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Epididimite: saiba mais sobre o tratamento

Epididimite: saiba mais sobre o tratamento

O sistema reprodutor masculino contém os órgãos genitais externos (pênis e os testículos) e internos, incluindo os epidídimos, a próstata, as vesículas seminais, glândulas bulbouretrais, os ductos deferentes, os ductos ejaculatórios e a uretra.

A fertilidade de um homem depende do funcionamento normal do seu sistema reprodutor, bem como dos hormônios envolvidos no processo reprodutivo.

A função dos testículos é produzir espermatozoides nos túbulos seminíferos e testosterona, principal hormônio masculino, fundamental para esse processo, chamado espermatogênese. Após serem produzidos, os espermatozoides são transportados para os epidídimos, local em que amadurecem e desenvolvem a cauda, adquirindo motilidade.

Durante a ejaculação, são encaminhados dos epidídimos para os ductos deferentes e ductos ejaculatórios, misturando-se aos líquidos produzidos pelas vesículas seminais, pela próstata e glândulas bulbouretrais, formando o sêmen.

Bactérias ou vírus podem penetrar nos testículos, multiplicar-se e levar à inflamação de um ou de ambos os epidídimos, chamada epididimite, que pode ter consequências graves para a saúde masculina, incluindo infertilidade.

A epididimite é uma doença que afeta homens de todas as idades e pode ser aguda ou crônica. Continue lendo para saber mais sobre essa inflamação e descubra as possíveis opções de tratamento.

O que é epididimite?

Epididimite se refere à inflamação dos epidídimos, que são tubos enovelados localizados na parte de trás dos testículos responsáveis pelo armazenamento dos espermatozoides até que se tornem maduros. Eles transportam os espermatozoides para os canais deferentes, que então os transportam para os ductos ejaculatórios, que desembocam na próstata.

Se houver um início súbito de inflamação, que geralmente dura pouco tempo, a epididimite é considerada aguda. A epididimite crônica, por outro lado, é aquela que se torna persistente e geralmente provoca mais danos à fertilidade masculina.

Indivíduos de qualquer idade podem ser afetados, mas a maioria dos casos ocorre em adultos entre 20 e 59 anos.

O que causa a epididimite?

A epididimite é mais frequentemente causada por IST (infecção sexualmente transmissível), como clamídia e gonorreia, transmitidas por contato sexual vaginal, oral e anal, por isso é mais frequente em homens sexualmente ativos.

Outras causas possíveis, mas raras, de epididimite incluem o refluxo da urina para o epidídimo, podendo levar bactérias para essas estruturas. As infecções virais, como caxumba, também podem causar a doença.

Sintomas da epididimite

Os sintomas da epididimite podem surgir repentina ou gradualmente e incluem vermelhidão, inchaço e dor nos testículos, que podem irradiar para a parte inferior do abdome. Alguns casos ocorrem simultaneamente à inflamação dos testículos; isso é conhecido como epididimorquite.

Se a epididimite for resultado de uma IST, ela pode ser precedida de lesões cutâneas genitais e secreção uretral. Outros sintomas do trato urinário inferior também podem ocorrer, como dificuldade ou dor ao urinar (disúria), bem como alterações na frequência, além de urgência urinária. Além disso, pessoas com infecções sistêmicas graves podem sentir náuseas, febre e calafrios.

Tratamento da epididimite

Os objetivos da terapia para epididimite incluem alívio dos sintomas, resolução dos fatores causais e prevenção de complicações. Como os patógenos bacterianos causam a maioria dos casos, a antibioticoterapia é a base do tratamento da epididimite.

Estratégias de tratamento além do uso de antibióticos também podem ser empregadas para pacientes que apresentam epididimite crônica ou não bacteriana.

O foco principal do tratamento desses pacientes é o alívio sintomático, que envolve o uso de terapias não farmacológicas e adjuvantes. As recomendações incluem repouso, compressas frias, elevação da bolsa testicular, medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos.

No caso de epididimite aguda, a base do tratamento é a antibioticoterapia empírica, que se baseia nas características do paciente, como idade e história sexual, bem como nos patógenos prováveis.

A parceira sexual também deve procurar atendimento médico para investigar se também está com a infecção. O tratamento da parceira é importante para diminuir a transmissão da infecção e prevenir complicações associadas à reinfecção.

Se a terapia não for totalmente eficaz, a epididimite pode se tornar crônica, levando à formação de cicatrizes que dificultam ou impedem o transporte dos espermatozoides até os ductos deferentes, provocando infertilidade por azoospermia, condição em que eles não estão presentes no sêmen ejaculado.

Cirurgia para epididimite

Em casos raros, pode se formar um abscesso no testículo que requer drenagem por cirurgia, também indicada para desobstruir os epidídimos quando há a formação de aderências.

Em alguns casos, pode ser necessário remover todo ou parte do epidídimo, procedimento conhecido como epididimectomia. A cirurgia pode ainda ser considerada se a epididimite for causada por uma malformação física subjacente.

Impacto na fertilidade

Pacientes com epididimite tratada tardiamente ou de forma inadequada podem posteriormente desenvolver orquite (inflamação testicular) e prostatite (inflamação da próstata), que também podem causar infertilidade.

Além do componente obstrutivo, o epidídimo desempenha um papel crucial na maturação funcional dos espermatozoides, e a infecção por bactérias pode afetar a função dos gametas.

As complicações associadas à epididimite podem ser graves. A epididimite aguda pode progredir para uma epididimite crônica com dor e desconforto contínuos. Além disso, pode causar danos permanentes nos epidídimos, podendo resultar em infertilidade masculina.

Reprodução assistida

Embora os casos selecionados de obstrução possam ser corrigidos cirurgicamente, as opções de tratamento para a maioria dos casais com infertilidade relacionada à epididimite incluem técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI).

A fertilização in vitro envolve a coleta de óvulos e espermatozoides de um casal para a fecundação, realizada em laboratório. Os embriões formados são transferidos posteriormente para o útero. Após a transferência, a implantação e o desenvolvimento do embrião ocorrem exatamente como em uma gravidez espontânea.

A ICSI pode permitir que homens com poucos espermatozoides ainda fertilizem os óvulos de suas parceiras. Um único espermatozoide é injetado diretamente no citoplasma de um óvulo maduro.

Em casos de infertilidade grave por fator masculino, técnicas de recuperação espermática podem coletar espermatozoides de homens com azoospermia diretamente dos epidídimos ou dos testículos, dos túbulos seminíferos.

A epididimite e a infertilidade estão inter-relacionadas e podem levar a complicações na maioria dos casos. Você pode consultar um especialista em infertilidade para curar a epididimite e solucionar problemas relacionados à dificuldade reprodutiva.

Siga o link para saber mais sobre a epididimite!

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