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Miomas: veja como é feito o tratamento e as opções em caso de infertilidade

Miomas: veja como é feito o tratamento e as opções em caso de infertilidade

A infertilidade é uma condição muitas vezes decorrente de doenças que afetam a saúde de diversos órgãos do sistema reprodutivo feminino, e é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a inabilidade que um casal em idade reprodutiva tenha para conceber, depois de um ano de tentativas sem uso de nenhum tipo de contraceptivo.

A OMS estima também que cerca de 15% da população mundial, atualmente, sofra de algum distúrbio que prejudica a função reprodutiva e que possa receber ao longo da vida o diagnóstico de infertilidade, fazendo dessa condição um problema de saúde global.

Nesse sentido, muitas mulheres que estão tentando engravidar temem receber um diagnóstico que aponte a presença de miomas uterinos, já que esta é uma doença de alta prevalência entre as mulheres em idade reprodutiva e popularmente conhecida por causar infertilidade.

Porém apenas alguns tipos de mioma podem realmente prejudicar a função reprodutiva das mulheres, como é o caso da maior parte dos miomas submucosos e alguns casos de miomas intramurais, que se apresentam em maior número ou dimensão (tamanho).

A maior parte dos miomas tem tratamento e as abordagens terapêuticas variam de acordo com a localização dos miomas, o número e o tamanho dessas formações tumorais e o desejo ou não que a mulher tenha de engravidar.

Este texto busca mostrar como é feito o tratamento para os miomas uterinos e quais as opções que a mulher que quer engravidar tem para tratar essa doença, nos casos em que ela causa infertilidade.

O que são miomas?

Os miomas uterinos são formações tumorais benignas e estrogênio-dependentes – ou seja, que crescem e se desenvolvem a partir da ação dos estrogênios produzidos pelo próprio corpo, porém em níveis alterados. Esses tumores são formados por tecido muscular fibroso, semelhante aquele encontrado no miométrio, e podem estar aderidos a qualquer região do útero.

Doença considerada de origem multifatorial, os miomas uterinos apresentam uma predisposição genética caso outras mulheres na família sejam diagnosticadas da mesma forma, porém sabe-se que alguns fatores de risco aumentam as chances para o surgimento e desenvolvimento desses miomas.

A obesidade, a hipertensão e o diabetes são doenças comuns de ser encontradas nas mulheres diagnosticadas com miomas uterinos, que também são mais frequentes em mulheres negras e naquelas que ainda não tiveram filhos (nulíparas).

Tanto os sintomas quanto a escolha da melhor abordagem terapêutica para o tratamento dos miomas são específicos para cada tipo – e a classificação dos miomas é feita a partir do local onde as formações tumorais estão aderidas.

Os miomas subserosos, localizados no perimétrio (camada mais externa do útero), manifestam sintomas relacionados ao contato desses miomas com o peritônio e eventualmente com outros órgãos da cavidade pélvica, como a bexiga e os intestinos, podendo levar a sensação de dor e peso abdominal, mesmo fora do período menstrual.

Já aqueles localizados no miométrio, camada situada entre o perímetro e o endométrio, são chamados intramurais e sua manifestação sintomática pode incluir dismenorreia intensa, na forma de cólicas menstruais fortes, incapacitantes nos casos mais graves, e alterações no fluxo menstrual.

Quando as massas tumorais se manifestam aderidas ao endométrio, são chamadas miomas submucosos, e os principais sintomas associados a esse tipo de mioma se manifesta em alterações no volume do fluxo menstrual, no aumento das cólicas menstruais, na manifestação de dores semelhantes às cólicas, porém fora do período menstrual e pela infertilidade.

Quando podem causar infertilidade?

Como dissemos, mesmo sendo popularmente conhecido por prejudicar a função reprodutiva das mulheres, somente em alguns casos os miomas uterinos realmente causam infertilidade: a maior parte do submucosos e os casos mais graves de intramurais.

Os miomas submucosos, justamente por estarem aderidos ao endométrio, prejudicam as funções desse tecido e, além dos sintomas da mencionados, afetam a fertilidade feminina provocando falhas na receptividade endometrial, chegando até mesmo a impedir a fixação do embrião nas paredes uterinas, o que dá o início da gestação.

Nesses casos a fecundação chega acontecer, porém no momento em que o embrião atinge o útero e deve romper sua zona pelúcida para fixar-se ao endométrio, essa implantação não ocorre e o embrião é liberado junto com sangue menstrual.

No caso dos miomas intramurais, a gestação em si pode ser prejudicada, já que as massas tumorais presentes no miométrio são feitas por tecido fibroso, o que diminui a capacidade elástica do útero, e os problemas relacionados à fertilidade aqui se manifestam com o aumento das chances de abortamentos de repetição ou de partos prematuros.

Como é feito o tratamento?

Os tratamentos para miomas estão intimamente relacionados tanto a intensidade dos sintomas quanto ao planejamento familiar da mulher. Considerando que até 75% das mulheres com miomas não apresentam sintomas, o tratamento expectante, que consiste no simples acompanhamento desenvolvimento dos miomas, é a primeira abordagem para mulher assintomática que não deseja engravidar, por ser o menos invasivo.

Quando existem sintomas e a mulher não deseja engravidar, é a intensidade dos sintomas que determina o tratamento a ser escolhido: se a mulher apresenta sintomas pouco intensos, em muitos casos o tratamento com contraceptivos orais combinados pode ser suficiente para regular os níveis de estrogênio e fazer com que os sintomas cessem.

Nos casos em que os sintomas são muito intensos e naqueles em que a mulher apresenta o desejo de engravidar, recomenda-se a retirada cirúrgica dos miomas, que pode ser feita por histeroscopia cirúrgica.

Reprodução assistida

Em aproximadamente 80% dos casos, a mulher consegue engravidar por vias naturais após a miomectomia, porém, em algumas situações, mesmo após o tratamento cirúrgico, a mulher continua apresentando problemas para conseguir uma gestação – ao que deve ser indicado o auxílio da medicina reprodutiva por meio das técnicas de reprodução assistida.

A técnica mais indicada é a FIV (fertilização in vitro). Dependendo do caso, a mulher pode recorrer à cessão temporária de útero, também realizada no contexto da FIV. Nesse caso, a mulher passa pela estimulação ovariana e coleta dos gametas. Esses gametas são fecundados com espermatozoides do parceiro ou doados e os embriões formados, em vez de serem transferidos para seu útero, são transferidos para o útero de outra mulher, que deve ser parente de até 4º grau.

No entanto, nem sempre isso é necessário. Existem diversos recursos para que a mulher com miomas consiga gestar seu próprio bebê.

Quer saber mais sobre miomas? Toque no link.

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