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Preservação social: técnica muito procurada atualmente

Preservação social: técnica muito procurada atualmente

A preservação social consiste no congelamento dos óvulos para utilização no futuro, quando a mulher decidir ter filhos. A idade é um dos principais fatores relacionados à infertilidade, por isso, essa técnica se tornou muito importante nas últimas décadas.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram essa nova realidade. Entre 2008 a 2018 houve um aumento de 48,6% no número de partos em que a mãe tinha entre 40 a 44 anos (de 57.752 para 85.813 nascimentos).

Muitas mulheres estão engravidando mais tarde, porém, a fertilidade feminina entra em declínio a partir dos 35 anos. Resultado: engravidar se torna mais difícil e mais arriscado. Com isso, a preservação social se tornou fundamental neste novo contexto social que vivemos.

Neste artigo, vamos mostrar o que é preservação social, como ela é realizada e qual é a sua taxa de sucesso.

Boa leitura!

O que é preservação social?

A preservação social da fertilidade é muito procurada por mulheres que decidem adiar a gravidez por motivos pessoais ou profissionais. Ela ocorre por meio do congelamento dos óvulos, desse modo, a mulher pode engravidar – utilizando os seus próprios gametas – quando ela quiser.

A nossa sociedade mudou e, atualmente, muitas mulheres decidem priorizar a carreira e os estudos e, como consequência, escolhem casar (em média, aos 28 anos, de acordo com o IBGE) e ter filhos mais tarde. No entanto, a fertilidade feminina começa a entrar em declínio a partir dos 35 anos. Isso acontece porque a mulher nasce com uma reserva ovariana limitada, que é utilizada ao longo da vida.

A preservação social é permitida no Brasil, de acordo com a regulamentação n° 2168/2017 do Conselho Federal de Medicina (CFM). A mulher deve procurar uma clínica de reprodução assistida e realizar alguns testes para avaliar a sua saúde reprodutiva e dar início ao processo.

Além da preservação social, o congelamento de óvulos também é indicado para pacientes (homens e mulheres) oncológicos, pois o tratamento para o câncer pode afetar as células reprodutivas.

Como ela é realizada?

Um dos fatores que tornaram a preservação social possível foi o avanço das técnicas de reprodução assistida, em especial a fertilização in vitro (FIV). Ela é a única que pode ser utilizada em conjunto com o congelamento de óvulos.

O processo é muito parecido com o da FIV, tendo início com a estimulação ovariana. Esse procedimento tem o objetivo de desenvolver o maior número de folículos ovarianos possível. Em um ciclo menstrual normal, apenas um folículo amadurece, liberando um óvulo (etapa que chamamos de ovulação).

Para aumentar o número de óvulos coletados, a mulher deve tomar uma medicação hormonal por, em média, 10 dias. Durante esse período, o médico acompanha o crescimento dos folículos por ultrassonografias transvaginais que são feitas com frequência. Quanto mais folículos forem coletados, mais óvulos serão congelados.

Quando eles atingem o tamanho ideal, a paciente recebe uma dose do hormônio hCG para finalizar o amadurecimento dos folículos e induzir a ovulação, que ocorre 36 horas após a administração do hormônio.

A coleta dos folículos, ou punção folicular, utiliza o aparelho de ultrassonografia transvaginal com uma agulha na extremidade para aspirar os folículos, um de cada vez. O processo é rápido, indolor e a paciente é liberada logo após o efeito da anestesia passar. Cada óvulo coletado é analisado para que apenas os de maior qualidade sejam congelados.

Criopreservação dos óvulos

A criopreservação evoluiu muito nas últimas décadas, possibilitando que os gametas não perdessem a qualidade após anos de congelamento. A técnica mais utilizada atualmente é a vitrificação, que consiste no congelamento ultra rápido dos gametas.

Os óvulos que serão congelados são protegidos por uma camada de agentes crioprotetores. Eles evitam a formação de cristais de gelo, que poderiam danificar a célula. Com a vitrificação, a queda da temperatura é brusca, preservando os óvulos. Eles são mantidos em um ambiente controlado com temperatura de -196 ºC, mergulhados em nitrogênio líquido.

Os óvulos podem ficar armazenados por tempo indeterminado. Quando a mulher decidir engravidar, os óvulos são desvitrificados para serem utilizados no processo de fertilização in vitro.

Qual é a taxa de sucesso da preservação social?

A taxa de sucesso da FIV utilizando óvulos congelados é muito semelhante aos ciclos que utilizam óvulos frescos. Segundo estudos, não há evidências de uma diferença significativa entre os dois grupos.

Uma série de fatores influencia no sucesso da FIV, em especial, a idade da mulher. Para mulheres com até 35 anos, cerca de 40% dos ciclos são bem-sucedidos. No entanto, a porcentagem cai com o avanço da idade.

Nesse caso, o congelamento de óvulos se torna uma vantagem para mulher. Pois, se ela congelar os seus óvulos com 35 anos e decidir engravidar depois dos 40, o óvulo irá se manter com a mesma idade de quando ele foi criopreservado.

A preservação social permite que as mulheres tenham mais liberdade para decidirem o momento para engravidar, sem a necessidade de renunciar a projetos pessoais e profissionais. A criopreservação evoluiu muito, possibilitando que a qualidade dos gametas fosse mantida, mesmo após anos de congelamento.

Para saber mais detalhes sobre a técnica e os seus riscos, confira a nossa página sobre a preservação social!

 

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