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Gestação gemelar na reprodução assistida: quais são as chances reais?

Gestação gemelar na reprodução assistida: quais são as chances reais?

A ocorrência de gestação gemelar na reprodução assistida é relativamente famosa, embora nem sempre a realidade corresponda às expectativas dessa fama. A reprodução assistida é uma ferramenta importante para o tratamento da infertilidade conjugal, entre outras demandas reprodutivas.

Popularmente conhecida como “gravidez de gêmeos”, a gestação gemelar na reprodução assistida é realmente mais frequente, se comparada às taxas de gestação gemelar na reprodução por vias naturais, embora os tratamentos tenham mecanismos para evitar gestações múltiplas.

Lembrando que a gestação gemelar na reprodução assistida e nas gestações naturais são mais arriscadas do que as gestações únicas, por diversos motivos – que vamos abordar neste texto.

Saiba quais são as chances reais de gestação gemelar na reprodução assistida a seguir.

Boa leitura!

Como pode ocorrer uma gestação gemelar?

Uma gestação é considerada gemelar quando existem dois ou mais embriões em desenvolvimento, no interior do útero, em uma mesma gravidez. 

Na reprodução humana natural, dois podem ser os motivos de uma gestação de gêmeos: 

  1. A ovulação múltipla libera mais de um óvulo, que podem ser fecundados por espermatozoides diferentes, resultando em embriões com DNAs diferentes;
  2. A fecundação forma um único embrião, que se divide (em dois ou mais embriões) entre as primeiras 72h após a fecundação e o 8º dia de desenvolvimento embrionário. Neste caso, os embriões são praticamente idênticos, do ponto de vista genético.

Algumas condições podem favorecer a ovulação múltipla, como oscilações na produção de FSH (hormônio folículo-estimulante), frequentes no período próximo à menopausa, doenças que afetam o equilíbrio dos hormônios sexuais e predisposição genética, especialmente quando existem casos pregressos na família ou no casal.

Quando a gestação gemelar na reprodução assistida acontece com a duplicação espontânea do embrião, após a nidação, sua ocorrência é semelhante às gestações por vias naturais.

Isso porque, mesmo na técnica de reprodução assistida mais avançada, a nidação – que marca a fixação do embrião no útero e o início da gestação propriamente dita – é uma etapa da reprodução sobre a qual não se pode exercer muita influência.

Quais são os riscos da gestação gemelar?

As gestações múltiplas na reprodução assistida e nas gestações por vias naturais são consideradas mais arriscadas que as gestações únicas por aumentar a ocorrência de algumas complicações específicas:

Além das complicações para a gestante, a gestação gemelar também pode levar a restrições no crescimento dos bebês e à síndrome da transfusão feto-fetal, em que anomalias na rede sanguínea dos fetos podem resultar em perda gestacional.

A reprodução assistida realmente aumenta as chances de gestação gemelar?

Alguns procedimentos da reprodução assistida têm sim potencial para aumentar as chances de que os tratamentos resultem em gestações múltiplas. No entanto, considerando os riscos que a gestação gemelar oferece, as técnicas também contam com mecanismos e regulações que buscam diminuir essas chances.

Na IA (inseminação artificial) e na RSP (relação sexual programada), técnicas de baixa complexidade em que a fecundação acontece nas tubas, as dosagens da medicação hormonal na estimulação ovariana são menores, evitando que uma hiperestimulação provoque uma ovulação múltipla.

O acompanhamento ultrassonográfico da estimulação ovariana também ajuda a identificar a ovulação múltipla, selecionando com mais cuidado o melhor ciclo para realizar a inseminação dos espermatozoides ou para as relações sexuais programadas.

Na FIV (fertilização in vitro), como a fecundação é reproduzida em laboratório e para isso é conveniente usar protocolos mais robustos para a medicação hormonal na estimulação ovariana, já que o objetivo desta etapa na FIV é justamente provocar uma ovulação múltipla.

A alta disponibilidade de gametas femininos não aumenta as chances de gestação gemelar na FIV porque a fecundação acontece fora do corpo da mulher. Neste caso, a ovulação múltipla é importante para melhorar as chances de sucesso do tratamento como um todo.

Assim, o risco de gestação gemelar na FIV não está associado à ovulação múltipla, mas sim ao número de embriões transferidos para o útero, etapa que acontece ao final do tratamento.

Dependendo da idade da mulher, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determina um limite máximo de embriões que podem ser transferidos por ciclo de tratamento, para diminuir a chance de gestação gemelar:

A variação é feita em função da idade das mulheres pela diminuição natural nas chances de sucesso da FIV quanto mais próxima a mulher está da menopausa.

Ainda assim, a FIV é a técnica mais abrangente e bem-sucedida entre os procedimentos disponíveis atualmente, atendendo às mais diversas demandas reprodutivas – como você pode ver ao tocar neste link. Aproveite!

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