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Desenvolvimento embrionário: veja como ele acontece na gestação natural e na FIV

Desenvolvimento embrionário: veja como ele acontece na gestação natural e na FIV

A fecundação pode acontecer de forma espontânea, ou seja, por relação sexual, ou por técnicas de reprodução assistida, como é o caso fertilização in vitro, também conhecida como FIV.

Para que isso seja possível, é importante que ambos os progenitores estejam com boas condições de fertilidade, para que o óvulo e o espermatozoide estejam saudáveis para formar o embrião.

O óvulo, que é o gameta sexual feminino, é liberado para a fecundação pelos ovários em direção às tubas uterinas a cada ciclo menstrual, em um fenômeno conhecido como ovulação. Já os espermatozoides, que são os gametas sexuais masculinos, são produzidos nos testículos e são ejaculados com o sêmen.

Os espermatozoides são células que têm alta capacidade de se movimentar (motilidade). Uma vez no aparelho reprodutor da mulher, logo se dirigem ao encontro do óvulo para efetuar a fecundação.

Caso esse fenômeno seja bem-sucedido, um embrião começa a se desenvolver e a gravidez prospera. No entanto, o desequilíbrio hormonal e danos estruturais ou funcionais nos órgãos reprodutores podem resultar em dificuldades para engravidar. Por isso, é importante que o homem e a mulher estejam atentos a qualquer alteração, pois podem estar relacionadas a algum fator de infertilidade.

Neste artigo, abordamos como acontece o processo de desenvolvimento de um embrião, em uma gestação espontânea ou naquela conseguida pela reprodução assistida. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

O que é embrião?

As mulheres já nascem com uma reserva ovariana, ou seja, com uma quantidade determinada de folículos, que são como bolsas de líquido que guardam os óvulos e ficam armazenadas nos ovários. A cada ciclo menstrual, vários folículos crescem, um deles se desenvolve e amadurece, rompendo para a liberação do óvulo durante a ovulação.

Os homens, ao contrário, produzem espermatozoides durante toda a vida a partir da puberdade. Eles ficam abrigados no sêmen e, a cada ejaculação, milhares são liberados, embora apenas um alcance o óvulo para fecundá-lo.

Quando o espermatozoide consegue alcançar o óvulo e penetrar a zona pelúcida, camada que protege o gameta feminino, ocorre uma fusão que forma o zigoto. Essa estrutura primária, conhecida como zigoto, comporta os pronúcleos feminino e masculino, contendo o DNA de ambos os progenitores com 46 cromossomos, 23 de cada gameta.

Depois de algum tempo da fecundação, os pronúcleos se fundem para formar de fato o embrião, que então começa a se dividir, processo denominado clivagem. São as clivagens que vão possibilitar o crescimento do embrião.

Etapas do desenvolvimento embrionário

Para entender melhor como isso acontece, vamos explicar com mais detalhes as etapas da clivagem, que, como já dissemos, é o processo de divisão celular.

O zigoto recém-formado passará pela sua primeira divisão mitótica por volta de 30 horas após o momento da fecundação, dando origem a 2 blastômeros. Nesse estágio, o embrião ainda é cercado pela zona pelúcida do óvulo. Isso impede que o material que está se dividindo disperse.

As clivagens continuam e produzirão 4 blastômeros, que se dividirão em 8, 16 e assim por diante, até formar uma esfera de células chamada de mórula, com cerca de 30 células no 4º dia.

No estágio de mórula, que ocorre 4 dias após a fecundação, o embrião ainda está passando pela tuba uterina, mas já pode estar próximo do útero.

A partir do 5º dia, o embrião é chamado de blastocisto, quando já há a presença de uma estrutura dentro do embrião chamada blastocele. É nesse estágio de blastocisto que o embrião chega ao útero.

No útero, ele segue em direção à parede interna, chamada endométrio, na qual ele precisa se fixar para dar início à gravidez. É nesse momento que a zona pelúcida se rompe, já que o embrião precisa se fixar no endométrio.

Esse momento se chama nidação ou implantação embrionária e ocorre entre o 5º e 7º dias do desenvolvimento embrionário, fase denominada blastocisto, quando as células do embrião já estão formadas e divididas por função: formam o trofoblasto, o embrioblasto e a blastocele.

O embrioblasto é responsável pela formação do embrião, enquanto o trofoblasto contribui para a formação da placenta. Dessa forma, a implantação do embrião é de extrema importância para o sucesso da gestação, pois é no ambiente intrauterino que o embrião se nutrirá e se desenvolverá até o parto.

Desenvolvimento embrionário na FIV

O desenvolvimento do embrião acontece da mesma forma em uma gestação espontânea e em uma obtida por FIV. A diferença é que na fertilização in vitro a fecundação, assim como o desenvolvimento embrionário, acontece em laboratório, até o momento da transferência para o útero.

A FIV se inicia com a etapa de estimulação ovariana, procedimento que utiliza medicamentos hormonais para aumentar a quantidade de óvulos maduros e, por consequência, as chances de sucesso da fecundação.

Depois disso, em um procedimento chamado de aspiração folicular, os folículos maduros são aspirados, para que os óvulos sejam extraídos e selecionados. Ao mesmo tempo, os espermatozoides também são selecionados: amostras de sêmen obtidas por masturbação são submetidas ao preparo seminal, técnica que possibilita a capacitação e seleção dos mais saudáveis.

Os melhores gametas são, então, utilizados para a fecundação na FIV, que é realizada por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), em que cada um é injetado diretamente no óvulo.

Os embriões são posteriormente cultivados por até 6 dias em laboratório, mas podem ser transferidos ao útero em dois momentos do desenvolvimento embrionário: em D3, quando está entre o segundo e terceiro dia, ou em D5, em estágio de blastocisto.

Para saber mais detalhadamente o funcionamento da FIV, toque aqui.

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