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Endometriose é crônica? Tem cura?

Endometriose é crônica? Tem cura?

Considerada uma das doenças femininas mais conhecidas, a endometriose afeta cerca de 10% da população feminina antes da menopausa e costuma ser o diagnóstico por trás das dificuldades reprodutivas em 35% a 50% dos casos de infertilidade feminina.

Contudo, a fama da endometriose deve-se não somente às possibilidades de infertilidade, mas principalmente à intensidade dos sintomas dolorosos que a doença pode causar, já que nos casos mais graves as dores podem ser até mesmo incapacitantes.

Nesse sentido, é comum que as mulheres que recebem o diagnóstico de endometriose se vejam angustiadas com a perspectiva crônica dos sintomas dolorosos e da infertilidade, além de ansiosas para saber se a doença tem cura.

Quer saber se a endometriose de fato tem cura? Então continue conosco e aproveite a leitura do texto a seguir!

O que é endometriose?

A endometriose é uma doença crônica estrogênio-dependente, normalmente associada a processos inflamatórios desencadeados pela atividade dos estrogênios sobre focos de tecido endometrial ectópico – ou seja, que se desenvolve de forma anormal fora da cavidade uterina.

Não se sabe ao certo a origem da endometriose.

A doença é predisposta geneticamente, já que mulheres com histórico de endometriose na família têm mais chance de desenvolver os implantes, e a teoria da menstruação retrógrada é a mais aceita hoje para as causas da endometriose.

Descrita por Sampson, no início do século XX, a teoria da menstruação retrógrada considera que os implantes de endometriose sejam pedaços de endométrio que deveriam ter sido expelidos com o sangue menstrual, mas que retornaram pelas tubas e invadiram outras estruturas da cavidade pélvica, aderindo-se a elas.

Alterações também ainda não tão bem conhecidas sobre o sistema imunológico das mulheres com endometriose faz com que o endométrio ectópico não seja completamente eliminado, quando extravasa pelas tubas e atinge a cavidade pélvica, na menstruação retrógrada. Esses focos de tecido endometrial tornam-se fixos e provocam o surgimento de lesões e processos inflamatórios onde se instalam.

As estruturas às quais os implantes de endometriose estão aderidos podem apresentar problemas em seu funcionamento e anatomia. As estruturas mais frequentemente afetadas pela doença são:

Como a endometriose é identificada?

Os sintomas da endometriose normalmente derivam de dois aspectos fundamentais da doença: o crescimento dos focos endometrióticos, provocado pela atividade estrogênica, e a inflamação das lesões, causada pelos implantes.

O diagnóstico final da endometriose, no entanto, pode ser demorado. Isso acontece tanto porque os sintomas listados se confundem com aqueles apresentados nas demais doenças estrogênio-dependentes, como também pelo fato de que os implantes menores, típicos dos quadros iniciais da doença, frequentemente não são observados pelos exames de imagem que realizam o diagnóstico.

A ultrassonografia pélvica é um dos exames mais utilizados para identificação da endometriose, especialmente quando o procedimento é realizado com preparo intestinal – em que a mulher deve esvaziar o intestino com auxílio de laxantes na véspera do exame.

A endometriose não tem cura…

Como comentamos, a endometriose é uma doença crônica e por isso não podemos dizer que existe exatamente uma cura para ela. Alguns fatores contribuem para que a endometriose possa ser reincidente, mesmo após a remoção cirúrgica dos implantes, mas especialmente o fato de esta ser uma doença estrogênio-dependente.

Os estrogênios são um grupo de hormônios esteroides, produzidos naturalmente no corpo da mulher e em quantidades mais expressivas do que observamos no corpo dos homens, em momentos específicos do ciclo menstrual.

Isso significa que enquanto houver estrogênios sendo produzidos pelos ovários, haverá a possibilidade de surgimento de novos implantes, já que existe também um fator genético na manifestação da endometriose.

É comum, inclusive, que mulheres com endometriose vejam uma diminuição significativa de seus sintomas após a menopausa, quando hormônios como os estrogênios deixam de ser produzidos.

… Mas seus sintomas podem ser muito amenizados

Os sintomas dolorosos da endometriose estão entre as principais preocupações das mulheres portadoras de endometriose, assim como a infertilidade. Dependendo das estruturas em que os implantes se instalam, os sintomas podem variar, mas normalmente incluem as seguintes alterações:

O tratamento medicamentoso para endometriose – realizado com medicação hormonal e anti-inflamatórios – costuma apresentar resultados positivos no controle dos sintomas dolorosos e para o equilíbrio do ciclo menstrual.

Além disso, a mulher portadora também pode receber indicação para retirada cirúrgica dos implantes, que incide mais rapidamente sobre os sintomas, mas pode não ser indicada para qualquer caso de endometriose.

Essas abordagens para a endometriose conseguem que a mulher portadora possa ter uma melhora na qualidade de vida apesar da doença, mesmo que a cura propriamente dita da endometriose ainda não tenha sido encontrada.

Endometriose, infertilidade e reprodução assistida

A infertilidade é uma das consequências possíveis da endometriose, embora nem todas as formas da doença estejam associadas a dificuldades para engravidar – que se restringe normalmente aos casos de endometriose tubária e endometriose ovariana, com a formação do endometrioma.

A formação do endometrioma pode provocar anovulação e danos à reserva ovariana, enquanto na endometriose tubária a infertilidade deve-se à obstrução dessas estruturas pelos implantes e aderências decorrentes da doença, que impede o encontro entre óvulo e espermatozoide para a fecundação.

A FIV (fertilização in vitro) é uma técnica de reprodução assistida de alta complexidade que pode ser indicada para o tratamento da infertilidade decorrente tanto da endometriose tubária como do endometrioma.

Nesta técnica, a mulher passa por uma estimulação ovariana e indução da ovulação mais robustas, o que permite lidar com a anovulação, motivo da infertilidade nos casos de endometriose ovariana.

Além disso, a FIV permite que a fecundação seja feita em laboratório, transferindo os embriões diretamente para o útero, já em seus estágios iniciais de desenvolvimento – contornando também o papel das tubas, obstruídas pelos implantes de endometriose, na fecundação e condução do embrião para o útero.

Quer saber mais? Toque neste link e leia tudo sobre endometriose.

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