Diversas doenças e condições causam a infertilidade feminina. Entre eles, temos a idade, que influencia diretamente na qualidade e na quantidade dos óvulos. Devido às mudanças da sociedade nas últimas décadas, a relação entre a idade e a fertilidade está cada vez mais em pauta.
Se nas décadas de 1950 e 1960 as mulheres se casavam e tinham filhos cedo, atualmente a realidade é outra. A expectativa de vida da mulher aumentou e o uso de métodos anticoncepcionais permitiu que elas decidissem quando querem engravidar.
Além disso, elas estão priorizando os estudos, a carreira e o desenvolvimento pessoal. Todos esses fatores levaram as mulheres a adiarem a maternidade, ao ponto desse fenômeno ser considerado uma tendência mundial.
Neste artigo, você irá descobrir a relação entre a idade, a fertilidade e como as mulheres com idade avançada podem engravidar. Mas a idade não é o único fator de infertilidade feminina, por isso, vamos mostrar outras condições e doenças que também atingem as mulheres.
Boa leitura!
A infertilidade é considerada um problema de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O casal deve procurar uma ajuda especializada se, após 12 meses de tentativas sem o uso de anticoncepcionais, a gravidez não acontecer. Quando a mulher tem idade superior a 35 anos, o período diminui para 6 meses.
Apesar de o peso social da dificuldade em engravidar ser maior entre as mulheres, ela pode atingir ambos os sexos. Segundo estudos, 30% dos casos de infertilidade conjugal estão relacionados a fatores femininos, 30% a fatores masculinos, 20% para ambos e, em 20% dos casos, não é possível identificar a causa.
Entre os fatores relacionados às mulheres, um dos principais é a idade devido ao famoso “relógio biológico”.
As mulheres nascem com uma quantidade definida de folículos ovarianos, estruturas nas quais os óvulos se desenvolvem. O número total de folículos ao longo da vida depende de cada mulher, porém sabemos que a quantidade diminui gradativamente com a idade.
A partir dos 35 anos — e de maneira mais intensa dos 40 anos em diante — a reserva ovariana diminui e os óvulos começam a envelhecer. Esse envelhecimento afeta a qualidade dos gametas femininos e aumenta os riscos de alterações cromossômicas, responsáveis por doenças genéticas.
A idade não é o único fator relacionado à infertilidade feminina. Diversas doenças e condições atingem o sistema reprodutor da mulher, como problemas ovulatórios e doenças tubárias e uterinas.
A ovulação é imprescindível para a fecundação de forma natural. Por isso, a sua ausência (anovulação) é uma das principais causas de infertilidade feminina.
Entre as doenças causadoras de problemas ovulatórios estão a síndrome dos ovários policísticos (SOP), a insuficiência ovariana primária e a disfunção hipotalâmica.
O encontro entre o óvulo e o espermatozoide ocorre nas tubas uterinas. Por isso, doenças ou obstruções no local causam infertilidade feminina. A doença inflamatória pélvica (DIP), infecções e aderências pélvicas são alguns exemplos de fatores que atingem a região.
Miomas, pólipos e a endometriose são algumas das condições que podem atingir o útero e dificultar a implantação do embrião, causando abortamento ou dificultando a gravidez. Apesar de serem tumores benignos, os miomas e os pólipos, dependendo da sua localização e tamanho, podem alterar a anatomia uterina.
A endometriose é caracterizada pela presença de tecido endometrial — camada interna do útero — em locais como as tubas, ovários e o colo do útero. De acordo com a sua gravidade e localização, ela pode bloquear as tubas uterinas e dificultar a implantação do embrião.
O avanço da medicina reprodutiva nas últimas décadas possibilitou que mulheres de idade avançada engravidem por meio da reprodução assistida. Entre as alternativas disponíveis estão a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV). Esta última, além de ser a mais utilizada atualmente, também é a mais indicada nos casos de infertilidade feminina por idade.
O maior diferencial da FIV para as demais técnicas é a fecundação, que ocorre em um laboratório. Os gametas do casal são coletados e analisados para garantir a qualidade dos embriões. A ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides) é a técnica mais utilizada durante a FIV. Ela utiliza uma agulha microscópica para inserir o espermatozoide diretamente no útero, formando o embrião.
A FIV possui uma alta taxa de sucesso, especialmente, quando são utilizados óvulos congelados. A preservação social da fertilidade é uma opção muito procurada por mulheres com o desejo de postergar a maternidade. A técnica de criopreservação possibilita manter os óvulos congelados por tempo indeterminado sem perder a qualidade.
A infertilidade feminina é causada por diversos fatores, sendo a idade um dos principais. A partir dos 35 anos, a qualidade e a quantidade dos óvulos começam a diminuir progressivamente. No entanto, isso não significa que uma mulher acima dessa idade não possa ter uma gravidez saudável e bem-sucedida. A FIV é a técnica mais indicada para esses casos, especialmente, quando a mulher utiliza óvulos criopreservados.
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