É relativamente comum que a histeroscopia seja solicitada para mulheres em processo de investigação das causas da infertilidade conjugal, especialmente quando as hipóteses diagnósticas apontam problemas uterinos e tubários.
A modalidade mais frequentemente solicitada é a histeroscopia diagnóstica, que demanda menos aparato médico e não permite realizar grandes intervenções na paciente.
A histeroscopia cirúrgica utiliza uma metodologia semelhante à modalidade ambulatorial, mas com instrumentos cirúrgicos que possibilitam intervenções mais profundas.
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Boa leitura!
O útero está conectado aos ovários pelas tubas, que recebem destas estruturas um óvulo por ciclo menstrual, podendo sediar a fecundação, caso a mulher mantenha relações sexuais.
Nas tubas também acontecem as primeiras etapas do desenvolvimento embrionário e essas estruturas ajudam o embrião a chegar ao útero, onde a nidação e toda a gestação acontecem.
É possível perceber quão importantes são esses dois órgãos reprodutivos. Muitas das alterações provocadas por doenças uterinas e tubárias podem prejudicar a função reprodutiva das mulheres, aumentando as chances de infertilidade.
Por isso, as duas modalidades: histeroscopia diagnóstica e histeroscopia cirúrgica – que investigam e atuam em muitas condições uterinas e tubárias – são consideradas ferramentas valiosas para o tratamento de diversos quadros de infertilidade feminina.
A histeroscopia diagnóstica é uma forma específica de endoscopia (exame de imagem), por utilizar um endoscópio: instrumento dotado de uma câmera e um foco emissor de luz, capaz de ser introduzido no interior do corpo através de alguns orifícios específicos – neste caso, o canal vaginal e o colo do útero.
Formado por uma haste bem fina, o histeroscópio é capaz de atravessar o colo do útero e alcançar o interior da cavidade uterina e das tubas, fazendo com que a histeroscopia diagnóstica obtenha imagens em tempo real do interior dessas estruturas.
O desenvolvimento do histeroscópio – assim como os demais tipos de endoscópios – permitiu que essas áreas pudessem ser observadas ao vivo sem a necessidade de cortes, representando um grande avanço na medicina diagnóstica.
A mulher que recebe indicação para histeroscopia diagnóstica deve realizar o exame fora do período menstrual e nunca na presença de gravidez. Pode ser interessante realizar o exame de gravidez antes de passar pela histeroscopia diagnóstica, para confirmar a ausência de gestação.
Para prevenção de desconfortos durante a histeroscopia diagnóstica, a mulher pode tomar anti-inflamatórios e analgésicos antes do procedimento. Dependendo do caso, a histeroscopia diagnóstica pode ser feita com sedação leve.
Em posição ginecológica, o histeroscópio é introduzido pelo canal vaginal, alcançando o colo do útero e podendo chegar às tubas, para fornecer imagens em tempo real do interior dessas estruturas diretamente para um monitor.
Após a histeroscopia diagnóstica, a mulher que recebeu sedativos precisa se recuperar dos efeitos da medicação e, em alguns casos, pode ser interessante repousar até o dia seguinte.
A histeroscopia diagnóstica não é considerada um exame de rotina, sendo solicitada normalmente após a realização de outros procedimentos mais simples, como a ultrassonografia pélvica transvaginal e a histerossalpingografia.
A solicitação da histeroscopia diagnóstica é feita com frequência para a confirmação diagnóstica de algumas doenças uterinas e tubárias, realizada por uma biópsia que utiliza amostras de células obtidas com o procedimento.
O exame pode ser uma ferramenta de confirmação diagnóstica para as seguintes condições:
A histeroscopia cirúrgica utiliza o mesmo equipamento para obtenção de imagens que a histeroscopia diagnóstica – o histeroscópio – e também permite a intervenção sobre as mesmas estruturas que a modalidade ambulatorial. O contexto da histeroscopia cirúrgica, no entanto, é totalmente diferente.
Neste caso, as imagens obtidas pelos histeroscópio também são transmitidas para um monitor, mas para guiar procedimentos cirúrgicos, realizados por instrumentos que alcançam a cavidade uterina e as tubas por via transvaginal.
As imagens oferecem uma riqueza de detalhes sobre o interior do útero e das tubas sem a necessidade de qualquer corte para acessar essas estruturas – por isso a histeroscopia cirúrgica é um procedimento minimamente invasivo.
Contudo, justamente porque o nível de intervenção nos tecidos uterinos e tubários é maior, a histeroscopia cirúrgica deve ser feita sob anestesia local ou geral e em ambiente hospitalar.
A mulher precisa se preparar para a histeroscopia cirúrgica realizando jejum para a anestesia, caso seja necessário, e esvaziando o intestino na véspera, para melhorar a qualidade das imagens.
Após a histeroscopia cirúrgica, o período de recuperação é relativamente rápido, mas pode ser necessário realizar um tempo de repouso nos primeiros dias.
Muitos dos casos que podem ser confirmados pela histeroscopia diagnóstica, podem ser tratados pela histeroscopia cirúrgica, que também atende a outras demandas de saúde.
As doenças estrogênio-dependentes que produzem massas tumorais nas diferentes camadas do útero (miomas e pólipos), bem como as cicatrizes e aderências que resultam da adenomiose e de outras lesões uterinas podem ser retiradas com mais segurança pela histeroscopia cirúrgica.
Os casos de obstrução tubária, muitas vezes associados à endometriose, e cicatrizes de infecções tubárias também podem receber indicação para histeroscopia cirúrgica com objetivo de remover as obstruções.
Mulheres com malformações uterinas, como útero didelfo e útero septado, também se beneficiam da histeroscopia cirúrgica, que pode ser utilizada para reconstruir a anatomia uterina adequada.
A histeroscopia cirúrgica oferece bons resultados no combate à infertilidade, mas as dificuldades reprodutivas podem ser persistentes após a recuperação.
A reprodução assistida pode ser uma possibilidade de tratamento para a infertilidade, especialmente a FIV (fertilização in vitro), indicada para infertilidade por fator uterino e tubário, com altas taxas de sucesso.
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