Endometriomas: conheça os sintomas - Art Medicina Reprodutiva
Art Medicina | WhatsApp
Clínica Art Medicina Reprodutiva
Pré-agendar consulta
Endometriomas: conheça os sintomas

Endometriomas: conheça os sintomas

Os endometriomas são cistos formados na endometriose ovariana – uma das doenças ginecológicas mais conhecidas entre as mulheres em idade reprodutiva, principalmente por ser um problema que provoca quadros severos de dismenorreia e dor pélvica.

Embora a infertilidade feminina também seja um sintoma central desta doença, seus sintomas álgicos são mais conhecidos do que aqueles que afetam a função reprodutiva das mulheres.

Na endometriose, o tecido endometrial, que normalmente reveste a cavidade uterina e mantém contato direto com a placenta, durante a gestação, passa a se desenvolver fora de seu local de origem – e por isso é chamado de ectópico.

Na maior parte das vezes, os focos endometrióticos localizam-se nas demais estruturas da cavidade pélvica, incluindo peritônio, intestinos, aparelho urinário, útero, tubas uterinas e ovários.

A classificação das diferentes formas de endometriose é feita com base no local em que os focos se desenvolvem e também na profundidade adquirida por eles. Os principais tipos de endometriose são:

Apesar de muitas vezes assintomáticos, os endometriomas podem prejudicar a função reprodutiva das mulheres de forma silenciosa e, caso cresçam muito, podem também romper-se, provocando um quadro agudo e urgente.

Este texto tem como objetivo mostrar quais os principais sintomas dos endometriomas, como estes cistos afetam a fertilidade feminina e quais as possibilidades de tratamento.

O que é endometriose ovariana (endometriomas)?

Todas as formas de endometriose são estrogênio dependentes, ou seja, independente dos locais onde estão aderidos os focos endometrióticos, o crescimento e desenvolvimento dessas massas celulares é provocado ação dos estrogênios, hormônios que participam do ciclo reprodutivo natural da mulher.

No caso da endometriose ovariana, o endométrio ectópico se desenvolve aderido ao córtex ovariano e está envolvido por uma membrana, formando uma espécie de cisto, a que chamamos endometriomas.

Os endometriomas também contém um acúmulo de sangue oxidado, responsável por sua coloração vermelho achocolatada, que diferencia esses cistos daqueles formados na SOP (síndrome dos ovários policísticos).

A ação dos hormônios implicados no ciclo reprodutivo natural sobre o endométrio ectópico dos endometriomas, faz com que estes cistos adquiram dimensões aumentadas, além de disparar uma resposta inflamatória local, que pode prejudicar a saúde dos gametas armazenados nos ovários, além de interferir no processo de ovulação.

Como identificar os sintomas dos endometriomas?

Apesar de a infertilidade por anovulação ser um sintoma mais típico da forma ovariana da endometriose, na maior parte das vezes as mulheres apresentam tipos diversos de endometriose simultaneamente, e por isso têm potencial para desenvolver todos os sintomas característicos dessa doença.

Os sintomas dolorosos são decorrentes do processo inflamatório desencadeado pela ação dos estrogênios sobre o tecido endometrial ectópico, que passa multiplicar-se e aumentar de tamanho.

Esse processo inflamatório provoca também alterações da composição celular do endométrio ectópico – e do ambiente pélvico como um todo –, que passa a apresentar uma maior concentração de prostaglandinas e células do sistema imunológico.

Contudo, quando os endometriomas se manifestam de forma isolada, as mulheres podem não apresentar sintomas além da infertilidade, e essa condição pode ser descoberta somente em consultas ginecológicas de rotina, quando a mulher encontra dificuldades para engravidar ou quando o cisto se rompe.

O rompimento dos endometriomas é um evento bastante grave, que normalmente provoca dor pélvica aguda e sangramento interno, com potencial para prejudicar outras estruturas da cavidade pélvica, que não necessariamente foram atingidas pela endometriose.

É interessante saber que, assim como a ausência de gestações anteriores (nuliparidade) aumenta as chances de a mulher desenvolver endometriomas – como acontece, na realidade, com a maioria das doenças estrogênio dependentes, como miomas uterinos e pólipos endometriais –, a gestação em si pode funcionar como um fator protetivo para o desenvolvimento dos endometriomas, por aumentar o tempo de exposição da mulher à progesterona.

Isso acontece porque a progesterona atua no endométrio – original e ectópico – de maneira antagônica à ação dos estrogênios, diminuindo as taxas de multiplicação celular endometrial e estratificando este tecido, que diminui de tamanho e tem sua resposta imunológica também controlada.

Quais são as principais queixas da mulher com endometriomas?

Por ser majoritariamente assintomática, a principal queixa das mulheres com endometriose ovariana realmente é a dificuldade ou até mesmo a impossibilidade de engravidar.

Nesse sentido podemos dizer que a endometriose como todo pode afetar a fertilidade das mulheres, seja por causar obstrução tubária, quando os focos endometrióticos encontram-se localizados nessa estrutura – ou no peritônio, mas próximos às tubas –, ou por levar a quadros de anovulação e provocar diminuição da reserva ovariana.

Tanto a anovulação como a diminuição da reserva ovariana acontecem somente nos casos de endometriomas e são resultado direto do aumento na pressão interna dos ovários, causado pelo crescimento dos cistos e pelo aumento dos fatores imunológicos, decorrentes do processo inflamatório local.

Além dos prejuízos fisiológicos, a infertilidade provocada pelos endometriomas também acarreta problemas emocionais, especialmente relacionados à frustração do planejamento familiar e a possibilidade de que a mulher não possa realizar o sonho de ser mãe.

Como tratar os endometriomas?

A escolha do melhor tratamento para os endometriomas – e para endometriose em geral – depende principalmente da presença de sintomas dolorosos intensos e dos desejos reprodutivos da mulher.

Isso porque o tratamento medicamentoso, que é a forma mais simples de abordagem, só pode ser indicado para os casos leves, com poucos ou nenhum sintoma álgico, e para as mulheres que não desejam engravidar – justamente porque é feito com uma terapêutica contraceptiva.

De forma semelhante, a abordagem cirúrgica para a retirada dos focos endometrióticos, apesar de ser recomendada para a maior parte dos casos de endometriose, deve ser considerada com cuidado quando se trata de endometriose ovariana.

A intervenção é realizada por videolaparoscopia, contudo a manipulação dos ovários em si já oferece riscos de danos para reserva ovariana, por tratar-se de um tecido bastante delicado.

Nesse sentido, especialmente quando a mulher não apresenta sintomas dolorosos muito relevantes e deseja engravidar, a indicação de tratamento mais segura, em busca de reverter a infertilidade decorrente dos endometriomas, é feita com as abordagens da reprodução assistida.

As indicações para FIV (fertilização in vitro) são as mais recorrentes nesses casos, pois essa técnica permite, além da estimulação ovariana, também a possibilidade de realizar a fecundação fora do corpo da mulher e, com isso, diminuir muito as chances para gestação ectópica, um risco comum para mulheres com endometriose de todos os tipos.

Conheça nosso conteúdo completo sobre a endometriose aqui.

Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe
com seus amigos esse texto:
Ficou com dúvidas ou gostou do conteúdo?
Deixe o seu comentário abaixo:

© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588