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Gravidez ectópica: sintomas

Gravidez ectópica: sintomas

Durante uma gravidez normal, o embrião se forma nas tubas e se desenvolve no útero, onde cresce até o momento do parto. Em alguns casos, no entanto, o embrião se implanta e começa a crescer fora do útero, geralmente nas tubas uterinas, o que é conhecido como gravidez ectópica.

Os sintomas de uma gravidez ectópica podem variar, mas incluem dor abdominal aguda e intensa, sangramento vaginal, tontura e desmaios. É importante estar ciente deles para procurar atendimento médico imediato, já que uma gravidez ectópica pode ser perigosa e até mesmo fatal.

Neste texto, vamos explorar mais a fundo os sintomas da gravidez ectópica, além de mostrar como ela pode ser diagnosticada e tratada. Continue lendo para saber mais!

Entenda as etapas de uma gravidez normal

Os processos que resultam em uma gravidez natural começam com a produção e liberação de óvulos, pelos ovários, e espermatozoides, pelos testículos. Durante o ciclo menstrual, um óvulo é liberado dos ovários e pode ser fecundado nas tubas uterinas – o que chamamos período fértil.

Quando o casal mantém relações sexuais no período fértil da mulher, existem grandes chances de um espermatozoide conseguir fertilizar o óvulo nas tubas, formando a primeira célula do desenvolvimento humano, o zigoto.

Esta célula então começa a se dividir, resultando em células cada vez menores e compactas, embora idênticas, formando o que chamamos mórula.

Depois de alguns dias, a mórula se transforma no blastocisto, com uma cavidade central e duas partes distintas: o embrioblasto – que formará o embrião, após a nidação – e o trofoblasto – associado aos anexos embrionários, como a placenta.

Com ajuda do peristaltismo tubário – movimento ondulatório das paredes das tubas uterinas –, o blastocisto chega ao útero. Para buscar o melhor local para a nidação, o trofoblasto secreta enzimas específicas, que também permitem que o blastocisto se infiltre no endométrio, realizando a nidação.

Logo após a nidação, o trofoblasto interage com o corpo lúteo, produzindo hCG (gonadotrofina coriônica humana) para manter os níveis de progesterona altos e favorecer a estabilidade do útero, fundamentais para o desenvolvimento do embrião.

Como acontece a gravidez ectópica?

Como descrevemos, a fecundação ocorre naturalmente em uma das tubas uterinas e o embrião é conduzido em direção ao útero para realizar a nidação e continuar seu desenvolvimento.

No entanto, em alguns casos, o embrião pode ficar preso na tuba uterina e iniciar o processo de nidação nesse local, o que chamamos gravidez ectópica tubária – uma das formas mais comuns de gravidez ectópica.

Outros locais onde a gravidez ectópica pode ocorrer incluem o ovário, o colo do útero e a cavidade abdominal – todos pelos mesmos motivos da gravidez ectópica tubária: as diversas formas de obstrução das tubas uterinas.

É importante lembrar que toda gravidez ectópica resulta em perda gestacional, já que fora do útero, é impossível que o desenvolvimento do embrião aconteça adequadamente.

Aprenda a identificar os sintomas da gravidez ectópica

Os sintomas da gravidez ectópica podem variar, mas é importante estar ciente deles para buscar atendimento médico imediato, já que a gravidez ectópica é um evento que pode levar a complicações graves.

Alguns dos sintomas mais comuns incluem dor abdominal intensa e aguda, unilateral ou bilateral e acompanhada de sangramento vaginal. Mesmo na ausência de sangramento, porém, a dor é um sinal de que algo está errado e precisa ser avaliado imediatamente.

Outros sintomas podem incluir tonturas e desmaios, porque a gravidez ectópica pode causar uma queda na pressão arterial geral. Em casos mais raros, a mulher pode sentir dor ao urinar ou evacuar, indicando que o embrião está pressionando a bexiga ou o intestino.

Além disso, é possível que a mulher apresente sintomas semelhantes aos de uma gravidez normal, como náuseas e vômitos, aumento da sensibilidade mamária e fadiga. No entanto, esses sintomas podem ser menos intensos do que em uma gravidez normal, pois o embrião não está se desenvolvendo no lugar certo.

A gravidez ectópica é uma emergência médica que pode levar a complicações graves, como hemorragia interna e danos permanentes nas tubas, além de causar perda gestacional em todos os casos. A demora no atendimento de uma gravidez ectópica pode resultar na perda das tubas uterinas e outras estruturas pélvicas, além do risco de sepse, que é fatal.

Fatores de risco para gravidez ectópica

A gravidez ectópica é um problema de saúde grave que pode levar a complicações sérias para a mulher, e alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvê-la, como a endometriose, as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) e as cirurgias tubárias.

A endometriose é uma condição em que o tecido que normalmente reveste o interior do útero começa a crescer fora dele, em outros órgãos incluindo as tubas. Quando isso acontece, a passagem do blastocisto pode ser dificultada, pela presença dos implantes, aumentando o risco de gravidez ectópica.

Outro fator de risco para gravidez ectópica são as ISTs, principalmente a clamídia e a gonorreia, que podem levar a inflamações nas tubas, impedindo ou dificultando a passagem do blastocisto. O risco de uma gravidez ectópica, nestes casos, aumenta especialmente se a infecção não for tratada adequadamente.

É importante lembrar que esses fatores não garantem o desenvolvimento de uma gravidez ectópica, mas aumentam consideravelmente as chances.

A FIV pode ser indicada para infertilidade e risco de gravidez ectópica

Como a gravidez ectópica acontece mais frequentemente nas tubas uterinas, essas estruturas podem ser danificadas ou removidas, prejudicando a fertilidade permanentemente.

Por isso, a FIV (fertilização in vitro) pode ser indicada tanto para mulheres que passaram por uma gravidez ectópica como uma alternativa para tentar engravidar, quanto, de forma preventiva, para mulheres dentro dos fatores de risco para gravidez ectópica e com quadros claros de obstrução tubária.

Em todos esses casos, a FIV é uma opção por permitir a fecundação em laboratório com transferência posterior dos embriões diretamente para o útero – dispensando o papel das tubas.

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