A menopausa precoce pode ser definida como a interrupção dos ciclos menstruais por mais de um ano antes dos 40 anos. Esse fenômeno está relacionado com o comprometimento da reserva ovariana, assim como está a menopausa regular. Com isso, há uma menor produção de estrogênio devido à redução dos folículos do ovário, os quais abrigam os gametas femininos.
As células sexuais da mulher são conhecidas como óvulos. Elas ficam protegidas dentro do ovário por uma estrutura conhecida como folículo, que também apresenta funções hormonais. Um tipo de células dos folículos é capaz de liberar estrogênio sob estímulo de outras substâncias liberadas na hipófise.
Na puberdade, os folículos começam a se desenvolver e a mulher começa a liberar esses óvulos intermitentemente, em um processo conhecido como ovulação. Ele ocorre aproximadamente após 14 dias do início da última menstruação. Os ciclos de sangramento e ovulação são conhecidos como período menstrual.
À medida que a mulher envelhece, a quantidade de folículos diminui. Então, além da interrupção da menstruação, acontecem também outros fenômenos. Quer entender melhor? Acompanhe!
A menopausa precoce abrange os casos de interrupção da menstruação por mais de 12 meses antes dos 40 anos de idade. Você também pode ver esse termo sendo usado como sinônimo de falência ovariana prematura. No entanto, esses termos nem sempre são correspondentes, pois:
Há mulheres que apresentam FOP sem amenorreia, expressando sintomas, como ciclo menstruais irregulares ou infertilidade;
Também, algumas mulheres diagnosticadas com menopausa precoce podem eventualmente voltar a ter menstruações regulares espontaneamente;
Inclusive, em 5% a 10% dos casos, elas podem apresentam gestações espontâneas bem-sucedidas mesmo depois do diagnóstico.
No nosso post, para efeitos didáticos, vamos usar falência ovariana prematura e menopausa precoce como sinônimos. Contudo mantenha em sua mente essas informações acima, pois os termos não se referem a processos rígidos, mas a um espectro com diferentes níveis de disfunção ovariana com várias formas de manifestação.
Entenda as manifestações da FOP a seguir:
A FOP pode passar despercebida por muitos anos nas mulheres que usam anticoncepcionais que interrompem a menstruação. Então, quando elas param de administrar a medicação, notam a alteração menstrual. Isso faz com que associem os sintomas com o uso prolongado da pílula, mas essa relação está equivocada. A pílula apenas mascarou uma condição que já existia.
Os sintomas da falência ovariana precoce são semelhantes aos da menopausa regular com a distinção de que, nessa última, não é esperado o retorno da menstruação. Muitos surgem antes de haver a interrupção completa dos sangramentos periódicos. Afinal, a produção de estrogênio começa a cair substancialmente algum tempo antes desse evento.
A queda do estradiol pode ter reflexo em diversos órgãos:
Além disso, a FOP deve ser acompanhada por um ginecologista, pois pode trazer complicações mais graves. Os estudos mostram que mulheres com menopausa precoce podem apresentar um pequeno aumento de risco de osteoporose e doenças cardiovasculares.
A definição diagnóstica da menopausa precoce é clínica, isto é, feita a partir da impressão do médico com base nos sintomas e sinais apresentados pela paciente. No entanto, é muito importante que se investigue a sua causa e se afaste outras de amenorreia, pois isso terá um impacto no tratamento. Para isso, os seguintes exames podem ser feitos:
De acordo com o histórico clínico, o médico também pode requisitar exames, como:
O tratamento depende do desejo de engravidar da mulher. Vamos focar nas condutas relacionadas à reprodução assistida, quando a mulher quer ter filhos com o auxílio médico e multiprofissional.
Se a mulher deseja engravidar, a reprodução assistida pode ser um caminho muito importante para a recuperação da fertilidade com métodos, como:
No entanto, os estudos não são unânimes em relação à resposta desses tratamentos. Depois dessas terapias, a mulher poderá prosseguir para técnicas de relação sexual programada (RSP) ou de fertilização in vitro. Outras possibilidades interessantes são:
Ao contrário do homem que produz células sexuais por toda a vida após a puberdade, a mulher apresenta um número delas, que é determinado nos primeiros meses de vida. Hoje em dia, sabemos que há o desenvolvimento de novos gametas, mas em uma taxa muito pequena, o que não é muito significativo.
Dessa forma, a medicina reprodutiva pode assistir a mulher com menopausa precoce para que ela possa ter sucesso nos seus objetivos de fertilidade.
Quer saber mais sobre as causas de infertilidade feminina? Confira nosso artigo institucional sobre o tema!
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