Uretrite é o nome do quadro que define a inflamação da uretra, que pode gerar diversas repercussões clínicas. Porém, a uretra possui funções diferentes nos sexos masculino e feminino.
Sua função básica, tanto para o homem, quanto para mulher, é canalizar a urina produzida pelos rins e armazenada pela bexiga, para que seja excretada.
Na mulher, a uretra possui cerca de 4 centímetros de comprimento, junto a bexiga, rins, e ureteres faz parte do sistema urinário. Serve como canal que transporta a urina a partir da comunicação entre bexiga e ambiente externo.
Já no homem, a uretra mede cerca de 20 centímetros e interliga a bexiga com o ambiente externo terminando na extremidade do pênis. Além de fazer parte do sistema urinário, como na mulher, a uretra masculina faz parte também do sistema reprodutor.
Anatomicamente a uretra masculina passa no interior da próstata, quando se une ao ducto ejaculatório, responsável por viabilizar a entrada do sêmen no canal uretral. Devido a sua grande extensão ela pode ser dividida em três porções:
O líquido ejaculatório (sêmen), composto de espermatozoides (gametas masculinos), líquido seminal e prostático, também é conduzido para o ambiente exterior do corpo por meio da uretra.
Portanto, para o homem, a uretrite possui repercussões mais preocupantes quando comparada aos quadros em mulheres. Dentre os riscos de maior preocupação está a infertilidade masculina secundária à uretrite.
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A uretrite, então, consiste na inflamação do canal uretral que pode ser causado por diversos fatores. Dentre os mais estudados estão:
Todos esses fatores possuem o potencial de desencadear a inflamação da uretra, incluindo patógenos responsáveis por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em relação às ISTs a uretrite pode ser classificada em dois grupos, a gonocócica e não gonocócica.
É a uretrite causada pela Neisseria gonorrhoeae, patógeno da gonorreia, uma IST mais prevalente em homens.
É causada por um grupo mais variado de patógenos, como as bactérias Chlamydia trachomatis, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, Staphylococcus sp, protozoários, como Trichomonas vaginalis, e até mesmo fungos, como Candida albicans.
Os primeiros sintomas surgem após cerca de 15 dias, o que facilita a transmissão sem que o paciente saiba que possui.
Os sintomas mais comuns que podem surgir na uretrite, para ambos os sexos, são:
Outros sintomas menos frequentes, mas que podem surgir, são dor e inchaço testicular (no homem), estreitamento da uretra, febre, mal-estar, fadiga.
Além disso, em mulheres a infecção pode evoluir e atingir o útero, tubas uterinas e ovários no quadro denominado doença inflamatória pélvica (DIP). Já nos homens pode acometer testículos (orquite), epidídimos (epididimite) e próstata (prostatite).
Outra preocupação importante que pode acontecer, principalmente nos homens, é a infertilidade. A partir da invasão dos órgãos citados, como testículos, epidídimo, que estão diretamente ligados à reprodução, a fertilidade masculina pode ser afetada.
Isso porque, a infecção nesses locais pode provocar a destruição das células responsáveis pela produção e maturação dos gametas e comprometer o funcionamento do sistema reprodutor masculino.
Apesar disso, existem métodos diagnósticos e opções de tratamento que permitem a cura da uretrite. Vale ressaltar que a descoberta da uretrite em seu estágio inicial permite um melhor prognóstico, recuperação para o paciente e previne complicações.
O diagnóstico da uretrite se baseia na análise da histórica clínica, como fatores de risco para ISTs, queixas clínicas do paciente, realização do exame físico a fim de verificar a presença de corrimento, eritema (sinal de inflamação) e outros sintomas.
A partir da suspeita clínica levantada pelo médico, podem ser solicitados alguns exames, como urina de rotina, urocultura, hemograma, dosagem de alguns marcadores inflamatórios.
Além disso, a secreção pode ser colhida para análise microscópica e identificação do patógeno.
Após a identificação do agente causador a terapêutica é iniciada. Nas ISTs é importante também tratar os parceiros sexuais.
Em casos de agentes bacterianos, são utilizados antibióticos. Para fungos, os antifúngicos podem ser indicados. Quando se trata de causa viral, existem alguns antivirais disponíveis, porém pode ser recomendado o tratamento de suporte.
Outras medicações como anti-inflamatórios e analgésicos podem ser utilizadas para tratar dor e desconforto, além de antitérmicos em casos de febre.
Em relação a infertilidade causada por uretrite, em caso de desejo gestacional , são investigadas possíveis complicações e sequelas do quadro.
Existem opções de tratamento por meio da reprodução assistida e suas técnica, como relação sexual programada, inseminação artificial e fertilização in vitro.
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