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O que é tecido ectópico?

O que é tecido ectópico?

Algumas células – e consequentemente, tecidos – do nosso corpo podem apresentar um comportamento anormal e surgir em locais diferentes de onde deveriam estar, podendo se desenvolver em qualquer parte do corpo. Essas células podem ser chamadas genericamente de tecido ectópico.

Normalmente, as células do tecido ectópico são capazes de se multiplicar rapidamente, formando massas que podem causar uma série de sintomas incômodos e, em alguns casos, complicações mais graves.

A endometriose é um exemplo de doença associada ao surgimento de um tipo especial de tecido ectópico, o endométrio – que, neste caso, cresce fora do útero. É importante entender que a endometriose pode ter consequências complexas e por isso, na presença de sintomas, é imprescindível buscar diagnóstico e tratamento adequados.

Neste artigo, vamos falar mais sobre os diferentes tipos de tecido ectópico, com destaque para a endometriose e suas consequências sobre a vida cotidiana da mulher. Continue lendo para saber mais!

O tecido ectópico pode se manifestar em diversos locais do corpo

Para entender o que é tecido ectópico, primeiro precisamos compreender que tecido é um conjunto de células semelhantes e que desempenham uma determinada função em nosso corpo. Existem vários tipos de tecidos, como o tecido muscular, o tecido nervoso e o tecido ósseo, entre outros.

Já o termo “ectópico” vem do grego e significa “fora do lugar”.

Ou seja, o tecido ectópico é um conjunto de células semelhantes e funcionais, que crescem fora do local onde normalmente deveriam estar.

Existem várias teorias sobre os mecanismos que podem levar ao surgimento de tecido ectópico, incluindo problemas embrionários durante o desenvolvimento pré-natal – em que células de um tipo específico de tecido podem se deslocar para uma área do corpo onde normalmente não estariam, vindo a se desenvolver mais tarde, após o nascimento.

Nesse sentido, fatores genéticos e imunológicos também podem estar associados ao desenvolvimento do tecido ectópico, levando a falhas em reconhecer e destruir células que estão crescendo em locais incorretos e permitindo que essas células continuem a se multiplicar e formar massas de tecido ectópico.

É interessante saber que tecidos ectópicos podem crescer em praticamente qualquer parte do corpo. Alguns exemplos comuns incluem:

O endométrio é o tecido ectópico da endometriose

A endometriose é uma condição em que focos de células semelhantes ao endométrio (que reveste a cavidade uterina) crescem geralmente na cavidade pélvica, aderidos a estruturas como ovários, tubas uterinas, bexiga e até mesmo o intestino.

Os sintomas da endometriose podem ser causados por uma combinação de fatores, derivados da inflamação, cicatrização e formação de aderências – as principais consequências dos implantes de tecido ectópico da endometriose.

Existem três tipos principais de endometriose:

  1. Superficial peritoneal (tipo mais comum, implantes superficiais localizados no revestimento dos órgãos e da pelve);
  2. Endometriose ovariana (forma o endometrioma, um cisto ovariano contendo tecido ectópico e sangue coagulado);
  3. Profunda (forma mais rara e afeta tecidos profundos da pelve, como o reto, a bexiga, os ligamentos que sustentam o útero e as tubas uterinas).

A endometriose em geral pode causar sintomas como dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual (dispareunia), cólicas intensas (dismenorreia) e infertilidade.

Entenda melhor o funcionamento e localização do endométrio

O endométrio original é um tecido fortemente afetado pelas flutuações hormonais ao longo do ciclo menstrual.

A própria menstruação é resultado da queda nas concentrações de estrogênio e progesterona, que induzem a descamação do endométrio – expelido em forma de sangue menstrual –, nos ciclos em que não há fertilização.

Após a menstruação, durante a fase folicular, os níveis de estrogênio aumentam e estimulam o crescimento e a proliferação do endométrio, enquanto no início da fase lútea (após a ovulação), são os níveis de progesterona que aumentam, estratificando o endométrio e preparando o útero para a implantação de um possível embrião.

Quando o endométrio é um tecido ectópico – como na endometriose –, os implantes continuam respondendo ao estrogênio e à progesterona de maneira semelhante ao endométrio normal, multiplicando-se sob ação dos estrogênios, estratificando-se sob ação da progesterona e tornando-se inflamada também pela flutuação nesses hormônios.

É importante lembrar que a ação do estrogênio no tecido ectópico endometrial pode causar uma resposta inflamatória local, que caracteriza de forma marcante a endometriose e está associada aos principais sintomas da doença.

A endometriose pode afetar a vida cotidiana da mulher

A endometriose é uma condição que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, já que especialmente os sintomas dolorosos podem levar a um grande desconforto físico e emocional.

Além disso, muitas mulheres com endometriose sofrem com infertilidade, o que pode afetar suas expectativas de futuro.

No entanto, existem várias opções de tratamento disponíveis, incluindo medicamentos, cirurgia e a reprodução assistida que podem ajudar a mulher portadora a lidar com as dificuldades provocadas pela doença.

Por isso, é importante conhecer a endometriose e seus sintomas, para buscar tratamentos adequados a cada caso, melhorando não somente a saúde física, mas a vida das mulheres com endometriose como um todo.

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