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Criptorquidia: o que é?

Criptorquidia: o que é?

A fertilidade masculina é uma função diretamente ligada à saúde do aparelho reprodutivo – formado pelo pênis, bolsa escrotal, testículos e cordão espermático – e ao equilíbrio na dinâmica dos hormônios sexuais que coordenam a espermatogênese.

Embora a criptorquidia seja uma condição relativamente comum, principalmente em bebês prematuros, na maior parte das vezes a descida dos testículos para o interior da bolsa escrotal acontece naturalmente – mas quando isso não acontece é imprescindível realizar o tratamento cirúrgico.

A criptorquidia pode estar associada à infertilidade masculina em alguns casos. Quer entender melhor o que é a criptorquidia e como essa condição pode ser tratada? Então continue conosco e não perca a leitura do texto a seguir!

Os testículos fazem parte do aparelho reprodutivo masculino

Os testículos são as glândulas sexuais masculinas, localizadas bilateralmente no interior da bolsa escrotal e conectadas à uretra pelo cordão espermático – que inclui os epidídimos, ductos deferentes, vasos e nervos.

Por serem glândulas, os testículos se comunicam com a hipófise e o hipotálamo para a produção de hormônios, principalmente a testosterona, e dos espermatozoides na espermatogênese.

O desenvolvimento dos espermatozoides acontece nas paredes dos túbulos seminíferos, que formam a maior parte dos testículos. Com auxílio das células de Leydig e de Sertoli, os espermatozoides se desenvolvem e são lançados no lúmen dos túbulos até os epidídimos – onde desenvolvem a cauda e seguem para a formação do sêmen, nos ductos deferentes.

Os ductos deferentes estão conectados à uretra e a ejaculação expele o sêmen por essa estrutura.

O que é criptorquidia?

A formação dos testículos acontece ainda no período embrionário, por volta da 8ª semana de gestação. Nesse momento, as glândulas sexuais masculinas se formam na região abdominal e aí permanecem até o último trimestre da gravidez, quando normalmente descem e ficam alojadas na bolsa escrotal.

Na criptorquidia esse processo não acontece adequadamente e o bebê nasce com os testículos ainda alocados no abdômen, principalmente no trajeto do canal inguinal.

É comum também que ao longo do primeiro ano de vida do bebê com criptorquidia os testículos desçam e fiquem acomodados na bolsa escrotal, mas em algumas situações isso pode não acontecer – demandando atendimento médico e tratamento.

O que pode causar criptorquidia?

Os motivos pelos quais um bebê nasce com criptorquidia ainda não são bem conhecidos pela medicina.

Contudo, acredita-se que as origens da condição sejam uma combinação de fatores genéticos e ambientais, incluindo anomalias anatômicas, alterações hormonais e fatores associados à saúde da mãe.

O parto prematuro é um dos principais fatores de risco para criptorquidia, especialmente porque o bebê pode nascer antes do processo natural de descida dos testículos.

Quais as consequências da criptorquidia?

Como comentamos, é comum que a criptorquidia não cause qualquer consequência mais séria, quando o quadro se reverte naturalmente durante o primeiro ano de vida do bebê. No entanto, quando isso não acontece a criptorquidia pode favorecer outros problemas associados ao aparelho reprodutivo.

Condições como torção testicular, hérnia inguinal, compressão testicular e infertilidade masculina podem ser consequências de quadros de criptorquidia sem tratamento adequado. A criptorquidia também aumenta as chances de desenvolvimento do câncer de testículo.

Como a criptorquidia é identificada?

A ausência de um ou ambos os testículos na bolsa escrotal é identificada ainda na infância, por palpação. Na maior parte das vezes é possível localizar o testículo no canal inguinal também por palpação, fazendo do exame clínico a forma principal de diagnóstico da criptorquidia.

Normalmente a condição não provoca mais sintomas além da ausência do testículo.

É necessário tratar a criptorquidia?

É importantíssimo tratar a criptorquidia assim que o diagnóstico é realizado, com objetivo de evitar as complicações que o deslocamento do testículo pode trazer. O tratamento para criptorquidia é quase sempre cirúrgico, com a recolocação do testículo na bolsa escrotal por videolaparoscopia.

A cirurgia para criptorquidia é efetiva na maior parte dos casos e é raro que os homens desenvolvam quadros de infertilidade com frequência, na idade adulta – embora isso possa acontecer.

Criptorquidia, infertilidade e reprodução assistida

A infertilidade masculina pode ser uma das consequências da criptorquidia sem tratamento adequado, especialmente pelas condições que podem se desenvolver em função dessa anomalia.

A torção testicular é um evento extremamente doloroso, favorecido pela criptorquidia, que pode levar à constrição do suprimento de sangue para os testículos, prejudicando a espermatogênese e podendo causar perda de um ou ambos os testículos.

Além disso, a própria localização dos testículos fora da bolsa escrotal na criptorquidia faz com que essas glândulas permaneçam submetidas à temperatura média corporal, que é maior do que a temperatura adequada à espermatogênese, proporcionada pelo ambiente da bolsa escrotal.

A reprodução assistida pode ser indicada para casos de infertilidade masculina, especialmente a FIV (fertilização in vitro) e a IA (inseminação artificial). Essas técnicas permitem a fecundação com espermatozoides selecionados pelo preparo espermático, contornando alterações espermáticas eventualmente provocadas pela criptorquidia.

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