Progesterona e fertilidade: qual a relação? - Art Medicina Reprodutiva
Art Medicina | WhatsApp
Clínica Art Medicina Reprodutiva
Pré-agendar consulta
Progesterona e fertilidade: qual a relação?

Progesterona e fertilidade: qual a relação?

A palavra hormônio vem do grego órmon e significa algo como “substância que estimula funções do corpo”. Hoje, no entanto, sabemos que os hormônios são moléculas sinalizadoras que podem estimular, mas também inibir funções fisiológicas.

Grande parte das funções que mantém a vida no corpo humano dependem da atividade dos hormônios, incluindo o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, que promovem parte da diferenciação física e funcional de homens e mulheres, além da capacidade reprodutiva de ambos.

Os hormônios que atuam na fertilidade humana são chamados hormônios sexuais e estão presentes no corpo de homens e mulheres, porém em quantidades – e consequentemente com expressões – diversas em cada um:

Enquanto a testosterona é mais expressiva no corpo masculino, os estrogênios e a progesterona são prevalentes no corpo feminino. Os hormônios hipotalâmicos (GnRH) e hipofisários (FSH e LH) são produzidos em taxas semelhantes para homens e mulheres.

Neste texto vamos falar com mais profundidade da progesterona e sua relação com a fertilidade das mulheres, desde seu papel antes da gravidez, até sua atuação nas primeiras etapas da gestação.

Continue conosco e aproveite a leitura!

A progesterona é produzida na fase lútea do ciclo menstrual

O ciclo reprodutivo das mulheres é dividido em fases marcadas por eventos específicos, determinados principalmente pela dinâmica dos hormônios sexuais: fase folicular, ovulação e fase lútea.

A fase folicular começa com a chegada da menstruação e, até a ovulação, observa-se um aumento gradual na produção das gonadotrofinas FSH e LH, além dos estrogênios.

Nesta etapa, os estrogênios atuam no processo de crescimento folicular pré-ovulatório e induzem a multiplicação celular das células do endométrio – camada que reveste a cavidade uterina –, tornando-o mais espesso.

Com a ovulação – em que o folículo dominante se rompe e libera o óvulo para as tubas uterinas –, as células foliculares que restam aderidas aos ovários formam o que chamamos corpo lúteo.

A fase lútea sucede a fase ovulatória e principalmente nos primeiros dias dessa etapa o corpo lúteo interage com o LH para produzir progesterona. Se a fecundação não acontece, com a reabsorção do óvulo, o corpo lúteo também regride, interrompendo a produção de progesterona.

Ao final da fase lútea, o rebaixamento na concentração de estrogênios e progesterona leva à descamação do endométrio, expelido como menstruação e iniciando a fase folicular de um novo ciclo reprodutivo.

O que é progesterona?

A progesterona é um hormônio esteroide produzido em maior quantidade pelo aparelho reprodutivo das mulheres, com algumas funções essenciais para a fertilidade:

O papel da progesterona, no entanto, não se restringe ao preparo do útero no ciclo menstrual, mas também é essencial durante a gestação.

Entenda a relação entre a progesterona e a fertilidade das mulheres

As mudanças promovidas pela progesterona nos eventos do ciclo reprodutivo estão associadas às transformações que resultam da atividade estrogênica: ambas têm como objetivo tornar o útero altamente receptivo a um possível embrião, formado nas tubas caso a mulher mantenha relações sexuais no período fértil.

A progesterona favorece a interação adequada entre o embrião e o endométrio, facilitando o processo de implantação embrionária, em que o embrião rompe a zona pelúcida que mantém suas células unidas e infiltra-se no endométrio, dando início à gestação.

Além de seu papel antes da implantação embrionária, a progesterona também é importante durante a gravidez, por manter o endométrio mais estável e por controlar a produção de gonadotrofinas.

Como a produção das gonadotrofinas FSH e LH estão diretamente ligadas ao amadurecimento de folículos para a ovulação, a manutenção da produção de progesterona é essencial para que a mulher não passe por novas ovulações durante a gestação.

Com a fixação do embrião no útero, tem início a produção de hCG (gonadotrofina coriônica humana), um hormônio embrionário que interagem com o corpo lúteo, mantendo a produção de progesterona na ausência do LH, até que a placenta esteja pronta e assume esta função.

Problemas na produção de progesterona podem provocar infertilidade

A produção de progesterona, assim como sua atividade pode ser prejudicada em algumas situações específicas, incluindo doenças ginecológicas e condições que implicam em alterações na produção de hormônios.

Quando a mulher apresenta anovulação, que é um sintoma comum em casos de SOP (síndrome dos ovários policísticos) e endometriose ovariana, a formação do corpo lúteo também não acontece e, consequentemente, não há produção de progesterona.

Tumores ovarianos também podem alterar a dinâmica dos hormônios sexuais afetando a produção de progesterona, assim como síndromes genéticas que provocam quadros de hipogonadismo.

Nestes casos, não somente a produção de progesterona pode estar ausente, mas também a secreção de todos os hormônios sexuais.

A ausência ou a diminuição anormal na produção de progesterona se reflete principalmente em um preparo endometrial insuficiente, além de favorecer o aparecimento de doenças estrogênio-dependentes, já que o controle da atividade estrogênica pode estar deficiente.

Problemas no preparo endometrial prejudicam a implantação embrionária e podem estar por trás de quadros de aborto de repetição, quando a gestação é interrompida antes da 22ª semana por duas ou mais vezes, especialmente sequenciais.

O uso de contraceptivos à base de progesterona também interfere na fertilidade, mas de forma proposital. Nestas situações, a mulher busca evitar a gestação promovendo um aumento na concentração de progesterona que tende a manter baixa a produção de FSH e LH, inibindo a ovulação.

Reprodução assistida no contexto da infertilidade

A reprodução assistida pode ser indicada para reverter diversos casos de infertilidade conjugal, incluindo as dificuldades reprodutivas em função de desequilíbrios hormonais envolvendo a progesterona.

O processo diagnóstico que avalia a fertilidade da mulher e o equilíbrio da dinâmica dos hormônios sexuais é determinante para a indicação da técnica de reprodução assistida mais adequada para cada caso.

A infertilidade feminina pode ser uma condição mais comum do que se imagina. Toque neste link e entenda melhor o porquê.

Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe
com seus amigos esse texto:
Ficou com dúvidas ou gostou do conteúdo?
Deixe o seu comentário abaixo:

© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588