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Nidação: o que é?

Nidação: o que é?

Quando uma mulher descobre que está grávida, nem sempre ela sabe quantos processos aconteceram antes em seu corpo para que isso fosse possível. Alguns desses processos você já deve conhecer: menstruação, ovulação, período fértil, entre outros.

Contudo, outro importante acontecimento que muitas desconhecem é a nidação. Sem ela, a gravidez não é possível e uma das causas da infertilidade pode ser, justamente, a falha de nidação ou de implantação.

Por isso, vamos mostrar a seguir o que é a nidação e sua importância para a fertilidade. Continue lendo e tire suas dúvidas sobre o tema. Boa leitura

O que é nidação?

Para entender o que é nidação, primeiro precisamos conhecer a estrutura do útero, que é formado por três camadas. Duas delas estão mais relacionadas à fertilidade: o miométrio (camada muscular intermediária) e o endométrio (camada mais interna do útero).

O endométrio é o local no qual o embrião se fixa para dar início à gravidez, e esse processo de fixação ou implantação é chamado de nidação.

O endométrio, a partir desse momento, acolhe o embrião, até que a placenta seja formada para nutrir e proteger o bebê durante a gestação. Por isso essa fase é tão importante para a continuidade da gravidez. Se a nidação não for bem-sucedida, ocorre um aborto espontâneo. Dependendo do que causou essa falha, a mulher pode passar por isso repetidamente, caracterizando abortos de repetição.

O que a nidação marca?

Mas então o que significa a nidação? A nidação é o momento que marca o início da gestação em si, quando o embrião chega ao útero e se fixa nele. Para compreender melhor, vejamos a seguir o que acontece na nidação.

Quando o embrião chega ao endométrio, ele está no estágio de blastocisto. É nesse momento que começa a diferenciação das células que formarão o bebê e as estruturas de apoio importantes para a gestação (como a placenta, o líquido amniótico e o cordão umbilical).

Para se implantar, ele deve romper a zona pelúcida, processo chamado de hatching. Com isso, o embrião se fixa no endométrio (nidação) e, a partir desse momento, há o desenvolvimento de estruturas anexas.

Essa fase é importante para a fertilidade. A fecundação pode ocorrer, ou seja, o espermatozoide pode penetrar o óvulo e formar o embrião, mas a fixação desse embrião no endométrio pode não ter sucesso, inviabilizando a gestação.

Por que a nidação é fundamental para a fertilidade?

Muitas vezes, os problemas de fertilidade ocorrem justamente no processo de nidação. Assim, qualquer tipo de alteração no endométrio pode provocar falhas, resultando em abortamento.

Por exemplo, mulheres que tenham endometriose podem ter maior dificuldade de nidação, pois o processo inflamatório característico da doença pode tornar o endométrio inóspito, provocando um deslocamento da receptividade endometrial, fundamental para o embrião se implantar. Outros pontos que estão envolvidos e que podem comprometer a fertilidade são:

Há, ainda, a possibilidade de fixação nesses casos, mesmo que isso seja mais raro. Contudo, os riscos de perdas da gestação ainda permanecem muito altos.

Qual a relação entre nidação e reprodução assistida?

É importante que as pessoas com intenção de engravidar por meio da reprodução assistida entendam como ocorre a nidação nas três principais técnicas:

Nas duas primeiras, a fecundação ocorre da mesma forma que em gestações naturais, nas tubas uterinas. Já na última, a fecundação é realizada em laboratório e, posteriormente, é feita a transferência dos embriões para o útero da mulher. Mas o que isso significa no que diz respeito às taxas de sucesso?

Lembra o que falamos sobre o rompimento da zona pelúcida? Então, quando isso não ocorre, o embrião não consegue se implantar no endométrio, logo, não há nidação.

No caso da fertilização in vitro, ela aumenta as chances de nidação por três possíveis intervenções: preparo endometrial, hatching assistido e ERA.

Preparo endometrial

O endométrio é a camada interna do útero. É nele que o embrião se fixa para que a gravidez possa se desenvolver. Durante a fase lútea do ciclo menstrual, o corpo-lúteo (o que resta do folículo que liberou o óvulo) produz hormônios, entre eles a progesterona, responsável pela preparação do endométrio para receber o embrião.

Na FIV, para melhorar a receptividade endometrial ao embrião, é feito o suporte da fase lútea, que é a utilização de medicamentos para manter os níveis ideais de hormônios que atuam na receptividade endometrial.

Hatching assistido

Uma das técnicas complementares ao tratamento, o hatching assistido auxilia nesse processo de nidação por meio da criação de aberturas na zona pelúcida antes da transferência embrionária, minimizando as chances de falhas. Ele é indicado quando o embrião pode apresentar uma zona pelúcida mais espessa, o que dificulta o hatching natural.

ERA

O teste ERA é outra técnica complementar à FIV. Ele analisa as células do endométrio para determinar a janela de implantação, momento de maior receptividade para transferir o embrião.

No ERA, fazemos uma biópsia no momento que seria feita a transferência embrionária (mas a transferência não é feita nesse ciclo) e enviamos o material para análise. Enquanto isso, os embriões ficam congelados. Quando recebemos os resultados, conseguimos avaliar o melhor momento, no ciclo seguinte, de fazer a transferência dos embriões.

Como você pode perceber, a nidação tem um papel fundamental para a continuidade da gravidez. Quando esse processo ocorre adequadamente, as chances de a gestação transcorrer sem problemas são maiores.

A fertilização in vitro, assim, é uma aliada importante quando há infertilidade por falhas na nidação. Toque aqui e conheça detalhadamente a técnica.

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