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Orquite e infertilidade: existe relação?

Orquite e infertilidade: existe relação?

A infertilidade masculina pode ser resultado de alterações das mais diversas, embora a maior parte dos casos sejam resultado de problemas espermáticos, com raízes na espermatogênese ou por problemas obstrutivos, que afetam normalmente os epidídimos.

A espermatogênese é o processo pelo qual se formam os espermatozoides que compõem o sêmen ‒ acontece nos túbulos seminíferos, que formam a maior parte dos testículos, mediada pela testosterona.

Para que os espermatócitos se desenvolvam em espermatozoides de forma adequada, é imprescindível a manutenção de algumas condições ambientais, como a temperatura e a pressão testicular, além da ausência de qualquer tipo de microrganismo. A bolsa testicular é a estrutura que envolve os testículos e regula o ambiente testicular.

Quando acontece um processo inflamatório nos testículos, de origem microbiana ou não, chamamos esse quadro de orquite ‒ que, além de outros sintomas, pode provocar infertilidade masculina.

Continue a leitura deste texto e entenda melhor qual é a relação entre a infertilidade e os quadros de orquite.

O que é orquite?

O termo orquite refere-se a todo tipo de inflamação que afeta qualquer área do testículo, anterior aos epidídimos.

Como todo processo inflamatório, a orquite é causada por lesões nos túbulos seminíferos, normalmente decorrentes da ação de bactérias, especialmente ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), e vírus, no caso da caxumba.

A orquite pode ser uma infecção inclusive secundária, derivada de quadros prévios de uretrite, epididimite e prostatite, cujos tratamentos não foram feitos a tempo ou da forma correta. Nestes casos, as bactérias acendem pelos ductos que participam da ejaculação e provocam orquite ao alcançar os testículos.

No caso da orquite viral, provocada pelo vírus da caxumba, a inflamação é específica dos testículos e pode oferecer riscos permanentes à fertilidade masculina, mesmo em garotos de 10 a 15 anos, faixa etária preferencial da caxumba.

Como identificar a orquite

Sintomas

Quando a orquite é resultado da complicação de quadros prévios, como a uretrite, é comum que o homem apresente os sintomas das infecções iniciais antes mesmo da manifestação da orquite, como corrimento peniano de odor anormal, coceira, inchaço da glande e dor durante a micção e o ato sexual.

Contudo os sintomas mais específicos da orquite são a sensação de pressão e peso nos testículos, além de dor aguda e abrupta nessas estruturas, na maior parte das vezes.

Diagnóstico

A abordagem dos sintomas é o primeiro passo para o diagnóstico da orquite, assim como o exame clínico ‒ que inclui palpação testicular e observação de aspectos externos da bolsa testicular (escroto) e testículos ‒, ambos feitos logo na primeira consulta.

O diagnóstico da orquite é feito principalmente com testagens para identificação dos microrganismos envolvidos na infecção, o que normalmente é feito com uma amostra de sangue.

Exames de imagem, como a ultrassonografia com Doppler, também podem complementar o diagnóstico.

Orquite provoca infertilidade masculina?

As alterações testiculares provocadas pelo processo inflamatório da orquite alteram as condições ambientais no interior da bolsa testicular e podem, por isso, comprometer a espermatogênese nos testículos.

Embora os homens produzam espermatozoides continuamente ‒ diferente das mulheres, cuja vida reprodutiva é organizada em ciclos ‒, as alterações nas condições em que esse delicado processo acontece podem interromper a produção de espermatozoides.

Na orquite, a infertilidade não é uma regra e as chances de apresentar danos relevantes na capacidade de ter filhos, em função da orquite, é mais rara ‒ frequente apenas quando dá demora em buscar atendimento médico e comportamento sexual de risco (em que não há uso de preservativos de barreira na maior parte das relações sexuais).

O homem pode apresentar infertilidade temporariamente, durante a fase ativa da infecção, mas na maior parte dos casos, essa condição é revertida com o tratamento feito a tempo e com base em um processo diagnóstico rigoroso.

Porém, se os testículos são afetados a ponto de interromper permanentemente a espermatogênese, a infertilidade pode ser irreversível.

Tratamentos para orquite

O tratamento para orquite depende das causas da inflamação: se bacterianas, como ISTs, a abordagem medicamentosa é base de antibióticos específicos e de amplo espectro, enquanto nos casos de orquites virais, o controle dos sintomas é feito com analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINES).

Como dissemos, o tratamento feito a tempo tem grandes chances de resolver a infertilidade, mas nos casos em que isso não acontece, a reprodução assistida é a abordagem mais indicada.

Reprodução assistida

A orquite afeta principalmente a origem dos gametas masculinos, podendo se refletir de forma drástica ou mais leve.

Se o espermograma indica que há um quadro de oligozoospermia, ou seja, em que a taxa de produção espermática caiu, mas ainda existem espermatozoides sendo produzidos, a FIV (fertilização in vitro) e a IA (inseminação artificial) podem ser indicadas, pela possibilidade de recuperação espermática.

Contudo, nos quadros mais graves de azoospermia não obstrutiva como resultado da orquite, somente a FIV pode ser uma indicação, por permitir a fecundação com doação de sêmen, indicada para os casos mais graves de infertilidade masculina.

Ainda restam dúvidas sobre a orquite? Então toque neste link e leia mais!

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