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Zigoto e embrião: diferenças

Zigoto e embrião: diferenças

O processo de reprodução humana pode ser complexo para a compreensão geral das pessoas, especialmente porque alguns termos são pouco utilizados no cotidiano e podem por isso tornar o processo ao menos aparentemente mais complicado.

O termo zigoto é um bom exemplo: embora seja uma estrutura simples, pouco se fala no zigoto e o termo permanece mais obscuro para a maior parte das pessoas.

Além disso, é comum encontrar certa confusão entre os termos zigoto e embrião, talvez por serem etapas que acontecem de maneira temporalmente próximas.

Neste texto vamos mostrar com mais profundidade as diferenças entre o zigoto e o embrião para melhorar a compreensão sobre os processos reprodutivos como um todo.

Boa leitura!

Como a fecundação acontece?

Para entender melhor o que diferencia o zigoto do embrião, vamos observar o contexto em que essas diferentes etapas do desenvolvimento embrionário acontecem, dentro do processo geral da reprodução humana.

Para que a fecundação aconteça, é necessário que os aparelhos reprodutores masculino e feminino produzam gametas (ou células reprodutivas) íntegros: espermatozoides, no caso dos homens, e os óvulos das mulheres.

Enquanto os espermatozoides são produzidos de forma contínua pelos testículos – glândulas sexuais masculinas –, todos os óvulos são formados antes do nascimento da mulher, armazenados nos ovários – glândulas sexuais femininas – e estas células somente ficam disponíveis para fecundação de forma cíclica, em alguns momentos do ano.

Assim, nas gestações espontâneas a fecundação normalmente acontece quando o casal mantém relações sexuais desprotegidas durante o período fértil da mulher – ou seja, próximo à ovulação, quando a célula reprodutiva feminina fica temporariamente disponível para fecundação.

O encontro entre os espermatozoides e o óvulo acontece nas tubas uterinas e os gametas masculinos que sobrevivem ao trajeto até o óvulo ainda disputam a entrada no interior desta célula.

O espermatozoide que consegue romper a zona pelúcida, entra no óvulo e permite a fusão dos pronúcleos dessas células, que contêm metade do DNA do pai e da mãe. A união do material genético dessas células forma um DNA completo, que será o código genético do futuro bebê.

Todo esse processo acontece no interior das tubas uterinas e a formação do zigoto e do embrião são os passos seguintes da trajetória da reprodução humana.

O que é zigoto?

O zigoto é a primeira célula completa do que será o embrião, formada com a entrada do espermatozoide no meio intracelular do óvulo e finalizada pelo pareamento do DNA dos pais, formando o material genético do futuro bebê.

A principal característica do zigoto é ser uma estrutura unicelular primordial, envolta ainda pela zona pelúcida – uma camada situada sobre a membrana plasmática do óvulo, que permanece durante alguns dias envolvendo ainda o zigoto e o embrião –, e da qual se originam todas as células do bebê.

Pouco tempo após a formação do zigoto, esta célula primordial dá início a uma sequência de processos de divisão celular conservativa, chamados clivagens, que mantêm a mesma quantidade de material genético nas células resultantes e, assim, provocam sua multiplicação em células geneticamente idênticas.

Esses eventos acontecem normalmente nas primeiras horas após a formação do zigoto, ainda no interior das tubas uterinas, nos casos em que a fecundação é espontânea ou em tratamentos com técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade.

O que é embrião?

As primeiras clivagens do zigoto, responsáveis pela formação das primeiras células geneticamente idênticas à célula primordial, abordada anteriormente, são o primeiro passo na formação do embrião.

Embora não seja menos importante por isso, o estágio de zigoto é bastante transitório e consiste nos momentos entre a entrada o pareamento do DNA dos gametas e a conclusão da primeira clivagem, com a formação de novas células – quando o concepto passa a ser chamado de embrião.

Assim, o estágio de embrião é a primeira etapa mais consistente e longa do desenvolvimento humano, com duração de aproximadamente 12 semanas – e dividida em algumas etapas, gradualmente mais complexas:

Enquanto a mórula é uma etapa que acontece inteiramente no interior das tubas, a blástula prevê que a formação do blastocisto tenha início nas tubas, mas seja finalizada já no útero, com a nidação ou implantação embrionária – que inicia a gravidez propriamente dita.

Nessas etapas, o embrião se desenvolve ainda envolto pela zona pelúcida herdada do óvulo, que mantém as células unidas. A nidação, no entanto, só acontece quando o embrião se infiltra diretamente nas células do endométrio, o que só é possível com o rompimento da zona pelúcida.

A gastrulação, em que acontecem as primeiras diferenciações celulares no embrião, com a especialização de três tecidos primordiais – endoderme, mesoderme e ectoderme –, e a formação do tubo gástrico, ainda um contínuo entre a boca e o ânus neste momento.

As estruturas primordiais para a formação dos órgãos e sistemas do corpo humano somente tem início ao final da gastrulação e é chamada organogênese. O estágio de embrião é considerado entre a fase de mórula e a organogênese, quando o concepto passa a ser chamado feto, até o momento do parto.

Formação do zigoto e do embrião na reprodução assistida

Embora as técnicas de reprodução assistida tenham diferentes capacidades para interferir em alguns dos processos reprodutivos iniciais, o objetivo de todos os procedimentos é facilitar e potencializar eventos e condições biológicas que já acontecem naturalmente.

Isso quer dizer que a formação do zigoto e do embrião acontecem na reprodução assistida de forma semelhante à reprodução espontânea – o que é realmente diferente inclui a determinação mais precisa do período fértil, os locais em que a fecundação pode acontecer e as formas pelas quais o embrião chega ao útero.

Nas técnicas de baixa complexidade, como a RSP (relação sexual programada) e a IA (inseminação artificial), conta-se com a fecundação no interior das tubas uterinas.

Nas duas técnicas é realizada a determinação mais precisa do período fértil com a estimulação ovariana e seu monitoramento, que determina a manutenção de relações sexuais nesse momento (RSP) ou a inseminação de amostras de sêmen diretamente na cavidade uterina (IA).

Na FIV (fertilização in vitro) a maior parte dos eventos é reproduzida de forma controlada, em laboratório ou com medicação hormonal. A estimulação ovariana e seu monitoramento ultrassonográfico também são parte da FIV, determinando, neste caso, o melhor momento para a coleta de óvulos, que precede a fecundação em laboratório.

Na FIV a formação do zigoto pode ser observada pela equipe médica, bem como as primeiras etapas da formação do embrião, já que o cultivo embrionário é realizado desde a fecundação até o estágio de blástula – quando acontece a transferência do blastocisto.

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