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Gravidez ectópica: o que é?

Gravidez ectópica: o que é?

A gravidez ectópica é um evento gestacional grave, que sempre leva à perda gestacional e pode trazer consequências severas para a fertilidade das mulheres.

Algumas doenças e alterações podem favorecer a ocorrência de gravidez ectópica e a identificação prévia dessas condições pode ser a única forma de evitar que a gestação se desenvolva fora do útero.

Quer entender melhor o que é a gravidez ectópica e como ela pode prejudicar a capacidade reprodutiva das mulheres?

Então continue conosco e aproveite a leitura do texto a seguir, que traz essas e outras informações sobre a gravidez ectópica.

Como a gestação acontece normalmente?

Engravidar é um processo complexo, que depende de alguns fatores primordiais, como a adequada produção e amadurecimento das células reprodutivas masculinas (espermatozoides) e femininas (óvulos) e o livre fluxo das estruturas que permitem o encontro dessas células, para a fecundação.

Nos homens, os espermatozoides são produzidos nos testículos e são conduzidos através de uma sequência de ductos para compor o sêmen ou líquido ejaculado. Já no corpo da mulher, os óvulos são disponibilizados um a um, em cada ciclo menstrual, após uma série de eventos hormonais que culminam na ovulação.

Após a relação sexual e em algumas técnicas de reprodução assistida, a fecundação ocorre naturalmente nas tubas uterinas, durante o período fértil da mulher. As primeiras etapas do desenvolvimento embrionário também ocorrem no interior das tubas, cujos movimentos peristálticos auxiliam a condução do embrião para o útero.

Ao chegar ao útero, o embrião (já em estágio de blastocisto), deve interagir com o endométrio para encontrar o melhor local para realizar a nidação – quando a zona pelúcida, remanescente do óvulo e que mantém as células do embrião unidas, se rompe e as células embrionárias se infiltram no endométrio, fixando o embrião ao útero.

Neste momento, o embrião passa a produzir hCG (gonadotrofina coriônica humana), que mantém o corpo lúteo ativo e os níveis de progesterona altos, o que é essencial para a manutenção da gravidez até a formação da placenta.

Em uma gravidez normal, todo o processo da gestação ocorre no interior do útero, que está preparado para aumentar de tamanho, acompanhando o crescimento do bebê, e auxiliar sua saída no momento do parto.

O que é gravidez ectópica?

A gravidez ectópica inclui todas as gestações em que, ao invés de seguir normalmente para o útero, o embrião realiza a nidação fora deste órgão – mais frequentemente nas tubas uterinas.

Nestes casos, a fecundação ocorre normalmente, nas mesmas condições descritas para a gestação normal, mas a condução do embrião para o útero não acontece de forma adequada e a nidação acaba ocorrendo na própria tuba uterina que sediou a fecundação.

Diferente da estrutura do útero – formado por uma parede muscular (miométrio) e glandular (endométrio), com capacidade elástica, contrátil e que permite a interação com hormônios –, a tuba uterina é semelhante a um ducto estreito, cuja função é conectar os ovários ao útero.

Ou seja, as tubas uterinas não têm condições de acompanhar o crescimento do embrião e do feto, um papel exclusivo do útero.

Conheça os fatores de risco para gravidez ectópica

A gravidez ectópica pode ser favorecida por qualquer alteração que diminua o diâmetro no interior das tubas uterinas – como infecções, hidrossalpinge e malformações anatômicas – ou por problemas no peristaltismo dessas estruturas.

A hidrossalpinge é resultado de processos inflamatórios, associados ou não a agentes microbianos, que formam um edema nas tubas, diminuindo e até mesmo impedindo a passagem no interior desses ductos.

As ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), como a clamídia, estão entre as principais causas de hidrossalpinge, especialmente nas infecções ativas, mas também podem afetar o funcionamento das tubas por outros motivos.

O processo infeccioso dessas ISTs pode atingir o interior das tubas e provocar o surgimento de lesões persistentes mesmo após os tratamentos e a erradicação dos agentes microbianos envolvidos na infecção. Essas lesões cicatriciais podem formar aderências que mantém os problemas de fluxo no interior das tubas.

Em outros casos, a gravidez ectópica pode ser favorecida por alterações anatômicas nas tubas, que também complicam a saída do embrião para o útero.

A gravidez ectópica é um acontecimento grave

A gravidez ectópica é um evento grave, que sempre resulta na perda da gestação e pode provocar danos irreparáveis à tuba uterina em que a gestação ocorreu – além de oferecer riscos à vida da mulher, caso o atendimento não seja feito de forma imediata.

Quando o embrião realiza a nidação nas tubas, seu crescimento e desenvolvimento força gradualmente as paredes tubárias, levando ao rompimento da tuba.

O rompimento tubário é grave e pode provocar hemorragias e infecções generalizadas, demandando internação da mulher e a retirada cirúrgica da tuba uterina em que a gravidez ectópica ocorreu.

Caso o atendimento médico não seja imediato, a vida da mulher pode correr riscos.

Infertilidade, gravidez ectópica e a reprodução assistida

A gravidez ectópica também acarreta normalmente uma redução no potencial de fertilidade da mulher, que passa a contar somente com uma das tubas uterinas para fecundações posteriores.

Além disso, principalmente quando o quadro está associado à ISTs, existe chance de que a outra tuba uterina também tenha sido afetada – o que configura um quadro de infertilidade feminina mais grave.

Mesmo com a desobstrução cirúrgica das tubas, que é uma possibilidade de tratamento, a fertilidade pode não ser completamente restabelecida e o casal pode receber indicação para reprodução assistida, mais especificamente para FIV (fertilização in vitro).

Neste link você encontra mais informações sobre infertilidade feminina, aproveite!

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