Reserva ovariana: o que é e como interfere na fertilidade? - Art Medicina Reprodutiva
Art Medicina | WhatsApp
Clínica Art Medicina Reprodutiva
Pré-agendar consulta
Reserva ovariana: o que é e como interfere na fertilidade?

Reserva ovariana: o que é e como interfere na fertilidade?

As mulheres, ao contrário dos homens que produzem espermatozoides durante toda a vida, já nascem com uma reserva ovariana determinada. O termo é utilizado para definir a quantidade de folículos, bolsas que armazenam os óvulos, presentes nos ovários.

O número estimado no nascimento é de mais ou menos 300 mil, quantidade que diminui até a puberdade e, posteriormente, a cada ciclo menstrual: todos os meses diversos folículos são recrutados, no entanto, geralmente apenas um desenvolve e amadurece para posteriormente ovular. Os que não desenvolveram são naturalmente absorvidos pelo organismo.

Para entender como a reserva ovariana interfere na fertilidade feminina, é só continuar a leitura deste texto. Ele aborda, ainda, as formas de investigar a quantidade e qualidade de folículos presentes nos ovários e de preservar a fertilidade. Confira!

O que é reserva ovariana e como ela interfere na fertilidade?

A reserva ovariana pode ser definida como um marcador de fertilidade da mulher. Naturalmente, como a cada menstruação os folículos recrutados que não desenvolvem são eliminados, a reserva ovariana diminui e, na menopausa, a atividade dos ovários é interrompida.

Ou seja, com o envelhecimento, quantidade e a qualidade dos óvulos diminuem, o que aumenta a dificuldade de obter a gravidez e, ao mesmo tempo, o risco de anormalidades genéticas nos óvulos e consequentemente nos embriões.

Além disso, diferentes condições podem causar alterações no processo de desenvolvimento e rompimento dos folículos, resultando em distúrbios de ovulação, como ciclos anovulatórios, em que há ausência de ovulação, ou quando a ovulação ocorre de forma intermitente: um ciclo é ovulatório e outro anovulatório.

Os distúrbios de ovulação são considerados a causa mais comum de infertilidade feminina e geralmente resultam de alterações nos níveis dos hormônios reprodutivos, consequência de processos inflamatórios que afetam o sistema reprodutor feminino ou de uma condição conhecida como falência ovaria prematura (FOP), caracterizada pela falência da função ovariana antes dos 40 anos.

O primeiro exame solicitado para verificar se há infertilidade causada por distúrbios de ovulação é a avaliação da reserva ovariana, considerado padrão para avaliação da fertilidade feminina.

Como a reserva ovariana é investigada?

A ultrassonografia transvaginal é o principal teste realizado para avaliar a reserva ovariana, possibilita, por exemplo, a detecção de folículos menores, além de definir critérios importantes para orientar o tratamento, como a contagem dos folículos antrais (eles contêm o óvulo primário e têm capacidade para posteriormente ovular) e a determinação do volume ovariano.

Em alguns casos, outros testes também podem ser solicitados para complementar o diagnóstico, ou como alternativa. A dosagem dos níveis de FSH (hormônio folículo-estimulante), que atua no desenvolvimento e maturação dos folículos ovarianos, por exemplo, pode indicar a resposta ovariana no ciclo em que o teste é realizado.

Como o FSH é regulado por vários fatores, incluindo a inibina-B, proteína produzida pelas células dos folículos em crescimento e o estradiol, seus níveis também poderão ser avaliados. Assim como os do hormônio antimülleriano, produzido por células da granulosa dos folículos pré-antrais e antrais, presentes, portando, nas fases do desenvolvimento folicular.

A biópsia ovariana pode ser ainda indicada em casos bastante específicos, pois é um exame mais invasivo. A análise do tecido ovariano permite a definição da reserva ovariana a partir da densidade folicular: quantidade de folículos por unidade de volume do tecido.

Os resultados são importantes para a definição da abordagem terapêutica mais adequada para cada paciente. Porém, na maioria dos casos, os distúrbios de ovulação têm tratamento.

Atualmente, por outro lado, a fertilidade feminina também pode ser preservada em antecipação ao declínio fertilidade. Procedimento que se tornou uma alternativa importante diante da tendência atual de adiar os planos de gravidez.

Entenda como a fertilidade feminina pode ser preservada

A preservação da fertilidade em antecipação ao declínio natural é conhecida como preservação social da fertilidade e se tornou possível a partir da evolução dos métodos de congelamento.

Para congelar os óvulos, a mulher é submetida à estimulação ovariana, procedimento que prevê o uso de medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento de mais folículos, obtendo mais óvulos para serem congelados.

O desenvolvimento deles é acompanhado pela ultrassonografia transvaginal, que indicam o momento ideal para outros medicamentos induzirem os folículos ao amadurecimento final e ovulação, que pode ocorrer entre 36 e 40 horas.

Durante esse período os folículos maduros são coletados e os óvulos posteriormente extraídos em laboratório e congelados.

O método de congelamento atualmente utilizado é a vitrificação. Ultrarrápido, ele proporciona uma solidificação semelhante ao vidro, evitando a formação de cristais de gelo que podem danificar os óvulos. Dessa forma, os danos são praticamente inexpressivos e as taxas de sobrevida são bastante altas, possibilitando o congelamento por muitos anos.

No entanto, é importante considerar que as taxas de gravidez diminuem com o avanço da idade, enquanto aumentam as de possíveis complicações relacionadas ao período gestacional. Por isso, é fundamental ficar atenta ao momento mais adequado para o descongelamento e tentativa de gravidez.

Após o descongelamento a gravidez pode ser obtida pela FIV (fertilização in vitro). Principal técnica de reprodução assistida, na FIV, óvulos e espermatozoides são fecundados em laboratório e os embriões, transferidos posteriormente para o útero, com percentuais de gravidez bastante expressivos por ciclo de realização.

As três técnicas de reprodução assistida também são consideradas o tratamento padrão para os distúrbios de ovulação. Além da FIV, de maior complexidade, o tratamento pode ser realizado ainda pelas menos complexas: relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), que preveem a fecundação de forma natural, nas tubas uterinas. Elas são indicadas de acordo com cada caso, a partir dos resultados apontados pelos testes para avaliação da reserva ovariana.

Toque no link e saiba mais sobre a avaliação da reserva ovariana.

 

Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe
com seus amigos esse texto:
Ficou com dúvidas ou gostou do conteúdo?
Deixe o seu comentário abaixo:

© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588