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Reserva ovariana: veja como é feita a avaliação

Reserva ovariana: veja como é feita a avaliação

Diversas condições podem afetar a fertilidade feminina, causando o funcionamento anormal dos órgãos reprodutores, resultando em dificuldades para engravidar ou mesmo impossibilitando a gravidez.

Entre as mais conhecidas ou registradas com maior frequência estão a síndrome dos ovários policísticos (SOP), considerada a causa mais comum de infertilidade por anovulação, a endometriose, os miomas uterinos, os pólipos endometriais e inflamações que afetam ovários, útero e tubas uterinas.

Além disso, a reserva ovariana naturalmente diminui com a idade. Ou seja, com o envelhecimento a capacidade reprodutiva gradativamente se torna menor, até que a mulher não seja mais capaz de engravidar.

Continue a leitura para entender o que é reserva ovariana, como ela se relaciona com a fertilidade feminina e como pode ser avaliada.

O que pode causar baixa reserva ovariana?

Para que a gravidez seja bem-sucedida o sistema reprodutor feminino deve funcionar corretamente. Os ovários, por exemplo, são as glândulas sexuais. Eles têm como função o armazenamento das bolsas que contém os óvulos, chamadas folículos, e a secreção dos principais hormônios femininos, estrogênio e progesterona.

Ambos, assim como outros hormônios, são fundamentais para o processo reprodutivo: todos os meses, estimulados pela ação hormonal diversos folículos crescem, entretanto, apenas um se torna dominante, desenvolve, amadurece e rompe liberando o óvulo (ovulação).

É a partir da liberação do óvulo, que ocorre o encontro com o espermatozoide e a fecundação, quando tem início a formação do embrião, etapas iniciais do desenvolvimento humano.

Os folículos estão presentes nos ovários desde o nascimento. A mulher nasce com uma reserva ovariana com aproximadamente 2 milhões, quantidade que reduz na puberdade e, depois da menarca (primeira menstruação), a cada ciclo menstrual.

Pode-se dizer, portanto, que a reserva ovariana funciona como um marcador da fertilidade feminina, com níveis que diminuem até que não existam mais folículos e os ovários, então, entrem em falência, o que ocorre a partir da menopausa, evento caracterizado pela última menstruação.

No entanto, mulheres mais jovens também podem ter a reserva ovariana comprometida. A condição é conhecida como falência ovariana prematura (FOP). Distúrbios genéticos, tratamentos para o câncer e lesões nos ovários são as principais causas de FOP.

Entre as doenças genéticas, as que causam alterações no cromossomo X são as mais comuns. A FOP é, por exemplo, uma das consequências da síndrome do cromossomo X frágil, um distúrbio intelectual que afeta principalmente meninos resultando em problemas de desenvolvimento, incluindo neuropsicomotores e cognitivos.

Nas mulheres, embora raramente os sintomas manifestem, a FOP é uma condição geralmente observada.

Os tratamentos para o câncer, por outro lado, tendem a inibir o amadurecimento do folículo e comprometer a qualidade do óvulo, assim como lesões provocadas por cirurgias ou por inflamações.

Até mesmo o estilo de vida e a prática de hábitos como o tabagismo, podem contribuir para que ocorra um desequilíbrio nos níveis, ao mesmo tempo que muitas vezes as causas são desconhecidas.

Saiba como a reserva ovariana é avaliada

A avaliação da reserva ovariana possibilita determinar a quantidade e qualidade dos folículos presentes nos ovários no momento da realização do exame, incluindo os que possuem capacidade para ovular.

Por isso, quando há dificuldades em engravidar, é o primeiro exame solicitado para avaliar a fertilidade feminina. Também é fundamental quando há a intenção de preservar a fertilidade, procedimento realizado em antecipação ao declínio natural provocado pelo envelhecimento, que prevê o congelamento de óvulos.

A ultrassonografia transvaginal é o principal teste realizado com esse objetivo. Hoje, as imagens em alta resolução possibilitam desde a indicação de folículos menores aos folículos antrais (com capacidade para ovular) presentes nos dois ovários.

Em alguns casos, entretanto, outros exames também podem ser realizados como alternativa ou de forma complementar.

Entre eles está a medida do hormônio antimülleriano, produzido pelas células da granulosa dos folículos pré-antrais e antrais, ou seja, presente em todas as fases do desenvolvimento folicular.

Os níveis de FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que atuam no desenvolvimento e amadurecimento dos folículos ovarianos, por exemplo, também podem ser medidos. Eles indicam a resposta ovariana no ciclo em que o teste é realizado.

Esses hormônios são regulados pela inibina-B, proteína produzida pelas células dos folículos em crescimento e, pelo estrogênio. Assim, a avaliação dos níveis de ambos também pode indicar a resposta ovariana naquele ciclo.

Um exame mais invasivo, a biópsia ovariana e ainda alternativa em alguns casos: a reserva ovariana é definida a partir da densidade folicular (quantidade por unidade de tecido avaliado).

Resultados alterados podem ser um sinal de infertilidade causada por distúrbios de ovulação ou por doenças que afetam o funcionamento normal dos ovários. As técnicas de reprodução assistida são o principal tratamento se os níveis estivem alterados, resultando em infertilidade.

Reserva ovariana, infertilidade e reprodução assistida

Os resultados apontados pela avaliação da reserva ovariana são, ao mesmo tempo, importantes para a indicação da técnica de reprodução assistida mais adequada para cada paciente.

As três principais são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA), de baixa complexidade e, a fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade. Em todas é realizada a estimulação ovariana, procedimento que utiliza medicamentos hormonais com o propósito de estimular o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos, aumentando, assim, a possibilidade de obter mais óvulos.

Nos tratamentos de reprodução assistida, por outro lado, a avaliação da reserva ovariana é importante para determinar a resposta à medicação utilizada na estimulação ovariana.

Todas as técnicas aumentam as chances de engravidar. Na RSP e IA, como a fecundação acontece naturalmente, nas tubas uterinas, são semelhantes à da gestação espontânea: entre 20% e 25% a cada ciclo. Enquanto a FIV possui percentuais mais altos: em média 40% por ciclo.

Quer saber mais sobre avaliação da reserva ovariana? Toque aqui.

 

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