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Sintomas de trombofilia: veja se a doença pode afetar a sua fertilidade

Sintomas de trombofilia: veja se a doença pode afetar a sua fertilidade

Os trombos são coágulos sanguíneos que causam a obstrução de veias e artérias, impedindo o fluxo normal de sangue. A formação ou desenvolvimento desses coágulos é conhecida como trombose, e pode ocorrer em diferentes áreas do corpo.

Algumas condições podem ser determinantes para o desencadeamento do problema, como longas internações hospitalares com períodos de imobilidade, viagens longas em aviões e ônibus, uso contínuo de anticoncepcional, tabagismo, obesidade e varizes nas pernas.

Existem pessoas com uma tendência maior ao desenvolvimento de trombose, condição denominada trombofilia. Isso ocorre devido a uma deficiência não ação enzimática da coagulação sanguínea.

A trombofilia pode ser hereditária ou adquirida, sendo os riscos maiores quando a genética é associada a fatores como a gestação, idade mais avançada, entre outros. Em alguns casos pode interferir na fertilidade, causando abortos de repetição e falhas na implantação embrionária.

A seguir, conheça os sintomas da trombofilia e saiba como ela pode afetar a fertilidade da mulher.

O que é trombofilia?

A trombofilia representa a tendência ao desenvolvimento da trombose, quando coágulos sanguíneos são formados e interrompem o livre fluxo de sangue em alguma parte do corpo.

Normalmente o organismo estimula a formação de coágulos para evitar a perda de sangue em excesso após alguma lesão sofrida. Em alguns casos, isso pode ocorrer no interior dos vasos ou artérias e obstruir a passagem normal do sangue.

Algumas pessoas já nascem com predisposição ao surgimento de trombos, condição denominada trombofilia genética. O risco da trombose aumenta em casos de mulheres grávidas ou com idade mais avançada.

Outra classificação encontrada é a trombofilia adquirida, em que a produção de anticorpos acontece contra o próprio organismo. Entre os fatores desencadeantes, estão:

Ainda que não ocorra a trombose, pessoas com trombofilia deve manter um acompanhamento médico, principalmente mulheres grávidas. A doença é relacionada a algumas complicações obstétricas, abortos recorrentes, danos fetais, pré-eclâmpsia e partos prematuros.

Quais os sintomas da trombofilia?

Normalmente a trombofilia é assintomática, sendo os sintomas manifestados apenas quando os coágulos acontecem no interior das veias e artérias, aumentando os riscos da trombose venosa profunda (TVP) e da embolia pulmonar (EP). Nessas condições, os principais sintomas da TVP são:

Quando a embolia pulmonar se manifesta, pode causar dor no peito ou nas costas, falta de ar, sensação de tontura ou de desmaio e tosse seca com presença de muco ou sangue.

Além de dificuldades para mulheres gestantes, a trombofilia pode também causar a infertilidade feminina, dificultando o alcance da gravidez tanto em processos naturais quanto em reprodução assistida.

Qual a relação da trombofilia com a infertilidade?

Mulheres com trombofilia encontram dificuldades tanto para engravidar quanto durante a gestação.

Para as que desejam engravidar, existem riscos de os vasos do endométrio serem obstruídos, dessa forma, as chances de implantação embrionária são reduzidas, causando abortamentos.

Quando ocorre a obstrução das veias mesmo após o óvulo fecundado e a circulação é comprometida, o sangue pode não chegar até a placenta e causar complicações para o feto.

O desenvolvimento do embrião pode ser dificultado tanto em gestações naturais quanto na reprodução assistida.

Durante o parto, a ação dos fatores de coagulação intensifica a fim de evitar hemorragias. Quando a paciente tem trombofilia, as características pró-coagulantes da gravidez e da doença aumentam os riscos de complicações vasculares.

Se não for acompanhada com a devida atenção a trombofilia pode causar outras complicações para a saúde. Além da trombose venosa e embolia pulmonar, essa condição pode levar também a ocorrência de um acidente vascular cerebral (AVC).

Como é feito o diagnóstico e qual o tratamento mais indicado?

Existem dois testes utilizados na investigação da trombofilia: o de DNA e a análise das vias anticoagulantes plasmáticas. O DNA auxilia na identificação do fator genético que provoca a doença e a análise das vias anticoagulantes plasmáticas encontra as deficiências da antitrombina, proteínas e anticorpos.

Pessoas com histórico de trombose venosa ou com casos na família, devem passar pelo processo de investigação para diagnosticar a doença. A partir do diagnóstico é possível definir o melhor tratamento para a condição.

Pode ser indicado o uso de aspirina em baixas doses, principalmente para mulheres gestantes. Quando há um risco maior do desenvolvimento de trombos em determinadas situações, como viagens mais longas, gravidez ou após cirurgias que demandam imobilidade, podem ser prescritos anticoagulantes.

Em casos de trombofilia hereditária, a mulher grávida deve fazer o uso do medicamento até após o puerpério. Pequenas atitudes também podem auxiliar neste processo, como evitar ficar muito tempo sentado, fazer pequenas caminhadas, se alongar e se movimentar sempre que possível. É importante parar de fumar, além de beber bastante água a fim de evitar a formação de coágulos.

Trombofilia e reprodução assistida

Pessoas com trombofilia e com o desejo de engravidar também devem ficar atentas quando optam pela reprodução assistida. A doença pode causar complicações no processo, dificultando a implantação do embrião no endométrio.

A fertilização in vitro (FIV), técnica mais avançada da medicina reprodutiva, é realizada em etapas: estimulação ovariana, punção folicular e preparo seminal, fecundação, cultivo dos embriões e transferência embrionária.

Durante o tratamento a mulher deve ser medicada para controlar a coagulação. Dois dias antes da transferência dos embriões, os anticoagulantes são aplicados a fim de aumentar as chances de sucesso na implantação.

Depois do nascimento do bebê, a mulher volta a utilizar os anticoagulantes para diminuir o risco de trombose durante o puerpério.

Se esse post foi útil para você, não deixe de ler também sobre as principais causas da trombofilia e as formas de diagnosticá-la.

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