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ICSI e infertilidade masculina: saiba mais sobre o assunto

ICSI e infertilidade masculina: saiba mais sobre o assunto

A infertilidade há muito tempo era creditada exclusivamente à mulher e costumava-se pensar que não afetava aos homens. Este conceito, no entanto, com o tempo se mostrou equivocado, principalmente devido ao desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico e pesquisas médicas.

Atualmente os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstram que 15% das pessoas em idade fértil do mundo todo apresentam infertilidade. A porcentagem de homens e mulheres que participam desse número é basicamente igual, cerca de 30% para cada.

Diversos são os fatores que caracterizam a infertilidade masculina. Os principais fatores são a falta de espermatozoides no sêmen que é ejaculado (azoospermia), a baixa qualidade e quantidade espermática (oligozoospermia) ‒ que podem ser causadas por doenças ou problemas genéticos, como má formação dos espermatozoides ‒, além de causas obstrutivas, geralmente causadas por doenças infecciosas e por sequelas de intervenções cirúrgicas.

A qualidade e a quantidade dos espermatozoides presentes no sêmen é, portanto, o principal fator que costuma estar relacionado com a infertilidade masculina.

É neste contexto que a reprodução assistida, especialmente a FIV (fertilização in vitro) com a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), é fundamental para aumentar as chances de homens com infertilidade, causada por baixa qualidade e quantidade espermática, conseguirem realizar a paternidade.

Abordaremos neste texto uma das técnicas complementares da FIV, a ICSI, mostrando como ela é importante para a os casos de infertilidade masculina, principalmente os mais graves.

Boa leitura!

O que é a FIV com ICSI?

A FIV é uma técnica avançada e que vem demonstrando sua eficácia já há muitas décadas. Até por volta dos anos de 1990, a fecundação na FIV era realizada utilizando-se todos os espermatozoides que foram obtidos por masturbação, em uma placa petri com um meio de cultivo, juntamente com os gametas femininos e aguardava-se que a fecundação acontecesse de maneira natural.

Nesta época, acontece o surgimento de uma técnica inovadora, a ICSI ‒ procedimento que permite que os espermatozoides sejam selecionados e que apenas um gameta masculino seja inserido diretamente dentro de cada oócito (óvulo) com o auxílio de um tipo de agulha bem fina.

Isso faz com que as chances de sucesso na formação de um embrião sejam aumentadas de maneira significativa.

É uma técnica que costuma ser indicada especialmente para atender a casos graves de infertilidade masculina. Pode também ser utilizado para casos em que a mulher fez o congelamento de óvulos, já que pelo método tradicional, os espermatozoides podem ter dificuldade em transpor a zona pelúcida do oócito.

Por que a ICSI é mais indicada para casos graves de infertilidade masculina?

Como mencionamos, em alguns casos graves de infertilidade masculina o homem possui uma quantidade muito baixa de espermatozoides saudáveis no sêmen (oligozoospermia), por vezes nem mesmo existem espermatozoides no líquido ejaculado (azoospermia).

Quando a quantidade de espermatozoides saudáveis e promissores que o homem possui é extremamente baixa, o método tradicional pode não ser suficiente para que a fecundação aconteça.

Como a ICSI permite a seleção mais rigorosa do espermatozoide que participa da fecundação, apenas os mais promissores são utilizados e um único espermatozoide é introduzido, de forma controlada, no oócito.

Além disso, a FIV com ICSI também pode ser feita com espermatozoides conseguidos por recuperação espermática.

Isso significa que mesmo em casos que o homem não consegue mais ejacular ou quando a quantidade de espermatozoides obtida na ejaculação é muito baixa, a recuperação espermática pode buscar espermatozoides diretamente dos epidídimos e dos testículos.

Como a ICSI é feita?

A FIV com ICSI possui todas as mesmas etapas que a modalidade tradicional da FIV, incluindo os exames iniciais, para verificar a integridade das estruturas reprodutivas da mulher e o exame de espermograma, para verificar a capacidade espermática do homem.

As etapas da FIV são: a estimulação ovariana, a coleta dos gametas, sua seleção e preparo em laboratório, a fecundação in vitro, o cultivo embrionário e a transferência do embrião para o útero.

Assim como na FIV tradicional, o tratamento tem início com a estimulação ovariana e a indução da ovulação, processos monitorados pela ultrassonografia pélvica transvaginal, que indica o momento ideal para a aspiração folicular, que coleta os gametas femininos.

Os espermatozoides, como dissemos, podem ser obtidos com uma amostra de sêmen conseguida por masturbação, mas também com a recuperação espermática, indicada para os casos mais severos.

Especialmente para os casais com indicação para ICSI é importante que a amostra de sêmen seja submetida ao preparo seminal, para melhorar os parâmetros espermáticos da amostra. Nesse processo, um único espermatozoide é selecionado e acomodado em meio de cultura adequado, para ser aspirado pela agulha da ICSI.

O oócito é então também selecionado e essa agulha insere o espermatozoide escolhido diretamente no interior do oócito, ultrapassando inclusive a zona pelúcida.

Isso faz com que a ICSI seja uma técnica muito relevante, principalmente nos casos de infertilidade masculina por causas graves, já que aumenta bastante as taxas de sucesso da fecundação, se comparada com as da FIV tradicional ‒ que já são altas.

Qual a importância da FIV para casos de infertilidade de forma geral?

A FIV é a técnica mais avançada de reprodução assistida. Como possui diversas técnicas complementares, como a ICSI e o congelamento de gametas e embriões, pode atender a maior parte das demandas reprodutivas atualmente.

Principalmente nos dias de hoje, com suas demandas e evolução social, a FIV é de grande auxílio. Sua importância neste contexto se dá por possibilitar que mulheres possam adiar a maternidade com segurança, com o congelamento de gametas.

Também auxilia casais homoafetivos e pessoas solteiras de ambos os sexos a terem filhos, com a doação de sêmen, ovodoação e a cessão temporária de útero.

Como praticamente todas as etapas da gravidez são feitas de maneira controlada na FIV, além do preparo dos gametas e a fecundação acontecerem em ambiente laboratorial, a técnica permite que pessoas de ambos os sexos e com variadas causas de infertilidade, consigam ter a chance de ter filhos.

Se ainda deseja saber mais sobre a FIV com ICSI, toque neste link que temos mais conteúdo sobre o assunto esperando por você.

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