A vasectomia é um método contraceptivo definitivo masculino utilizado para o planejamento familiar. Para fazê-lo, o homem precisa ter mais de 25 anos ou, pelo menos, dois filhos vivos (de acordo com a lei nº 9263/1996). No entanto, muitos homens fazem a vasectomia cedo demais e desejam ter filhos após o procedimento, optando pela reversão de vasectomia.
Em geral, esse desejo ocorre devido ao início de um novo relacionamento, pela idade da companheira ou pela morte de um filho. Como consequência da vasectomia, o homem fica infértil e, para recuperar a sua fertilidade, precisa recorrer à reversão da vasectomia e à fertilização in vitro (FIV).
Há casos em que a reversão não é indicada, assim como, existem situações em que o casal consegue engravidar naturalmente após ter feito apenas a reversão.
A resposta do que pode ser feito depende de cada caso e vamos mostrar as opções disponíveis para o homem vasectomizado ter filhos, neste artigo. Confira!
Antes de falarmos a possibilidade de reversão, precisamos entender o que é vasectomia. Conhecido por ser o contraceptivo definitivo masculino, a vasectomia impede o homem de ter filhos devido à interrupção do canal que transporta os espermatozoides.
Ela é feita por uma cirurgia simples e segura. O homem recebe uma anestesia local e o procedimento demora, em média, 20 minutos. A vasectomia consiste na retira de um fragmento dos dutos deferentes do paciente. Por estarem seccionados, o fluxo dos espermatozoides que passava pelos dutos deferentes é interrompido e o sêmen é liberado durante a ejaculação sem a presença dos gametas masculinos.
É importante ressaltar que a vasectomia não interrompe a produção dos espermatozoides. Eles continuam sendo produzidos nos testículos e armazenados nos epidídimos. Por isso, é possível que o homem tenha filhos por meio da reversão de vasectomia ou pela reprodução assistida.
Para restaurar a fertilidade masculina, é necessário reconectar os dutos deferentes. A cirurgia de reversão de vasectomia é mais complexa e mais arriscada e demora, em média, duas horas para ser realizada. A cirurgia é microscópica e as técnicas mais utilizadas são a vasovasostomia e a vasoepididimostomia.
Cerca de 45 dias após a reversão, a presença de espermatozoides no sêmen é confirmada pelo espermograma. Entre os seus principais parâmetros de avaliação estão a quantidade, a motilidade e a morfologia dos espermatozoides.
De acordo com o resultado do exame, podemos confirmar o sucesso da cirurgia. Em geral, a presença de espermatozoides no sêmen acontece aos poucos, sendo normalizado em 4 a 12 meses. Após esse período de recuperação, o casal pode tentar engravidar naturalmente. No entanto, em alguns casos, mesmo após a reversão, a gravidez não acontece.
A reversão de vasectomia não é indicada para todos os casos. Quanto maior o tempo decorrido da cirurgia, menor será a sua taxa de sucesso. Outro fator de decisão importante é a saúde reprodutiva da parceira. Caso ela tenha mais do que 35 anos ou algum problema de infertilidade, a alternativa mais indicada é que o casal opte pela FIV.
Além disso, existem casos em que, mesmo após a reversão de vasectomia, o casal não consegue engravidar e deve optar pela FIV. A fecundação na FIV é feita em laboratório, por isso, o casal deve coletar os seus gametas. A mulher passa por uma estimulação ovariana, que utiliza medicamentos hormonais para desenvolver o maior número de óvulos possível.
A coleta dos espermatozoides do homem vasectomizado é feita diretamente dos epidídimos (com as técnicas PESA e MESA) ou dos testículos (com as técnicas TESE e Micro-TESE).
Após passar por uma análise seminal, a fecundação ocorre pela técnica ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides). Ela possibilita a inserção do espermatozoide diretamente dentro do óvulo, aumentando as chances de sucesso. Os embriões ficam em observação e, após 3 a 6 dias, são transferidos para o útero materno.
Uma das principais características da FIV é a sua alta taxa de sucesso, em comparação com as demais técnicas de reprodução assistida (relação sexual programada e inseminação artificial). Ela possui 40% de sucesso por ciclo. Entre os fatores que mais influenciam esta porcentagem está a idade da paciente. A partir dos 35 anos, a fertilidade feminina começa a entrar em declínio, afetando o resultado da técnica.
A reversão de vasectomia é um procedimento muito procurado por homens vasectomizados que desejam ter filhos. Porém, em alguns casos, ela não é recomendada. A decisão deve ser baseada após uma avaliação do casal.
Caso o paciente tenha feito a vasectomia há muitos anos ou a sua parceira tenha mais do que 35 anos ou algum problema de infertilidade, a melhor alternativa é optar diretamente pela FIV.
Para saber mais detalhes sobre as técnicas utilizadas durante a cirurgia de reversão de vasectomia, confira a nossa página exclusiva sobre o tema!
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