Endometriose pode prejudicar a fertilidade? - Art Medicina Reprodutiva
Art Medicina | WhatsApp
Clínica Art Medicina Reprodutiva
Pré-agendar consulta
Endometriose pode prejudicar a fertilidade?

Endometriose pode prejudicar a fertilidade?

Diversas condições podem causar alterações no funcionamento normal do sistema reprodutor feminino, provocando infertilidade, definida como a falha em engravidar após um ano de relações sexuais regulares desprotegidas e pela ocorrência de dois ou mais abortos repetidos.

Entre elas está a endometriose, uma doença crônica e inflamatória que ocorre geralmente durante o período reprodutivo. É uma das principais causas de infertilidade feminina, da mesma forma que o processo inflamatório causa diferentes sintomas que comprometem a qualidade de vida das mulheres portadoras, como, por exemplo, cólicas severas, menstruação irregular, dor durante a relação sexual, inchaço e dor abdominal.

No entanto, ainda que a endometriose seja classificada como uma doença crônica, tem tratamento na maioria dos casos: o controle dos sintomas ou a remoção do tecido ectópico aumenta as chances de sucesso gestacional.

Continue a leitura e saiba como a endometriose pode impactar a fertilidade feminina e quais são as formas de tratamento.

O que é endometriose e quais regiões a doença pode afetar?

A endometriose tem como característica o crescimento de um tecido semelhante ao endométrio fora da cavidade uterina em órgãos próximos como ovários, ligamentos que sustentam o útero e tubas uterinas, por exemplo, embora também possa se desenvolver em outras regiões da pelve e do abdome.

O tecido pode apenas permanecer na superfície das estruturas ou penetrá-las em maior profundidade. Com a progressão da doença, como resultado do processo inflamatório provocado pelo desenvolvimento do tecido ectópico, ocorre a manifestação dos sintomas.

A infertilidade, por outro lado, está associada aos diferentes estágios de desenvolvimento da doença, definidos a partir de critérios como localização, quantidade e profundidade do tecido ectópico, além do grau de comprometimento dos órgãos: mínima, estágio I, leve II, moderada III e grave IV. Além disso, é classificada morfologicamente em três subtipos:

Por que a endometriose pode afetar a fertilidade?

A endometriose afeta entre 10% e 15% das mulheres em idade reprodutiva. Cerca de 50% das portadoras tendem a ter infertilidade. O risco é ainda maior para mulheres que nunca tiveram filhos, ou que foram mães após os 30 anos de idade. Menstruação precoce ou menopausa tardia, anomalias uterinas e irregularidades menstruais, também são critérios que contribuem para o desenvolvimento da doença.

A endometriose pode interferir nas diversas etapas do processo de fecundação. Além de afetar a qualidade de óvulos, espermatozoide e embriões, pode inibir a liberação do óvulo pelo ovário ou a captação dele pelas tubas uterinas, por exemplo.

Ainda que os mecanismos subjacentes à falha reprodutiva sejam sutis e permanecem controversos, principalmente nos casos em que ovários e tubas uterinas são normais, de acordo com diferentes estudos os seguintes efeitos na reprodução podem ser observados:

Endometriose mínima ou leve

Endometriose moderada ou grave

Por outro lado, estudos com FIV têm demonstrado diminuição da função espermática, diminuição da reserva ovariana, redução na recuperação de óvulos, diminuição na qualidade do embrião, da receptividade embrionária e das taxas de implantação.

Tratamentos indicados para endometriose

O tratamento para endometriose é definido a partir de critérios como o desejo da mulher de engravidar no momento e a intensidade dos sintomas manifestados.

Se houver a manifestação de sintomas como dor e sangramento e a paciente não tiver a intenção de engravidar são prescritos medicamentos contraceptivos orais ou injetáveis, DIU ou anel, combinados ou somente com progesterona, com o propósito de controlar os sintomas.

A remoção do tecido endometrial ectópico por cirurgia, por outro lado, é indicada quando os sintomas manifestam de forma mais severa, ou nos casos em que a endometriose provocou problemas de fertilidade. Após a remoção as taxas de gravidez bem-sucedida são bem significativas.

As técnicas de reprodução assistida são o tratamento mais adequado quando não há sucesso na gravidez após a remoção, ou nos casos em que há infertilidade sem a manifestação de dor.

Saiba quando elas são indicadas:

As três principais técnicas de reprodução assistida são RSP (relação sexual programada) e IIU (inseminação intrauterina), ambas de baixa complexidade, e a FIV (fertilização in vitro), de alta complexidade.

Na RSP e IIU, a fecundação ocorre naturalmente nas tubas uterinas. Por isso, são indicadas para mulheres com até 35 anos, que tenham uma boa reserva ovariana e as tubas uterinas saudáveis e endometriose ainda nos estágios iniciais.

Na RSP os espermatozoides também devem estar saudáveis, pois o tratamento prevê a programação do melhor período para intensificar a relação sexual. Enquanto a IIU também possibilita o tratamento quando há pequenas alterações na morfologia e motilidade dos espermatozoides, pois os melhores são selecionados pelo preparo seminal e depositados no útero durante o período fértil, ou mesmo quando há problemas na função sexual.

A FIV, de maior complexidade, é indicada quando a endometriose é moderada ou grave, se houver presença de endometriomas ovarianos ou nos casos em que os tratamentos anteriores não são bem-sucedidos.

Mulheres com endometriose podem obter a gravidez com todas as técnicas. As taxas de gravidez, entretanto variam de acordo com a complexidade do procedimento e idade das pacientes.

Leia o nosso conteúdo institucional e saiba mais sobre endometriose.

Agradecemos a sua leitura, aproveite e compartilhe
com seus amigos esse texto:
Ficou com dúvidas ou gostou do conteúdo?
Deixe o seu comentário abaixo:

© 2024 ART MEDICINA S.A CNPJ: 17.109.145/0001-28. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site foi elaborado pela equipe da Clínica Art Medicina e as informações aqui contidas tem caráter meramente informativo e educacional. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico, somente ele está habilitado a praticar o ato médico, conforme recomendação do Conselho Federal de Medicina. Todas imagens contidas no site são meramente ilustrativas e foram compradas em banco de imagens, não envolvendo imagens de pacientes.
Diretor Técnico: Marcelo Giacobbe - CRM 62588