de 7 dias após a fecundação e a falha na implantação pode não interferir no acompanhamento do ciclo menstrual.

A falha de implantação também pode acontecer na reprodução assistida

Mesmo na reprodução assistida a falha de implantação pode comprometer os tratamentos, especialmente porque mesmo técnicas de alta complexidade, como a FIV (fertilização in vitro), têm pouca influência sobre os eventos reprodutivos após a chegada do embrião ao útero. Ainda assim, a FIV é a técnica mais indicada para infertilidade feminina por fator uterino.

As mulheres que recebem indicação para a FIV por problemas uterinos, em que as chances de falha de implantação são maiores, precisam passar por um acompanhamento especial do preparo endometrial, antes da transferência dos embriões para o útero.

Ainda restam dúvidas sobre aborto de repetição? Toque neste link e encontre as respostas.

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