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Endométrio e nidação: qual a relação?

Endométrio e nidação: qual a relação?

O útero é um dos órgãos que constitui o aparelho reprodutivo das mulheres. Com formato semelhante a uma pera, porém invertida e oca, o útero é por isso formado essencialmente por suas paredes e os diferentes tecidos que as compõem.

Quando a mulher menstrua, o sangue expelido nesse processo é resultado da descamação do endométrio, tecido de revestimento da cavidade uterina, que marca a transição entre dois ciclos menstruais ou reprodutivos consecutivos.

Assim como todos os demais órgãos do sistema reprodutivo ‒ tubas uterinas e ovários ‒, o útero é fundamental para a reprodução humana. Toda a gestação acontece no interior do útero, que interagem hormonalmente com a placenta e auxilia a saída do bebê durante o parto.

De forma geral, podemos dizer que o papel do útero ‒ mais especificamente do endométrio ‒ na reprodução humana começa com a nidação e envolve todo o processo da gravidez.

Continue conosco na leitura do texto a seguir e compreenda melhor a relação entre o endométrio e o processo de nidação.

O que é o endométrio?

A parede uterina é uma estrutura essencialmente muscular, formada, no entanto, por três tecidos diferentes, organizados em camadas: o endométrio, o miométrio e o perimétrio.

O miométrio é a camada mais espessa, formada por células de musculatura lisa que esticam, para acompanhar o crescimento do bebê ao longo da gestação, e se contraem, para ajudar na saída do bebê durante o parto.

Outro nome para o miométrio é “camada intramural”, por manter contato com o perimétrio e endométrio simultaneamente ‒ como se estivesse “entre dois muros”. O perimétrio é a fronteira entre o útero e o peritônio, que envolve este órgão e todas as demais estruturas da cavidade pélvica e o endométrio reveste a cavidade uterina propriamente dita.

A principal característica do endométrio é sua constituição celular: além das células estromáticas, este tecido é repleto de células glandulares que interagem diretamente com os hormônios sexuais do ciclo reprodutivo ou menstrual.

Como o endométrio torna-se receptivo ao embrião?

De forma geral, podemos dizer que o endométrio se transforma ao longo do ciclo reprodutivo, sempre como resposta à atividade hormonal e modificando-se principalmente em espessura e complexidade.

As transformações do endométrio acontecem de forma gradual ao longo das duas fases do ciclo menstrual.

Na primeira fase (fase folicular), o estrogênio é o hormônio ovariano produzido em maior quantidade pelo corpo da mulher e um de seus papéis é desempenhado na interação com as células do endométrio, que se torna mais espesso sob influência deste hormônio.

O espessamento do endométrio se estende até a ovulação e na etapa pós-ovulatória (fase lútea) este tecido passa a responder principalmente à atividade da progesterona.

Produzida pelo corpo-lúteo para manutenção da estabilidade do endométrio, a progesterona finaliza o preparo endometrial iniciado pelos estrogênios, tornando este tecido receptivo à chegada de um possível embrião.

A ausência do embrião faz com que o corpo-lúteo regrida e a produção de progesterona seja interrompida. Quando a concentração de progesterona e dos estrogênios chega aos seus patamares mínimos, o endométrio descama e a mulher menstrua.

O que é a nidação?

A nidação também é chamada de implantação embrionária e marca um momento muito importante em todo o processo gestacional, que é o início da gravidez propriamente dita.

Para que a nidação aconteça é necessário que tenha ocorrido antes a formação do embrião como resultado da fecundação, ou seja, a união de ao menos um óvulo e um espermatozoide ‒ nas tubas uterinas ou em laboratório, nos casos de tratamentos com a FIV (fertilização in vitro).

Quando o embrião chega ao útero, local em que toda a gestação vai acontecer, é necessário buscar o local mais adequado para fixar-se e dar início à formação dos anexos embrionários, como a placenta.

Até este momento, as células que formam o embrião ainda se mantêm unidas pela zona pelúcida, herdada do óvulo. Na nidação, a zona pelúcida se rompe e as células embrionárias se infiltram no endométrio, fixando o embrião no útero.

A boa interação entre as células do embrião e do endométrio também induz a produção de hCG (gonadotrofina coriônica humana), que mantém o corpo-lúteo ativo e produzindo progesterona até que a placenta esteja pronta para assumir essa tarefa ‒ o que é essencial para manter a gestação no primeiro trimestre.

Problemas no endométrio podem atrapalhar a nidação

A relação entre a nidação e o endométrio é de dependência e, por isso, mesmo quando o casal não tem problemas para chegar à fecundação, a gestação pode não ocorrer devido a falhas na implantação embrionária.

As alterações no endométrio são a principal causa dessas falhas, que provocam problemas na nidação e na manutenção da gravidez nas primeiras semanas. O aborto de repetição é um dos quadros mais frequentes, nestes casos.

Entre as principais alterações no endométrio associadas à problemas na nidação, com consequências concretas para a fertilidade das mulheres, podem ser resumidas a seguir:

O endométrio é importante para a nidação nas gestações por vias naturais e na reprodução assistida

A integridade do endométrio e suas funções ligadas à dinâmica dos hormônios sexuais é essencial para a reprodução humana, especialmente porque este tecido recebe a nidação, que marca o início da gravidez, mas também porque toda a gestação se passa no interior da cavidade uterina.

Embora a reprodução assistida possa melhorar sensivelmente as chances de engravidar, seu papel se restringe a potencializar somente uma parte do processo reprodutivo, que vai das etapas que antecedem a fecundação até a chegada do embrião ao útero.

Nas técnicas de baixa complexidade ‒ RSP (relação sexual  programada) e IA (inseminação artificial) ‒, potencializam-se a ovulação e a chegada dos espermatozoides ao óvulo.

Já na FIV, a fecundação é totalmente reproduzida em laboratório (com gametas previamente coletados) e a técnica pode somente melhorar as chances de que a nidação aconteça, com o acompanhamento do preparo endometrial ‒ que pode ser feito inclusive induzindo a receptividade do endométrio com medicação hormonal.

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