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Clivagem: o que é?

Clivagem: o que é?

A clivagem desempenha um papel crucial no desenvolvimento embrionário, por ser uma forma especial de divisão celular, que ocorre sucessivamente com o zigoto, logo após a fertilização. Esse processo resulta na formação de células idênticas, cada vez menores e mais numerosas, chamadas blastômeros.

Compreender como ocorre a clivagem é fundamental para entendermos a formação do embrião e seu desenvolvimento, tanto na gestação natural como na reprodução assistida.

Se você deseja descobrir mais sobre a clivagem e sua importância no desenvolvimento embrionário, continue a leitura para explorar mais detalhes sobre esse assunto fascinante.

Como ocorre a fecundação?

Para compreendermos a clivagem, é fundamental entendermos o processo de fecundação.

Durante o período fértil, um óvulo é liberado pelo ovário e é captado pela tuba uterina, onde aguarda a chegada de um espermatozoide para a fecundação. Nesse encontro, acontece a fusão dos materiais genéticos do óvulo e do espermatozoide, resultando na formação do zigoto.

O óvulo, por si só, já contém metade do material genético necessário para a formação do embrião, herdado da mulher, enquanto o espermatozoide traz a outra metade, herdada do homem.

É por meio da fusão desses materiais genéticos que o DNA completo do futuro bebê é formado, no interior do zigoto – como chamamos a primeira célula completa de um ser humano –, carregando todas as informações necessárias para o desenvolvimento do indivíduo, desde características físicas até predisposições médicas.

Nesse sentido, a clivagem, que se inicia logo após a fecundação, é o evento que permite ao zigoto se dividir em múltiplas células, geneticamente idênticas e totipotentes – ou seja, que podem se diferenciar em qualquer outro tipo celular, em um desenvolvimento coordenado.

A clivagem é um tipo de divisão celular

É interessante lembrar que a clivagem é um tipo de divisão celular especial que ocorre exclusivamente com o zigoto e não é observada em nenhuma outra célula do corpo.

Com a formação do zigoto, esta célula passa por sucessivas divisões mitóticas, nas quais ocorre a distribuição igualitária do material genético entre as células resultantes e que chamamos clivagens.

A mitose, um dos mecanismos envolvidos na clivagem, é um processo de divisão celular em que o material genético é replicado e distribuído igualmente entre as células-filhas, garantindo que cada uma delas tenha uma cópia idêntica do DNA do zigoto.

Nas células somáticas (do corpo), a mitose é essencial para o crescimento, reparo e renovação de tecidos do organismo, mas na clivagem, as divisões mitóticas ocorrem de forma especialmente acelerada e contínua, resultando na formação de múltiplas células menores.

À medida que a clivagem progride, o embrião torna-se uma massa de células cada vez menor e mais compacta, culminando na formação da mórula – etapa seguinte do desenvolvimento embrionário.

Entenda melhor o desenvolvimento embrionário

Como comentamos, à medida que as células se dividem na clivagem, o embrião adquire um aspecto maciço e arredondado e por isso é chamado de mórula.

A mórula, por sua vez, passa por uma série de transformações até se tornar um estágio mais avançado, chamado de blastocisto – uma estrutura complexa, composta por duas partes principais: o trofoblasto (fundamental na implantação do embrião no útero e a formação da placenta) e o embrioblasto (responsável pela formação dos tecidos e órgãos do futuro bebê).

As células do trofoblasto e do embrioblasto se organizam em camadas distintas e, após uma nidação bem-sucedida, inicia-se a gastrulação – um processo em que ocorrem movimentos e rearranjos celulares que resultam na formação dos três tecidos germinativos.

À medida que o desenvolvimento do embrião prossegue, essas células continuam a se diferenciar e se especializar em diferentes tipos celulares, num processo conhecido como organogênese – quando os órgãos e sistemas do embrião são formados. Ao final da organogênese o embrião passa a ser chamado feto até o parto.

Como a clivagem acontece na reprodução assistida?

Na reprodução assistida, a clivagem ocorre de forma idêntica à gestação natural, mas em diferentes etapas e locais, dependendo da técnica utilizada.

Na IA (inseminação artificial) e na RSP (relação sexual programada), ambas técnicas de baixa complexidade, a clivagem acontece nas tubas uterinas, enquanto na FIV (fertilização in vitro), o processo ocorre durante o cultivo embrionário, logo após a fertilização em laboratório.

Para a IA, os espermatozoides são introduzidos diretamente no trato reprodutor feminino, para a fecundação. Após a fecundação, o zigoto inicia a clivagem enquanto se move pelas tubas uterinas em direção ao útero.

Já na FIV, a clivagem ocorre em laboratório, fora do corpo da mulher. Após a coleta dos óvulos e a fertilização in vitro, os embriões são mantidos em condições controladas de cultivo, enquanto passam pelas fases de clivagem até a formação do blastocisto.

A análise da clivagem é uma etapa fundamental na FIV, na qual é possível avaliar a qualidade do processo e melhorar a seleção dos embriões mais viáveis para a transferência embrionária, uma vez que embriões de melhor qualidade têm maior probabilidade de implantação e desenvolvimento saudável no útero.

Entenda melhor este e outros processos da FIV tocando neste link.

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