A ovodoação é uma técnica complementar da reprodução assistida que ajuda muitas mulheres por ano a terem filhos que de outra forma não conseguiriam.
Com a reprodução assistida, casais que consideram impossível ter filhos podem realizar esse sonho. Até mesmo mulheres inférteis devido à baixa reserva ovariana ou por não poderem engravidar com gametas próprios podem conseguir a maternidade.
Isso porque é possível contar com a ovodoação, uma das técnicas complementares à fertilização in vitro (FIV), que também possibilita que casais homoafetivos masculinos tenham filhos biológicos.
Quer saber mais sobre como funciona a ovodoação? Continue a leitura e entenda em detalhes!
Como a própria denominação indica, trata-se da doação de óvulos e acontece quando uma mulher fértil doa seus óvulos para possibilitar a gravidez de mulheres que não podem utilizar seus próprios gametas ou de um casal homoafetivo masculino.
Esse procedimento é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e a ovodoação pode ser voluntária ou compartilhada.
Na doação compartilhada, os casais que vão se submeter à FIV compartilham não apenas o óvulo, mas também os custos do tratamento. Em ambos os casos, a doação ocorre de forma anônima, sendo a clínica de reprodução assistida a responsável por todo o processo, inclusive pela escolha da doadora, que deve ter características semelhantes às do casal.
A resolução atual do CFM passou também a permitir que a ovodoação seja feita por parentes de até quarto grau dos pacientes em tratamento se não houver consanguinidade.
De acordo com o CFM, a ovodoação não pode ter caráter comercial ou lucrativo e deve ser mantido o sigilo de identidade entre doadores e receptores, exceto nos casos da doação por parentes. Além disso, a idade máxima para que uma mulher possa fazer a doação de óvulos é de 37 anos.
Para que ocorra a ovodoação, em primeiro lugar, é preciso garantir que a doadora esteja saudável e, para isso, ela realiza uma série de exames, especialmente para descartar alguma infecção sexualmente transmissível (IST). Com tudo certo, o processo se inicia e é realizado em diferentes etapas, como mostramos a seguir.
A doadora recebe medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento dos folículos ovarianos, que precisam amadurecer para liberar os óvulos (cada folículo tem um óvulo), processo induzido por novos medicamentos, administrados quando os folículos atingem o tamanho adequado, apontado por exames de ultrassonografia transvaginal realizados periodicamente.
Isso é feito porque, em um ciclo menstrual natural, a mulher só libera um óvulo e o objetivo da FIV é ter um número maior para fecundação.
Após serem induzidos ao amadurecimento e rompimento, o líquido folicular é coletado (pouco antes da ovulação) por punção folicular. Posteriormente os óvulos são extraídos em laboratório, momento em que são selecionados os melhores que podem ser utilizados a fresco ou congelados, de acordo com cada caso de ovodoação.
Nessa etapa também é feita a coleta do sêmen, que ocorre, geralmente, por masturbação. As amostras passam pelo preparo seminal, técnica que possibilita a seleção dos mais capacitados, com melhor qualidade.
Com os gametas coletados e selecionados, a fecundação é realizada em laboratório. O método mais realizado é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide). Após ser analisado por um microscópio de alta resolução, o espermatozoide é injetado diretamente dentro do óvulo.
Para a fecundação, são utilizados os óvulos da ovodoação e os espermatozoides do parceiro.
A etapa seguinte é a de desenvolvimento embrionário, em que os embriões ficam em uma incubadora e podem ser transferidos para o útero na fase de clivagem, após 2 ou 3 dias de desenvolvimento, ou de blastocisto, entre 5 e 6 dias de desenvolvimento.
Antes de ser realizada a transferência, pode ser necessário realizar o preparo endometrial da mulher que vai passar pela gestação, em alguns casos, de modo que o endométrio se torne mais espesso e, assim, facilite a nidação do embrião, processo chamado de implantação embrionária. Com isso, é possível minimizar as chances de falhas no processo e, dessa forma, de abortamento.
Quando há necessidade de realizar esse preparo, todos os embriões são congelados e a transferência ocorre apenas no ciclo seguinte. De acordo com CFM, a futura mãe pode receber apenas 2 embriões se tiver no máximo 37 anos e, acima dessa idade, no máximo 3 embriões podem ser transferidos. Dependendo da qualidade do ponto de vista genético/cromossômico dos embriões, ela só pode receber 2, independentemente da idade.
O processo de transferência é realizado na própria clínica, quando os embriões são depositados no útero para se implantar naturalmente e dar início à gestação.
Como você pôde acompanhar, há algumas regras relacionadas à ovodoação que precisam ser seguidas. No entanto, por meio dessa técnica, casais com fator feminino de infertilidade e casais homoafetivos masculinos podem realizar o sonho de ter filhos.
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