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DIP: veja como é feito o diagnóstico

DIP: veja como é feito o diagnóstico

A DIP (doença inflamatória pélvica) é uma infecção que afeta os órgãos reprodutivos femininos, como o útero, as tubas e os ovários, geralmente causada por bactérias transmitidas sexualmente (ISTs).

Se não tratada adequadamente, a DIP pode causar complicações graves, incluindo infertilidade, gravidez ectópica e dor pélvica crônica.

Por isso, é importante reconhecer os sintomas da DIP e procurar tratamento médico imediatamente.

Neste artigo, vamos discutir em detalhes como é feito o diagnóstico da DIP, desde a identificação das ISTs associadas até os detalhes sobre as testagens laboratoriais. Continue lendo para saber mais.

Identificar as causas da DIP é essencial para o diagnóstico

O principal motivo pelo qual identificar as causas da DIP é essencial para o diagnóstico deve-se ao fato de que a doença é frequentemente causada por ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) anteriores – normalmente não tratadas a tempo ou corretamente e que atingem os órgãos reprodutivos superiores, causando inflamação e infecção.

As principais ISTs associadas à DIP são clamídia e gonorreia, que são transmitidas durante a relação sexual sem proteção. A falta de uso de preservativos é um fator de risco importante para o desenvolvimento de ISTs e, consequentemente, para a DIP.

Além disso, outros fatores de risco incluem histórico de ISTs anteriores, ter passado por abortos, curetagens e procedimentos cirúrgicos nos órgãos reprodutivos, além do uso de DIU (dispositivo intrauterino) para contracepção.

A abordagem dos sintomas da DIP é o começo do diagnóstico

Os sintomas da DIP normalmente são resultado tanto do processo inflamatório desencadeado pela infecção bacteriana, como dos órgãos e estruturas afetados – sendo, por isso, um conjunto de informações importantes para direcionar a realização dos exames, desde o primeiro atendimento para DIP.

A dor é um dos principais sintomas da DIP e geralmente é sentida na região inferior do abdômen ou na pelve, podendo ser constante ou intermitente. A origem da dor é a inflamação do trato reprodutivo, que aumenta a pressão nos órgãos internos e a irritação da rede nervosa da pelve.

Um corrimento vaginal anormal acompanhado por um odor desagradável e cor atípica também pode ser sintoma da DIP e resulta do aumento na produção de muco devido à infecção.

Como a inflamação e a infecção podem favorecer a ruptura de vasos sanguíneos, mulheres com DIP podem apresentar sangramentos anormais, inclusive durante a relação sexual e acompanhados de dor.

A febre é considerada um sintoma comum das fases agudas da DIP, quando a infecção por trás dos sintomas gerais está ativa, e por isso deve ser um sinal para buscar atendimento médico imediato.

Se a inflamação persistir por muito tempo, os danos aos tecidos saudáveis podem levar a complicações, como cicatrizes e aderências.

Entenda melhor como são feitos os exames para o diagnóstico da DIP

O diagnóstico da DIP geralmente começa com um exame físico, que pode incluir um exame pélvico para avaliar a presença de dor ou sensibilidade nos órgãos reprodutivos – além, claro, da avaliação dos sintomas relatados.

A identificação dos possíveis fatores de risco, como histórico de ISTs, múltiplos parceiros sexuais ou uso de dispositivos intrauterinos, também é feita neste momento.

Esse conjunto inicial de procedimentos tem como objetivo direcionar a realização de exames laboratoriais e de imagem que possam confirmar a infecção e identificar as bactérias envolvidas no quadro de DIP – o que é essencial para a escolha dos tratamentos mais adequados.

Esses exames podem incluir:

  1. Testes para detectar ISTs: as ISTs são as causas mais comuns de DIP, portanto, é importante fazer testes para detectar essas infecções. Os testes podem ser feitos a partir de uma amostra de urina, de secreção vaginal ou de fluido cervical;
  2. Exames de sangue: utilizados para detectar sinais de infecção, como a presença de leucócitos, proteína C reativa e outras proteínas inflamatórias;
  3. Cultura de amostras de tecidos ou fluidos: pode ser usada para identificar a presença de bactérias específicas que possam estar causando a DIP. Utiliza amostras de tecidos e fluidos coletados no canal vaginal e colo do útero;
  4. Ultrassonografia pélvica: avalia a aparência dos órgãos reprodutivos e detecta anormalidades que possam ser decorrentes da DIP;
  5. Videolaparoscopia: considerada um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, é indicada para visualizar os órgãos pélvicos internos e pode ser também uma forma de tratamento para aderências e cicatrizes.

Como a DIP é uma condição infecciosa, é importante lembrar que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações graves, derivadas da infecção de outras estruturas pélvicas – o que piora o quadro de consequências da DIP.

DIP e infertilidade feminina

Como comentamos, a DIP pode causar diferentes tipos de inflamações nos órgãos reprodutivos.

A endometrite é a inflamação do revestimento interno do útero (endométrio), enquanto a salpingite é a inflamação das tubas uterinas e a ooforite é a inflamação dos ovários. Essas inflamações podem ocorrer isoladamente ou em conjunto.

Considerando o papel das estruturas afetadas nos processos da fertilidade feminina, podemos dizer que a DIP pode afetar diferentes etapas da fecundação, nidação e a gestação como um todo.

Além disso, mesmo após os tratamentos direcionados à infecção, as áreas afetadas pela DIP podem apresentar cicatrizes e aderências com potencial para tornar as obstruções e a infertilidade feminina permanentes.

Tratamentos para DIP e o papel da reprodução assistida

Após o diagnóstico, a DIP é tratada com antibióticos específicos, sendo importante a realização de exames complementares após o término do tratamento para confirmar a cura. É fundamental seguir as orientações médicas e evitar relações sexuais durante o tratamento.

Após a DIP, algumas mulheres podem apresentar infertilidade persistente e a FIV (fertilização in vitro) tem sido uma das técnicas de reprodução assistida mais indicadas para esses casos.

É importante destacar que a DIP é uma das principais causas de infertilidade feminina, por isso é essencial buscar ajuda especializada ao sinal de qualquer sintoma ou complicação.

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