A infertilidade atinge milhões de casais ao redor do mundo. Ela deve ser investigada por médicos especialistas após 12 meses de tentativas sem sucesso. Para isso, uma série de exames são realizados para descobrir se a causa está relacionada a fatores femininos, masculinos ou ambos. Mas existe uma outra possibilidade: a infertilidade sem causa aparente, ISCA.
Esse diagnóstico significa que não foi possível identificar o motivo da infertilidade conjugal. A ISCA está presente em cerca de 10% dos casos e pode causar uma grande frustração entre os casais porque a causa da dificuldade para engravidar não é descoberta.
No entanto, esse fato não significa que o casal não possa ter filhos sobre isso vamos abordar neste artigo. Continue lendo para saber mais sobre as possibilidades de gravidez quando o diagnóstico é de ISCA.
Vamos lá?
A infertilidade está relacionada igualmente a fatores femininos e masculinos. Diversas doenças e condições (adquiridas ou genéticas) podem provocar um problema na qualidade ou na quantidade dos gametas, dificultando a gravidez. A seguir, vamos mostrar as causas mais comuns.
A mulher nasce com uma certa quantidade de folículos, bolsas que armazenam os óvulos imaturos, utilizados ao longo da sua vida reprodutiva. Por isso, a fertilidade feminina começa a entrar em declínio a partir dos 35 anos.
Entre as doenças que podem influenciar a reserva ovariana está a síndrome dos ovários policísticos (SOP), um distúrbio endocrinológico muito comum.
Além disso, algumas doenças e infecções podem atingir os órgãos do sistema reprodutor e causar diferentes alterações na fertilidade, como a endometriose, a endometrite e os miomas uterinos, por exemplo.
Ao contrário das mulheres, os gametas masculinos são produzidos durante toda vida do homem. Porém, a qualidade dos espermatozoides também diminui com a idade. Entre as causas mais comuns de infertilidade masculina estão os desequilíbrios hormonais, as infecções que provocam uma inflamação nos órgãos do sistema reprodutor masculino e condições como a varicocele.
Para investigar a infertilidade, o casal deve fazer alguns exames e avaliar a saúde reprodutiva. Inicialmente é realizada uma investigação básica e, de acordo com as suspeitas, exames mais específicos podem ser feitos.
Além dos de sangue e de urina, que indicam a presença de bactérias quando o problema é consequência de inflamações, a avaliação da reserva ovariana, a ultrassonografia pélvica e a histerossalpingografia são exames comuns para avaliar a fertilidade feminina, enquanto o espermograma e exames de imagem como a ultrassonografia testicular, avalia a masculina.
A ISCA ocorre quando todos os fatores são excluídos, não sendo possível identificar a origem da infertilidade. Nesses casos, os resultados dos exames não apresentam alterações e o sistema reprodutor tanto do homem, quanto da mulher, estão em boas condições. Porém, a falta de um diagnóstico conclusivo para a infertilidade conjugal não significa que não há tratamento, como veremos a seguir.
A falta de uma resposta definitiva para a infertilidade não significa que o casal não possa engravidar. Nos casos de ISCA, o tratamento é feito com a reprodução assistida. Elas são divididas em duas categorias: baixa e alta complexidade. No primeiro grupo temos a relação sexual programada (RSP) e a inseminação artificial (IA) e no segundo, a fertilização in vitro (FIV).
Todo o processo de reprodução assistida é individualizado, por isso, apenas um médico pode indicar a melhor técnica para o casal. A seguir, confira como elas são realizadas.
De forma geral, a RSP e a IA são aconselhadas para mulheres com até 35 anos e que tenham tubas uterinas em boas condições. De baixa complexidade, elas são voltadas para os casos de ISCA e fatores leves de infertilidade.
O primeiro passo das técnicas é a estimulação ovariana. Por alguns dias, a paciente recebe medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento de um número maior de folículos ovarianos. Os óvulos estão dentro dessas estruturas e o ideal é que a mulher desenvolva, no máximo, dois óvulos maduros.
Na RSP, o ciclo menstrual da mulher é acompanhado para que o casal aumente a frequência das relações sexuais durante o seu período fértil. Ou seja, no momento em que a paciente tem mais chance de engravidar.
Com a IA o processo é parecido. O acompanhamento do ciclo da mulher também é feito, porém, durante o período fértil os espermatozoides do parceiro são introduzidos no útero da paciente. Os gametas masculinos são coletados previamente para passar por uma análise seminal, assim, apenas os mais saudáveis são utilizados no processo.
A FIV é a técnica mais moderna, sendo a mais indicada para grande parte dos casos de infertilidade. O processo também inicia com a estimulação ovariana, porém, ela é mais intensa a fim de gerar o maior número de folículos ovarianos possível.
Os gametas do casal são coletados para que a fecundação seja realizada no laboratório pela técnica ICSI. Após alguns dias, os embriões formados são transferidos para o útero materno.
As altas taxas de sucesso também são explicada pelo uso de técnicas complementares, que podem ser adicionadas durante o tratamento de acordo com as necessidades de cada casal.
Ao investigar a infertilidade, uma das respostas possíveis é a ISCA. Essa resposta significa que não foram encontradas alterações nos exames, não sendo possível identificar a causa do problema. Apesar de frustrante, o casal pode engravidar com as técnicas de reprodução assistida, em especial, a FIV.
Para saber mais sobre o assunto, confira outro texto sobre a ISCA!
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