As técnicas de reprodução assistida, em especial a FIV (fertilização in vitro), têm desempenhado um papel fundamental no auxílio aos casais que enfrentam dificuldades para conceber um filho de forma natural – especialmente quando os obstáculos estão associados à infertilidade masculina.
Com avanços científicos e tecnológicos, no entanto, a reprodução assistida tem oferecido esperança e possibilidades antes inimagináveis, mesmo para as dificuldades reprodutivas mais severas.
Neste contexto, é importante abordar a azoospermia obstrutiva – uma das causas mais comuns de infertilidade masculina –, suas causas, consequências e especialmente como a condição pode ser tratada com a ajuda da reprodução assistida.
Neste artigo, vamos explorar com profundidade a relação entre a azoospermia obstrutiva, infertilidade masculina e reprodução assistida – continue conosco na leitura e entenda como o apoio médico especializado e os recursos da ciência podem ser um caminho promissor para superar desafios e construir uma família feliz e completa.
A infertilidade conjugal é definida quando um casal é incapaz de conceber uma gravidez após um ano de relações sexuais regulares sem o uso de métodos contraceptivos. Nesse sentido, a infertilidade masculina é uma das causas possíveis dessa dificuldade.
Existem diversas causas para infertilidade masculina, que podem ser de origem genética, adquirida ou até mesmo idiopática, ou seja, de causa desconhecida.
Alterações hormonais, disfunção testicular, obstrução dos ductos ejaculatórios, varicocele (dilatação das veias nos testículos) e infecções – especialmente ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) – podem estar incluídas entre as possíveis causas de infertilidade masculina.
Isso acontece porque esses fatores podem afetar a produção do sêmen, incluindo a qualidade e a capacidade de movimentação dos espermatozoides, prejudicando as chances de fertilização do óvulo.
É importante ressaltar que a infertilidade conjugal é uma condição que pode envolver tanto o homem quanto a mulher, e até mesmo ambos simultaneamente. Portanto, é essencial que ambos os parceiros passem por uma avaliação médica completa para identificar as possíveis causas da infertilidade, quando o casal encontra dificuldades para conceber.
A azoospermia obstrutiva é uma forma de infertilidade masculina, em que ocorre uma obstrução nos ductos através dos quais os espermatozoides são transportados para compor o sêmen – ou seja, essa obstrução impede que os espermatozoides sejam liberados no sêmen, no momento da ejaculação.
Existem várias causas possíveis para a azoospermia obstrutiva, incluindo varicocele, cirurgias prévias (como a vasectomia), anomalias congênitas, malformações que afetam os ductos deferentes e especialmente ISTs.
Por isso, os sintomas associados à azoospermia obstrutiva podem variar, embora em todos os casos seja comum a ausência de espermatozoides no sêmen – o que só pode ser detectado pelo espermograma.
Isso significa que homens com azoospermia obstrutiva podem ejacular normalmente, porém o líquido ejaculado não contém espermatozoides e essa ausência não é visível a olho nu.
O diagnóstico das causas da azoospermia obstrutiva pode ser complementado por exames de sangue, para avaliar os níveis hormonais, e exames de imagem, como ultrassonografia testicular, que ajudam a identificar a presença de obstrução nos ductos deferentes ou outras estruturas relacionadas.
É importante que homens que apresentem dificuldades em conceber um filho procurem atendimento médico especializado em infertilidade. O diagnóstico correto da azoospermia obstrutiva e a identificação da sua causa são essenciais para determinar o melhor curso de tratamento.
Nesse sentido, a reprodução assistida oferece esperança e possibilidades para casais em que o homem é diagnosticado com azoospermia obstrutiva, principalmente pelo desenvolvimento de técnicas de recuperação espermática e do aprimoramento do processo de fecundação da FIV, realizada por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide).
A ICSI é uma técnica da FIV em que um único espermatozoide é selecionado e introduzido diretamente no meio intracelular do óvulo, o que aumenta consideravelmente as chances de sucesso da fertilização. A ICSI é indicada quando há baixa disponibilidade de espermatozoides.
Nos casos de azoospermia obstrutiva, a obtenção de espermatozoides pode ser feita por recuperação espermática: MESA (Microsurgical Epididymal Sperm Aspiration) e TESE (Testicular Sperm Extraction), antes da fecundação.
A aspiração de espermatozoides do epidídimo, também conhecida como MESA, é realizada com a coleta direta de espermatozoides do epidídimo, uma estrutura localizada na parte posterior dos testículos, por uma técnica cirúrgica delicada.
Já na biópsia testicular, conhecida como TESE, uma pequena amostra de tecido testicular é retirada por meio de uma intervenção cirúrgica. Em seguida, os espermatozoides presentes nessa amostra são cultivados, identificados e selecionados para serem utilizados na fecundação dos óvulos por FIV.
A fertilização ocorre em condições controladas, e os embriões resultantes são cultivados por alguns dias. Posteriormente, um ou mais embriões são transferidos para o útero da mulher, com o objetivo de estabelecer uma gestação bem-sucedida.
A FIV oferece uma chance real de alcançar a gravidez mesmo para casais com infertilidade por azoospermia obstrutiva – por isso é importante destacar que cada caso é único, e o tratamento mais adequado será determinado após uma avaliação médica individualizada.
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