É muito comum que as mulheres busquem conhecer melhor o funcionamento do seu próprio corpo, inclusive as fases de um ciclo menstrual, principalmente quando estão tentando engravidar. Por isso, é bastante comum surgir a seguinte dúvida: “como saber se estou no período fértil?”.
A idade reprodutiva da mulher inicia quando ela passa pela menarca, a sua primeira menstruação, por volta dos 12 anos de idade, e vai até o momento da menopausa, que ocorre aproximadamente aos 50 anos de idade, mas pode acontecer antes, se a mulher tiver algum problema durante a vida que prejudique a reserva ovariana, como endometriomas ou menopausa precoce.
Durante o período fértil, existem grandes chances de a mulher engravidar, já que a cada ciclo menstrual os ovários liberam um óvulo maduro para ser fertilizado pelo espermatozoide. Por essa razão, é muito importante saber quando acontece essa janela de dias férteis, pois a partir dessa informação há mais chances para engravidar e colocar em prática o seu planejamento familiar.
Neste texto, vamos falar como é possível calcular o período fértil, a partir do conhecimento sobre as fases do seu ciclo menstrual. Essa informação é importante para quem deseja engravidar ou mesmo para aquelas que pretendem adiar os planos de aumentar a família. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto. Confira!
Um ciclo menstrual compreende as etapas pela qual o corpo da mulher passa ao se preparar para uma possível gravidez. As três principais são: folicular, ovulatória e lútea. Veja a seguir o que acontece em cada uma delas:
Essa primeira fase se inicia no primeiro dia da menstruação e tem, aproximadamente, 13 dias de duração. Enquanto o sangue menstrual é expelido, a hipófise, uma glândula endócrina que se localiza na parte inferior do cérebro, já recomeça o ciclo ao liberar o hormônio FSH (folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante).
O FSH atua nos ovários estimulando o crescimento de vários folículos, pequenas bolsas que armazenam individualmente cada um dos óvulos. Os folículos em crescimento passam a secretar estrogênio, hormônio responsável pelo espessamento do endométrio, camada interna do útero, para receber um possível embrião.
Ainda que vários folículos cresçam, apenas um deles se desenvolve e amadurece. O amadurecimento final é estimulado pelo LH. Por volta do 14º dia desde o primeiro dia da menstruação ocorre um pico de LH e estrogênio, induzindo o folículo que se desenvolveu ao rompimento e ovulação, um fenômeno muito importante para o casal conseguir a gravidez.
O óvulo liberado do folículo rompido é lançado em direção a uma das tubas uterinas e nela permanece por cerca de 24h para ser fecundado pelo espermatozoide.
A fase lútea é a última do ciclo menstrual. Nela, o folículo rompido, agora chamado corpo-lúteo, libera progesterona, hormônio que atua no preparo final do endométrio para receber o embrião.
Porém, se não houver fecundação, os níveis hormonais começam a abaixar e assim o tecido endometrial se descama e é expelido do corpo como sangue menstrual. A menstruação, portanto, marca o fim e o recomeço do ciclo.
Uma vez que se conhece as fases do ciclo menstrual, é possível calcular o período fértil, pois entende-se que essa janela de dias possíveis para engravidar compreende o período que vai dos 3 dias anteriores ao dia posterior à ovulação.
Isso acontece porque o óvulo liberado pode sobreviver por cerca de 24h na tuba uterina, enquanto os espermatozoides permanecem por até 3 dias no organismo feminino. Portanto, esse é o período mais propício para a concepção.
Além disso, outros sinais também evidenciam que a mulher está passando pelo período fértil. Alguns deles são:
Calcular o período fértil em caso de ciclo menstrual irregular é difícil porque a ovulação varia de um ciclo para outro, mas esses sinais podem ajudar também nesses casos.
Caso a mulher passe por mais de um ano de tentativas para engravidar durante o período fértil sem o uso de métodos contraceptivos e não obtenha sucesso, pode-se considerar que ela está em uma condição de infertilidade feminina.
O recomendado, nesse caso, é que procure auxilio médico para avaliação do quadro e identificação do fator que causa o problema. Esse diagnóstico direciona o tratamento, inclusive com técnicas de reprodução assistida.
As três principais técnicas são: relação sexual programada (RSP) e inseminação artificial (IA), ambas de baixa complexidade, indicadas para problemas de fertilidade mais leves, pois a fecundação acontece espontaneamente nas tubas uterinas; e fertilização in vitro (FIV), de alta complexidade, mais indicada quando há fatores mais graves de infertilidade, tanto masculina (e principalmente) como feminina.
A investigação da infertilidade e o tratamento são individualizados. Precisamos estudar detalhadamente cada casal para indicar a melhor conduta de tratamento ou de reprodução assistida.
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