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Doação de sêmen: indicações

Doação de sêmen: indicações

A reprodução assistida possibilitou que casais inférteis pudessem ter filhos. Com o tempo, também foram sendo desenvolvidas técnicas complementares para melhorar as chances de sucesso de casos específicos, como a doação de sêmen, que permite que homens doem uma amostra seminal para outro casal.

A doação de sêmen é realizada no contexto da reprodução assistida. Por isso, neste artigo, vamos mostrar as suas principais indicações e como ela é realizada, desde a preparação do homem e coleta da amostra seminal até a utilização do material na reprodução assistida.

Boa leitura!

O que é doação de sêmen?

A doação de sêmen consiste em uma ação solidária em que um homem saudável doa o seu esperma para um casal que deseja engravidar. O doador é encontrado em bancos de sêmen nacionais e internacionais ou em clínicas de reprodução assistida.

O principal critério de escolha deve ser a semelhança das características fenotípicas (cor dos olhos e da pele, por exemplo) entre o doador e o casal receptor. Todo o processo é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que determina como principais regras (de acordo com a resolução 2168/2017):

Em quais casos ela é indicada?

A doação de sêmen é uma técnica cada vez mais utilizada no Brasil. A importação de sêmen, por exemplo, cresceu 97% entre 2016 e 2017 (um aumento de 436 para 860 amostras), de acordo com o 2º Relatório de dados de importação de células e tecidos germinativos para uso em reprodução humana assistida. Ela é recomendada em casos especiais, conforme vamos mostrar a seguir.

Casais com infertilidade causada por fatores masculinos

A infertilidade masculina está relacionada, principalmente, com a produção e a qualidade dos espermatozoides. As causas mais comuns são a azoospermia, doenças que atingem o sistema reprodutor masculino e as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

A doação de sêmen também é indicada para os casos em que a técnica de reprodução assistida não é bem-sucedida utilizando o espermatozoide do parceiro ou em situações onde há o risco de transmissão de doenças genéticas ou de infecções sexualmente transmissíveis pelo sêmen.

Casais homoafetivos femininos

Desde 2013, o CFM autoriza o uso de técnicas de reprodução assistida para casais homoafetivos e pessoas solteiras. O casal deve decidir quem doará os óvulos e quem irá gestar o bebê. No entanto, também é possível utilizar os óvulos de ambas. Essa escolha deve levar em consideração fatores como a idade, a saúde reprodutiva e a reserva ovariana da mulher.

Gravidez por produção independente

A produção independente feminina consiste na escolha da mulher em ter filhos sem a presença de um parceiro do sexo masculino. Ela é possível apenas por meio das técnicas de reprodução assistida.

Caso ela tenha algum problema de fertilidade, se for necessário, também é possível optar pela doação de óvulos para realizar a fecundação.

Como a doação de sêmen é realizada?

Antes da doação em si, o homem precisa fazer exames para confirmar o estado da sua saúde reprodutiva. Os principais testam a qualidade dos gametas masculinos (espermograma), a presença de doenças genéticas e a detecção de IST. Apenas homens saudáveis podem fazer a doação de sêmen, aumentando a segurança do procedimento.

Devido às regras do CFM, o sigilo entre o doador e o casal receptor é total. Por isso, toda a intermediação é realizada pela clínica de reprodução assistida. O sêmen doado pode ser utilizado em duas técnicas de reprodução assistida: a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). Elas possuem indicações diferentes e a escolha da técnica deve ser feita pelo médico, levando em consideração o perfil do casal.

Na inseminação artificial, o processo tem início com a estimulação ovariana da paciente. Os espermatozoides doados são inseridos na entrada do útero para que a fecundação ocorre naturalmente.

Com a FIV, o processo é mais complexo, pois ele acontece em um laboratório. A paciente também passa pela etapa de estimulação ovariana, porém, na FIV, ela tem o objetivo de desenvolver o maior número possível de folículos. Como a fecundação acontece fora do corpo da mulher, não há risco de uma gestação gemelar (gravidez de mais de um feto), como na IA.

Após o amadurecimento dos folículos, os óvulos são coletados e preparados para a fecundação. Os espermatozoides são inseridos um a um diretamente no interior dos óvulos, técnica conhecida como ICSI, para garantir uma maior chance de sucesso. O desenvolvimento dos embriões é acompanhado por alguns dias antes de serem transferidos para o útero da paciente.

Em ambas as técnicas, os espermatozoides passam por uma preparação seminal antes da fecundação. Desse modo, apenas os gametas de maior qualidade são utilizados.

Qual é a taxa de sucesso da técnica?

O sêmen doado é criopreservado por tempo indeterminado até a sua utilização. Ele permanece em um ambiente controlado em uma temperatura de -196 ºC para conservar a sua qualidade. A taxa de sucesso da inseminação artificial está entre 10% a 20% por ciclo, enquanto na FIV, ela é de 40%.

A doação de sêmen é uma técnica muito procurada para produção independente, por casais homoafetivos femininos e por casais inférteis. Ela pode ser utilizada com a IA ou a FIV. Para saber mais sobre esse tema, confira a página dedicado à doação de sêmen!

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