Dor ao evacuar: pode ser sinal de infertilidade feminina?

A OMS passou a reconhecer a e infertilidade como um problema de saúde pública. A estimativa, de acordo com os dados da organização, é de que o diagnóstico afete 8 milhões de pessoas no mundo, incluindo o Brasil.

A identificação do quadro se dá quando um casal é incapaz de engravidar após um período de um ano de tentativas, tendo relações sexuais frequentes e sem o uso de contraceptivos.

Por esta definição, sabe-se que é difícil de chegar ao diagnóstico da infertilidade sem antes acontecer as sucessivas falhas de concepção. Muitas vezes, a condição acontece de forma assintomática e, por isso, é ainda mais importante que a mulher e o homem (ambos podem ser inférteis) sigam atentos aos sinais atípicos do corpo, pois podem estar relacionadas às doenças ou infecções que afetam a saúde reprodutiva.

Um exemplo desses sinais é a dor que a mulher sente ao evacuar. O sintoma pode estar relacionado a uma ocorrência de endometriose, que por sua vez, pode causar a infertilidade feminina.

Neste post, falaremos sobre mais sobre o assunto e concluiremos expondo quais são as formas de tratamento da condição.

Confira no post!

Alguns sinais de Infertilidade feminina

Como vimos, a infertilidade em si é a condição de incapacidade de um casal engravidar após um ano de tentativas de concepção. Esse é o único sintoma e é apenas por ele que o diagnóstico é confirmado.

Porém, alguns sintomas que indicam a presença de doenças ameaçadoras à fertilidade podem manifestar. Entre os mais comuns podemos identificar os distúrbios hormonais, mudanças relevantes no ciclo menstrual, a ocorrência de cólicas, um aparente ganho de peso, dores durante as relações sexuais e/ou durante a evacuação.

O último sintoma pode estar relacionados a determinadas doenças que causam infertilidade, uma bastante conhecida é a endometriose.

Endometriose: o que é?

O útero é um órgão do sistema reprodutor feminino que tem a função de acolher o embrião e de lhe proporcionar condições para que se desenvolva de forma nutrida e protegida durante toda a gestação.

Uma de suas camadas se chama endométrio, tecido de revestimento interno. É nele, um revestimento constituído por um tecido rico em vasos sanguíneos, que o óvulo recém fecundado irá se fixar até que a placenta seja formada. Por isso, o endométrio é tão importante para o sucesso de uma gestação.

Durante o ciclo menstrual, a sua espessura é bastante sensível à ação dos hormônios estrogênio e progesterona, chegando a aumentar até 5 vezes o tamanho original para a fixação de um potencial embrião. Quando isso não acontece, ele descama e é expelido do corpo da mulher em forma de sangue menstrual.

A endometriose surge quando um tecido semelhante ao endométrio cresce em locais próximos. A principal teoria para explicar a doença sugere que fragmentos do endométrio que deveriam ser eliminados pela menstruação, migram no sentido oposto ao da expulsão e instalam-se em órgãos como os ovários ou nas tubas uterinas, causando à mulher intensas dores ou até levando- à infertilidade.

As causas da endometriose não são claramente conhecidas, mas consideram essa hipótese, chamada menstruação retrógrada, ou a apresentação de fatores genéticos ligados a alguma deficiência do sistema imunológico.

Endometriose e infertilidade

A endometriose é a principal causa de infertilidade feminina. O endométrio fora do útero, e ainda sob a ação dos hormônios, cresce e se desenvolve nos órgãos prejudicando o seu desempenho, podendo vir até a causar neles determinadas mudanças anatômicas. Isso impede o funcionamento satisfatório do sistema reprodutor e dificulta as possibilidades de concepção.

Esse tecido ectópico passa a causar inflamações e intensas dores no corpo da mulher. O principal sintoma é a dor pélvica intensa, mas podem ocorrer dores ao evacuar ou ao urinar e dores durante a relação sexual, de acordo com o local de crescimento.

Qual a tratamento para infertilidade?

Diante da identificação da Infertilidade, para aqueles que desejam ser pais biológicos, há formas de viabilizar a concepção por técnicas de reprodução assistida.

As principais são a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV).

RSP e IA são consideradas técnicas de baixa complexidade, pois a fecundação acontece de forma natural, nas tubas uterinas. Já na FIV, de alta complexidade, o processo é realizado de forma artificial, em laboratório e os embriões são posteriormente transferidos ao útero da paciente.

Mas, antes de tudo, é importante compreender quais foram os fatores que causaram a infertilidade para que a técnica mais adequada seja escolhida.

Nesse processo, é fundamental que a mulher considere sinais incomuns em seu corpo.

Lembre-se: dor ao evacuar não é natural. Embora seja comum que o sintoma esteja relacionado à endometriose, é preciso contar com um acompanhamento médico especializado para avaliar os sintomas, além da realização se exames para confirmação do diagnóstico.

Para saber mais, convidamos à leitura de outro texto sobre o assunto.